O cartaz que vi espalhado pela cidade relembrou-me a realização do 14º Congresso sobre o Alentejo, agendado para os dias 14 e 15 de Junho.
Tenho lido e escutado as intervenções dos organizadores, dos quais se destaca Francisco Santos, presidente da Câmara da cidade que acolhe o referido fórum. Nas suas palavras, este Congresso será diferente dos anteriores, pois terá os olhos postos no futuro, sendo intenção das entidades promotoras que se deixe a habitual ladaínha de queixumes e acusações que sempre foram a matriz destes Congressos.
A ideia, como sempre, até é boa.
Tenho, porém, dúvidas de que a mesma seja posta em prática.
Este 14º Congresso, de um Alentejo a que se acrescentou um romano XXI, para lhe dar um ar de novo século, de modernidade saloia, tem como lema “Caminhos do Futuro”. Este lema pouco ou nada o distingue do do 1º Congresso – “Semeando Novos Rumos” – realizado já lá vão quase 23 anos. Aliás, esta sementeira de novos rumos tem-se repetido ao longo dos anos, umas vezes apimentando-a de umas alíneas sobre a Europa, outras dando-lhe o sal da regionalização. O prato principal é, porém, sempre o mesmo.
Revi o cartaz deste ano – umas ovelhinhas a pastar – e percebi como estes caminhos do futuro vão desembocar a mais do mesmo. Apesar de alguns ingredientes que lhe dão um aspecto mais pluralista – Universidade e Câmara Municipal de Évora – o cozinhado está feito e só lhe falta mesmo a pitada final, servida em sobremesa farta no Pax Julia.
Têm dúvidas?
Inscrevam-se e participem!
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