Jul 22 2008
contra a corrente
Tentando minimizar os efeitos da política de exclusão levada a cabo pelo executivo camarário bejense, a companhia de teatro Arte Pública prepara-se para estrear, em Beja, um espaço que servirá de “sala de ensaios, sala-estúdio ou lugar para acções de formação ou workshops”.
É de louvar esta iniciativa, principalmente porque estamos numa cidade onde a maior parte dos agentes culturais sobrevive à custa da subserviência e da bajulação e onde o cartão-militante ajuda a abrir as portas ortodoxas da cultura autárquica. Porém, sabe-se, Gisela Cañamero não terá vida fácil. Mas a persistência costuma dar frutos.
(notícia aqui)
23 de Julho de 2008 às 8:21
Olha a Arte!
Tão mansinha, de rabo a dar-a-dar.
Deita,
Rola.
Faz de morto, dá a patinha.
Linda menina.
Assim é que é
Ora toma lá um ossinho.
Lambe, lambe.
É bom não é?
Ai…
Aí não!
Não se morde,
que aí
é a mão…
23 de Julho de 2008 às 18:02
era bom saber quem é o grupo de teatro que a CMB apoia e em que montante.No mais, independentemente da qualidade literaria do poema, o arte publica é, sem duvida, o único ggrupo de teatro de beja
23 de Julho de 2008 às 18:07
@risada – tenho na minha posse o contrato-programa estabelecido entre CMB e Lendias d’Encantar. Tenho que o procurar e rever a questão que coloca, pois não fixei valores. Interessou-me mais saber que espécie de actividade constava desse contrato e “fiscalizar” a taxa de execução do mesmo.
24 de Julho de 2008 às 0:08
então fico a aguardar a sua informaçao
24 de Julho de 2008 às 0:19
Aí vai:
Apoio à actividade regular = 16.000 €
Apoio à criação de novos espectáculos = 15.500 €
Aquisição de espectáculos para exibição nas freguesias = 8.500 €
Apoio à criação de uma peça infantil = 8.500 €
Total = 48.500 €
Além de espectáculos a Associação Lendias d’Encantar assegura o funcionamento do Atelier de Teatro na Casa da Cultura.
No último trimestre de 2008 as partes acordarão os termos do C-P para o 2009.
24 de Julho de 2008 às 11:03
penso que se deve um esclarecimento que a maior parte das pessoas deve desconhecer.
até que enfim algém teve a coragem de colocar esta senhora na sua devida posição. isto sem o menor desrespeito pelo trabalho do grupo.
o arte pública é uma associação. e não se comporta como tal aliás como já ficou demonstrado em tribunal. depois até há bem pouco tempo o AP sozinho, conseguia da Camara, mais subsído que todos os outros grupos e colectividades culturais do Concelho – sim do concelho e nao só da cidade.
mais o AP só é subsidiado pelo Ministério da Cultura graças ao empenho que a CMB sempre pos nas informações que tem obrigatoriamente que produzir para que o AP se possa candidatar.
o AP já nao é novo nos seus casões – pergunta-se o que aconteceu ao outro que já tiveram, o que aconteceu à Casa da Cultura que sofreu obras sobre o comando técnico do AP e que esteve interdido durante muito tempo para a sua execuçao e depois não foi usado pelo grupo e, tal decorria do protocolo com a CMB.
que dizer dos anos seguidos em que o grupo nao mais fazia senão remontagens, apesar de continuar a receber gordos subsídios.
mas mais, que aconteceu para que o AP deixasse de ensaiar no IPB, na capricho, no tal dito salão, na casa da cultura, num outro espaço junto ao alcaforado … seria interessante perguntar a essas entidades e tornar isso público.
se calhar está na altura de outra guerra civil…
24 de Julho de 2008 às 11:08
O enamoramento do senhor espinho com tudo o que diga mal da CMB é uma delícia de se ver. E quanto aos valores, ó homem, experimente publicar no seu bloguezeco quanto é que a malta do arte público levou da CMB desde a sua fantástica chegada a beja, peça os documentos e ponha aqui os valores. seja honesto
24 de Julho de 2008 às 11:35
Aos dois últimos comentadores: percebe-se que, quando se toca em interesses corporativos, logo saltam as púdicas vozes em defesa desses mesmos interesses, cuidando de não deixar quem entre no templo e que possa revelar algumas curiosidades.
