Ago 04 2008
Arrogância
Em 16 de Julho, como deputado municipal, questionei o executivo da Câmara Municipal de Beja:
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“Encontrando-se a decorrer as obras de beneficiação do Castelo de Beja, e tendo sido anunciado pela Câmara Municipal de Beja que as mesmas estariam concluídas durante o mês de Julho de 2008, venho solicitar informação sobre o ponto de situação das referidas obras assim como previsão de abertura ao público do referido Monumento Nacional.”
A resposta chegou agora, mas através de uma rádio local.
É esta a forma como o PCP trata os eleitos municipais que não são da sua cor. E depois ainda vêm com o discurso de que os outros é que são arrogantes.
4 de Agosto de 2008 às 10:13
A resposta não chegou através de uma rádio local, foi o jornalista que foi através da npotícia.
Pode conferir na edição de ontem do Jornal de Notícias.
Meu caro, João, se for do outro lado, são os jornalistas que vão à procura da notícia. Aqui, são “correias de transmissão”.
Tx.Correia
4 de Agosto de 2008 às 10:19
@tc – esse é um dado menor perante aquilo que escrevi e que é realmente importante: o executivo municipal bejense trata os eleitos como gente menor. Só isso.
4 de Agosto de 2008 às 11:31
Meu caro, essa é outra questão …… !!!!!
4 de Agosto de 2008 às 16:24
Ontem mesmo, Domingo de Agosto, de solidão e desterro neste quase deserto Alentejano, três casais de mais de meia idade que malgrado a agrura dos 40, (graus entenda-se pois os outros de vida já lá iam há bem mais de duas décadas) me interpelaram sobre o castelo, qual a sua entrada e regimes de visitas.
Estávamos, quando nos cruzámos, junto às Portas de Avis perto das 14.00 horas e confesso que o seu heroísmo a desafiar as quenturas era só por si digno do maior respeito e admiração.
Gentes do Norte, de garrafa de água, suor no rosto e uma vontade imensa de saber mais sobre o que o pano de muralhas oferecia e oferece de ancestralidade e património – memórias colectivas de todos nós.
Sem jamais lhes dizer sobre a tristeza do castelo fechado e a soçobrante desilusão, falei-lhes sobre a origem e extensão das muralhas primitivas, as portas da cidadela, sobre as fases do Castelo, desde os Romanos passando pelos Visigodos e Árabes, reconquista e posterior melhoramentos já com D. Dinis.
Da ocupação Espanhola e da Restauração e da história fantástica dos fugitivos que se lançaram de asas primitivas do alto da torre até ao exterior das muralhas para fugir à implacável sorte que pendia sobre os traidores…
Falei-lhes sobre o extravasar, já no Sec XVIII da cidade dos seus limites primitivos e da segunda cintura de muralhas que a maioria dos Bejenses desconhece mas que milhares continuam a pisar quando os seus pés e veículos rolam sobre a rua General Teófilo da Trindade, toda ela feita sobre essas defesas caídas posteriormente em desuso, mas que conservam as pedras de suporte bem à vista de quem espreite sobre as nesgas ainda à vista na parte de baixo da anteriormente chamada ” Estrada da Circunvalação”.
Ainda e continuando, sobre os torreões de defesa de artilharia já em plena época Napoleónica, um dos quais é hoje a casa duma das famílias de referência da actual sociedade Bejense, e outro espaço, mesmo ali, de nome a evocar esses tempos, o ” Terreirinho das Peças” (de artilharia) assim como no lado oposto, a ” Rua da Barreira”, de nome a guardar vagamente o que na memória ficou sobre a barragem de defesa dessas épocas.
Regressei e falei de D. Leonor de D João, das descobertas e de Cristóvão Colón.
Do Museu e do estilo Manuelino Bejense.
Disse tudo o que sabia desta cidade que não me viu nascer mas a quem respeito como respeito a memória do avô do meu melhor amigo.
Recomendei-lhes outras vistas, mais para o centro, Igreja de Sta Maria, o Museu e a janela da rua das Lojas a caminho da Igreja dos Prazeres.
Enfim fui almoçar às 15.00 e deixei os visitantes de volta rumo aos seus veículos.
– De nada- respondi ao seu ” muito obrigado”.
Se calhar com o Castelo aberto ficariam da cidade apenas com a memória expressa no cansaço da subida dos quarenta metros recompensada embora com a vista extraordinária da mais de uma centena de quilómetros em redor deste oceano de Alentejo que lá de cima se oferece de beber aos olhos sequiosos de todo este mar de calor e doirado, mas brindados de silêncio…
4 de Agosto de 2008 às 19:03
O exemplo que o eleito na Assembleia Municipal evoca, agora que o assunto veio para a baila da Comunicação Social, ilustra na perfeição um aparente desrespeito pelos órgãos democráticamente eleitos, pelas pessoas que deles fazem partem e, sobretudo, pelas pessoas que esses órgãos e esses eleitos representam. O PS fez bem em trazer o assunto a público (finalmente!) mas não creio que se deva contentar com a (não)resposta dada pela Câmara Municipal. Afinal, a CMB voltou a fazer aquilo que lhe fez a si: ignorou!… Esquecendo-se obviamente que ao ignorá-los está a ignorar mais de 40% da população do concelho.
Se aqui fosse DESTRUTIVO diria: “a actual gestão da CMB é autocrática e lembra as ditaduras de leste à moda Estalinista”, mas CONSTRUTIVO prefiro recomendar um “upgrade”.
4 de Agosto de 2008 às 19:23
@anónimo – já uma vez disse em plena AM que aquele órgão se limita a ser uma câmara de eco do PCP e da CMB. A maioria absoluta da CDU assim o determina. Pode ser que um dia as coisas se alterem. Haja esperança.
5 de Agosto de 2008 às 11:36
Comunistas…
Só há (havia) 3
Fidel e Che
Lenine
de resto é só meninos a querer mamar como todos os outros…
Política uma vergonha nacional
2 de Setembro de 2008 às 12:07
[…] questão que coloquei ao executivo camarário, em 16 de Julho, mereceu resposta datada de 29 de Agosto (tanto tempo!) e diz assim: “Encarrega-me o Senhor […]