Mai 20 2008

Tenho a impressão

Publicado por as 12:34 em Geral

… que o fim de Sócrates está na pistola de uma mangueira de combustível.
E será ele a puxar o gatilho.
Esperem pelo impacte.

tanken

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14 Resposta a “Tenho a impressão”

  1. manuel de jesus diz:

    O governo de um País faz-se mobilizando
    as pessoas, através de um discurso sensato, mobilizador, não hostil.
    Nunca se sabe o que o futuro próximo nos reserva, e ele
    está aí, com toda a realidade que é inegável, porque é por demais evidente, os pobres são cada vez mais.
    A fome grassa no Portugal de Abril.
    O que entra em contradição com um governo saído de um partido dito de esquerda,
    e que deveria ter como agenda principal atenuar as desigualdades sociais.
    Sucedeu precisamentre o contrário, acentuaram-se essas mesmas desigualdades.
    Tudo isto num clima de afrontamento aos trabalhadores na sua generalidade.

  2. charamba diz:

    Apesar de ter evidenciado indiscutíveis fragilidades, o F. C. do Porto venceu confortavelmente o campeonato. E mesmo que fossem mais marcadas essas fragilidades, tê-lo-ia ganho também.
    A razão dessa inevitabilidade de vitória? A mediocridade dos seus adversários mais directos, designadamente o Sporting e o Benfica
    O mesmo se passa com Sócrates: a sua maior fonte de fortaleza, o seu maior trunfo para uma reeleição é a baixa qualidade e credibilidade dos seus adversários.
    Para a sua queda, era preciso algo mais eficaz que a pistola da bomba de gasolina. Bastava um adversário credível. Mas esse perigo não está à vista.

  3. pontapé na lógica diz:

    Seria burlesco!

    Tanta asneira que o Engenheiro tem feito e acabar “abatido” por uma lei (a da Liberalização dos Preços dos Combustíveis) aprovada por um governo PSD liderado pelo “Fujão” Barroso (… e recordar é viver…).

    “Fujão” esse que, ao chispar para a Comissão Europeia, se tornou o principal responsável por ressuscitar um PS implodido pelo escândalo Casa Pia, que, em desespero e a reboque das eleições, enxotou para a frente da batalha política um improvável e sem curriculum José Sócrates.

    As voltas que a coisa dá…!

  4. charlie diz:

    A eventual queda do Engenheiro por via da pistola da gasosa, a vir a verificar-se terá o mesmo gosto saboreado pelo Chinês aquando da sua vingança.
    Ninguém julgue que ficará com outro sorriso que não o de cor amarela se for o preço galopante do indispensável carburante a derrubá-lo.

  5. anónimo, mas com respeito diz:

    Caro “Blogmaster”, deste espaço que respeito nas mais variadas vertentes, permita-me não só discordar da sua análise prospectiva/futurológica que exprime, como também manifestar estranheza pela incomensurável antítese entre raízes e frutos de muitos comentários que, por vezes, se tecem ao abrigo acalorado da nossa clubite (seja ela de que cor for, seja ela até transparente)… e esta “estória” nem assenta na perfeição na sua pessoa, mas sim noutros transeuntes desta praça.

    No entanto, e não querendo meter a foice (muito menos o martelo) em seara alheia, permita-me deixar a ideia de que me parece que não só este Governo (que tem um rosto mais visível, como todos os outros) não cairá através desse ou de outro fenómeno apocalíptico, como voltará a triunfar em 2009, através de um mérito muito próprio (legitimado pela incapacidade/medo que o PSD teve ao longo de anos, goste-se de ouvir ou não, de levar por diante aquelas medidas e o desiderato inerente e que hoje são os alicerce eleitorais do PS para as Legislativas do próximo ano).

    Outros factores poderão levar a legitimar o que digo, mas prefiro não incorrer em mais exercícios de medium e vidente, pois não sou eu o timoneiro deste Universo.

    Por fim, algumas notas:

    1) se pudesse votar nas eleições internas do PSD, certamente votaria Passos Coelho (mesmo sabendo que não ganharia em 2009, tinha a certeza que tal poderia acontecer em 2013… ou mesmo em 2011 por antecipação não eleitoral, mas de intenção de voto);

    2) (ainda numa toada laranja) deve respeitar-se o passado, sim senhor, mas sempre com os olhos no futuro;

    3) (agora numa toada transversal ao panorama político português) o pior que pode acontecer em política é não se saber (ou esquecer-se) dos partidos onde se está e dizerem-se determinadas coisas que são a antítese da fundação dos mesmos e daquilo que está nos seus pressupostos;

    4) acabe-se, de uma vez por todas, com o cinismo político e com a política de soundbite à “Alentejo Popular”, em Beja, no Alentejo e no País, once and for all, a bem de todos nós.

  6. yo diz:

    Também me cheira que sim…
    Se tiver os tomates (e burrice) de se meter com os poderosos do país, logo lhe fazem a caminha.
    O dinheiro é ke manda nisto tudo

  7. Madalena diz:

    Não te iludas João.

  8. João Espinho diz:

    A todos os comentadores, agradeço a participação.
    Quando houver tempo, farei por vos recordar episódios recentes da nossa vida política. É que, se bem se recordam, desde Durão Barroso (inclusivé) todos os Primeiros-Ministros foram-no de forma inesperada. E pelas razões mais variadas. Nenhuma delas foi, certamente, por competência própria.
    Do pântano à gasolina vai um saltinho.