Acho que já esclareci, e se não, aqui vai: nada tenho a ver com a Arte Pública, julgo só ter assistido a 1 ou 2 espectáculos da referida companhia. Nada tenho a ver com a sua principal responsável que, julgo, deve estar nos meus antípodas políticos (e não só). O que destaquei aqui, e que ninguém desmentiu, é que a CMB é autista no que à cultura concerne, pois só acarinha quem lhe esteja próximo, ou, no mínimo, não faça ondas nem ponha em causa as políticas da autarquia. Os exemplos são vários e este da Arte Pública é só mais um.
Desiludam-se os guardiões do templo: o bloguezeco (revelas-te tão facilmente) continuará a trazer aqui aquilo que outros desejam silenciar e não será (nunca foi) porta voz da vontade de mais ninguém do que da do seu próprio editor.
24 de Julho de 2008 às 14:00
48 mil euros???? Bem bom. Como não sei, gostaria que me respondessem a algumas perguntas. Quem são os actores, encenadores, técnicos, autores das peças dos Lendias? Quantas peças já fez esta companhia “profissional” este ano? Quanto já recebeu da câmara nos anos anteriores? Ass : perguntar não ofende
24 de Julho de 2008 às 14:56
sr. espinho, tanto quanto sei o sr. é um digno eleito na assembleia municipal, verdade?
seria interessante que o sr. pudesse, tal como fez para os lêndias, revelasse quanto é que a outra companhia do concelho, “os jodicos”, recebem para a sua actividade regular e para as montagens dos seus espectáculos. e já agora quantos espectáculos vendem à CMB durante o ano inteiro.
tanto quanto julgo saber pois assisti a alguns espectáculos esta companhia para além dos seus espectáculos promove ainda a BITIJ que trás sempre a beja companhias teatrais de outros paíse, no ano passado com execelentes espectáculos levados à cena por companhias profissionais de espanha, republica checa e alemanha (dos que vi)
li também que representaram Portugal em festivais internacionais.
era interessante saber como são atribuidos os subsídios a uns e a outros, só assim se pode ter ideias claras e nao facciosas, ou distrocidas da realidade, como munícipe e até seu eleitor gostaria que prestasse esse favor de cidadania à cidade, ou pelo menos a mim.
obrigado.
24 de Julho de 2008 às 15:37
@curioso – é verdade que sou um eleito na Assembleia Municipal e julgo que tão digno como os outros.
Tento, quanto me é possível, fiscalizar as actividades da Câmara, numas das atribuições daquele órgão. Porém, e já repetidas vezes o afirmei, a actividade de eleito municipal é bastante difícil, nomeadamente quando encontramos barreiras decorrentes, julgo, de vícios antigos. As questões que coloco ao executivo – segundo me dizem, o PSD neste mandato (quase 3 anos)questionou mais vezes o executivo do que a soma de todas as questões colocadas pelo meu partido em todos os anteriores mandatos, isto sem desprimor para os anteriores companheiros de bancada – decorrem de algumas dúvidas que me surgem perante notícias e comunicados sobre a actividade camarária. Actividade esta cujo conhecimento, na sua grande parte, está circunscrito aos corredores e gabinetes dos Paços do Concelho e também à sede concelhia do PCP. O que se sabe é o que vem transmitido pelas ferramentas de propaganda da CMB e do PCP. Normalmente são obras – e respectivo montante de despesa – ou anúncio de boas intenções. As actas das reuniões da CMB são publicadas online com largos meses de atraso, não são publicados contratos, protocolos e outras decisões, pelo que questionar a CMB é um acto de boa vontade e de esperança, pois nunca se sabe que tipo de resposta se pode obter ( à minha questão sobre os custos da RuralBeja2007 a resposta foi: passe pelos serviços da Câmara e consulte as pastes).
