Ago 21 2008
A cama
Esta noite dormi no outro lado da cama. Aquele lado, vazio enquanto não se preenche, para onde se viram sonhos e insónias. É também o lado onde habitam memórias recentes, más companheiras de cama, que ressonam, esbracejam, dão pontapés, são agitadas. Falo com elas e insulto-as, tento expulsá-las do meu leito, digo-lhes que daquele lado só quero amor e sexo e carinho, que ali não há espaço para memórias. Viro-lhes as costas e deito-me no meu lado.
De manhã, ao acordar, a cama parece-me mais vazia. Ali só restam agora ténues manchas de uma noite de luta, de muitas horas de sexo, amor e carinho. De memórias que se apagam.
21 de Agosto de 2008 às 14:44
A ideia, é disfrutar da cama toda e da tranquilidade de não se apegar a memórias… Acordar de manhã e dizer: “ai que sonho doce, que alegria…estou bem, estou feliz comigo mesmo”…e pronto…simplesmente aceitar a cama larga e comprida, com cheirinho a alfazema, fofinha, que nos embala e aconchega todas as noites. Até porque há quem durma no chão 🙂
Abraço