  9. Filipe C diz:

    Desta vez estamos em desacordo.
    O governo está demasiado agarrado ao poder, não que seja diferente de anteriores. Citando casos recentes o director geral de saúde afirmou taxativamente em programa/debate de grande audiência da televisão que se demitiria caso a lei do tabaco não fosse cumprida, alguém já viu o dito papelucho assinado e a respectiva declaração, ou os aviões eram uma execpção, ou o P.M. era execpção, ou a conversa era de encher chouriços.

    Infelizmente em Portugal (posso escrever Portugal com maiúscula no ínicio ou também será elevar o nome do país e vem já alguém falar dos submarinos e no gastador de dinheiro em tinta que é escrever uma letra maíscula quando podia usar uma letra mais pequena e económica?) os P.R. têm cumprido o primeiro mandato como se de corredores de maratona se tratassem, vamos a ser poupados nas acções, não levantar ondas que isto tem de dar para ser reeleito.
    Mas não só, a sintonia entre o P.R. e o P.M. é elevada, não estivesse este parcialmente a fazer as reformas com que aquele sonhava.

    Portanto, caro João, sinto muito mas não tenha esperanças, Sócrates aprendeu a lição com Cavaco cujo governo foi abaixo, na altura por moção de censura do defunto P.R.D., devido ao aumento das portagens na ponte.

  10. João Espinho diz:

    Caro Filipe C. – “Cavaco cujo governo foi abaixo, na altura por moção de censura do defunto P.R.D., devido ao aumento das portagens na ponte”. A memória por vezes é traiçoeira!
    Um abraço.

  11. maremoto diz:

    A greve às principais gasolineiras, agendada para os próximos dias 1, 2 e 3 está a deixar o Governo “nervoso”.
    Parece que desta vez é a sério.
    E não será só por causa do preço da gasolina. É a asae são as finanças… são os ridiculos do fumo a bordo do avião fretado… é todo um conjunto de situações que estã a chegar a um limite.
    Cavaco caiu por causa do bloqueio da ponte. É verdade.
    Sócrates pode cair por esta ou outra acção menor.

    É preciso que a intenção de não abastecer na GALP, REPSOL E BP se mantenha, e não embarcar nas “conversas” que os jornais já começaram a contar.

  12. charlie diz:

    Um Barril de petróleo tem exactamente 42 galões que perfazem 158,9873 litros.
    Ou seja, na prática 159 litros
    Cada barril tem (quase) 159 litros.
    Pensem bem: 159 litros que custam neste momento (e sempre em subida) 130 dolars, o que dá 82 centimos de dolar por litro de crude.
    Pensando que tem de ser refinado, e que da refinação se apura desde o éter ao alcatrão e que apenas uma parte menor é que é kerosene, gasolina e gasóleos, bem podemos começar a calcular de cabeça o custo que tem cada litrote de combustível à saída da fábrica ao qual se tem de somar a despesa e o lucro da distribuição e a incontornável parte de leão que é a gula do fisco.
    Em breve o crude chegará ao valor da paridade entre o dolar e o litro, ou seja 159 dolars por barril.
    Um dolar cada litro do qual se tira uma parte apenas para fazer dilatar por explosão o ar dentro dos cilindros dos motores que ao empurrar os pistons fazem mexer veios, carretos, rodas e pneus em cima dos quais toda a nossa economia e modo de viver se movimenta.
    Mesmo que se retire todo o imposto, a questão fundamental do preço do crude é ter-se atingido a valor máximo dos factores, extracção/refinação/distribuição, que perante uma pressão crescente por parte da procura, apenas reflecte o que todos os liberais tanto gostam de exponenciar nos argumentos com que defendem as suas teses: a sacrossanta lei do Mercado.
    A gasolina barata, esta gasolina, acabou-se para sempre.
    Com ou sem governantes competentes ou engenheiros eventualmente mentirosos e arrogantes, com ou sem oposições credíveis ou anedóticas.
    Diferente da ponte onde a taxa apenas dependia duma vontade politica.
    Temos que contar para o futuro, em todos os cenários políticos possíveis, com este dado incontornável para o nosso futuro próximo: Combustível? Pela hora da morte…

  13. Pirolito diz:

    Ó Charamba: você será «Lampião»? Se é, dá pouca luz, ó homem! Então o Porto venceu o campeonato devido à mediocridade do meu Sport? E perdeu a taça devido a «queim»?
    O grande trunfo do Zé de Sousa não é a mediocridade da oposição. É a ingenuidade do pagode que lhe deu a maioria! Agora, como diria o Taveira, «auguenta»!!!
    Ciau. Vou beber um pirolito, já que não se ganha prá gasosa!

    Pirolito

  14. charamba diz:

    @pirolito
    Meu caro, não sou lampião e muito menos dragão. Sou, simplesmente, lagarto (ou leão, sempre é mais nobre) melancólico. A Taça veio minorar a frustração de toda uma época, mas reconheço que foi compensação insuficiente.
    Quanto á eleição de 2005, a maioria dos portugueses votou no menos mau. Preferia o Santana, com as brilhantes provas dadas? O Portas dos submarinos?
    O Jerónimo da cassete ou o padre Louçã?
    Tal como no futebol, na política quando não há o bom, ganha o menos mau.
    E que lhe saiba bem o pirolito, companheiro na bola, já que, pelos vistos, não no resto…
    Sans racune!

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