As questões que coloca têm acuidade mas tenho receio que as respostas nunca cheguem ou cheguem emolduradas em palavreado demagógico. Questionar o executivo sobre critérios de atribuição de subsídios é o mesmo que perguntar a um chinês porque come arroz. É assim porque é assim e não há volta a dar-lhe.
Dado que as sessões da AM são públicas, sugiro que participe numa próxima, no período dedicado à intervenção do público (1º ponto da ordem de trabalhos).
De qualquer forma registo o assunto.
24 de Julho de 2008 às 17:28
Depois desta valiosa informação acerca dos subsídios do grupo Lêndias de Encantar, seria interessante, porque estamos a mais de metade do ano, que soubessemos o seguinte: 1º- Quais as actividades do referido grupo que justifiquem os 16.000 euros? 2º-Quais os novos espectáculos criados e que tiveram o apoio de 15.500 euros? Quais os espectáculos exibidos nas freguesias para o que a CMB lhes deu 8.500 euros?4º- Qual a peça infantil levada á cena e que teve o apoio de 8.500 euros? Só mais uma pergunta: Quem são os actores e membros do grupo? Isto porque seria também interessante saber onde este dinheiro vai parar.Afinal, não se trata de dinheiro apenas da Câmara, mas sim de todos nós contribuintes.
25 de Julho de 2008 às 10:45
conforme consegui obter o jodicus (nao jodicos como antes escrevi) recebeu para o ano de 2008 o subsídio de 9.500 euros
para toda a sua actividade regular.
parece que também não viu nenhum dos seus espectáculos comprados pela CMB.
segundo consta até ofereceram espectáculos de graça e a CMB nada.
as informações não são 100 por cento seguras, seria bom que alguém as pudesse confirmar, mas a serem verdadeiras garanto que nao percebo como é que este grupo prestigiado e talvez o mais antigo no concelho receba menos para o ano inteiro que outros apenas para a montagem de um espectáculo – olhem que já assisti a espectáculos de todos e estes nao ficam a dever em nada aos outros.
agradecemos que neste forum prestigiado se pudesse fazer luz sobre este assunto ou quem sabe uma das rádios da cidade promover um debate com os grupos para apurar estas relaidades, o cidadão, o freguês deve saber como é gasto o seu dinheiro.
participem e exercam o vosso direito de cidadania
26 de Julho de 2008 às 13:15
Este post é uma autêntica palhaçada>!
Então pela sua lógica, o Arte Pública foi durante longos e “gordos” anos o mais “vermelho” dos grupos de teatro do país!!!!!!! Na altura o camarada Carreira Marques encheu todos os anos de muitos milhares o casal Gisela e Barbieri, certamente por eles serem dedicados militantes comunistas!!
É ridículo!
Todos os subsídios que o Arte Pública recebeu durante tantos anos da câmara de Beja são a prova que tal não se deveu a critérios partidários. E durante esses anos todos o senhor nunca lhe passou pela cabeça “fiscalizar” o que o Arte Pública fazia com o dinheiro que recebia! Devia tê-lo feito! Talvez não escrevesse o post que escreveu!!
Quanto aos Lêndias d´Encantar, seria correcto da sua parte, agora que lhe apetece “fiscalizar”, que enuncie os termos e condições do protocolo assinado com a câmara, para que não fiquem dúvidas.
E quanto à pergunta de um anónimo sobre quem eram actores, técnicos, autores dos lêndias… não sei ao certo, mas no Arte Pública é fácil de saber: Pois a Gisela é directora, actriz, encenadora, autora, técnica, formadora, gestora, contabilista, tesoureira… e etc. Ou ela e os seus pseudónimos…