Vazia, sem nada.
Por lá já ninguém passa,
já lá ninguém pára.
O único que o visita é o vento, e mal o cumprimenta.
Quem por ali passa, nem sabe que foi O centro.
Já nem isso temos. Lojas, muitas lojas dos chineses, isso sim.
As velhinhas pedras que lá moravam, a beleza da calçada portuguesa,
Identidade do país, tem hoje um traço comum a muitas outras praças nacionais,
Iguais.
Não tem côr, não tem vida, não tem gente.
Nem nova, nem velha.
Tem ar, muito ar…
Tem cheiro a mofo, muito mofo.
30 anos do mesmo.
Não estão já fartos?
Desde há várias décadas o centro da cidade tem vindo a transferir-se da Praça da República para a Meia Laranja, E mesmo este vai em franca decadência: foi-se a Papelaria Correia, foi-se a 77 do Zeca e só resta o Luís da Rocha, o Fernando da Lotaria e do Euromilhões, assim como a Casa do Benfica que, lagarto indefectível que sou, tenho que reconhecer, num tremendo esforço de fairplay, como um centro de convívio que dá uma certa vida ao sítio. Até chegaram os chineses, para ajudar à descaracterização do que foi um simpático carrefour da cidade.
Quanto à decadente Praça da República, cuja maior vitalidade é de servir de título ao blog do João Espinho (de nada, caro amigo!), vai sendo cada vez mais o futuro campo de trabalho de arqueólogos: desde a Câmara Municipal ( refiro-me ao funcionamento e não ao edifício; à fisiologia e não à anatomia) ao símbolo fálico que constitui o bebedouro que é actor principal da fotografia. Fosse a arcada ao fundo com um arco único e a conotação sexual era ainda mais óbvia.
Com a sua imaginação rica como a dos actuais, os arqueólogos do futuro dirão que os bejenses do longínquo século XXI eram bígamos!
O desalento desta foto é quiçá o mesmo que as crianças viveram no seu dia mundial.
Nesta cidade só importa mesmo é a noite de 24 para 25 de Abril. Nesta noite há fartura de foguetes e alguma animação.
Tristeza!!!!
Então estas autoridades governativas não poderiam ter organizado um espectáculo para as crianças desta cidade?!!!
Ou foram todos empurrar o Galp-autocarro da selecção até ao aeroporto da portela?!!
Sinceramente!
E ainda dizem que Beja é uma cidade de idosos, pudera, os jovens fogem todos daqui.
Fico-me por aqui.
31 de Maio de 2008 às 23:09
O novo pelorinho….
Bela foto!
31 de Maio de 2008 às 23:28
@jocasipe – não tinha visto esse ângulo. Bem observado.
1 de Junho de 2008 às 1:51
Vazia, sem nada.
Por lá já ninguém passa,
já lá ninguém pára.
O único que o visita é o vento, e mal o cumprimenta.
Quem por ali passa, nem sabe que foi O centro.
Já nem isso temos. Lojas, muitas lojas dos chineses, isso sim.
As velhinhas pedras que lá moravam, a beleza da calçada portuguesa,
Identidade do país, tem hoje um traço comum a muitas outras praças nacionais,
Iguais.
Não tem côr, não tem vida, não tem gente.
Nem nova, nem velha.
Tem ar, muito ar…
Tem cheiro a mofo, muito mofo.
30 anos do mesmo.
Não estão já fartos?
1 de Junho de 2008 às 8:57
Desde há várias décadas o centro da cidade tem vindo a transferir-se da Praça da República para a Meia Laranja, E mesmo este vai em franca decadência: foi-se a Papelaria Correia, foi-se a 77 do Zeca e só resta o Luís da Rocha, o Fernando da Lotaria e do Euromilhões, assim como a Casa do Benfica que, lagarto indefectível que sou, tenho que reconhecer, num tremendo esforço de fairplay, como um centro de convívio que dá uma certa vida ao sítio. Até chegaram os chineses, para ajudar à descaracterização do que foi um simpático carrefour da cidade.
Quanto à decadente Praça da República, cuja maior vitalidade é de servir de título ao blog do João Espinho (de nada, caro amigo!), vai sendo cada vez mais o futuro campo de trabalho de arqueólogos: desde a Câmara Municipal ( refiro-me ao funcionamento e não ao edifício; à fisiologia e não à anatomia) ao símbolo fálico que constitui o bebedouro que é actor principal da fotografia. Fosse a arcada ao fundo com um arco único e a conotação sexual era ainda mais óbvia.
Com a sua imaginação rica como a dos actuais, os arqueólogos do futuro dirão que os bejenses do longínquo século XXI eram bígamos!
1 de Junho de 2008 às 15:22
Joao Espinho,quando tira fotos onde haja pessoas,vida,transito?…nao me venha dizer que isso é impossivel em Beja…
2 de Junho de 2008 às 10:41
luis miguel: voce tem dificuldades educativas especiais…
2 de Junho de 2008 às 16:22
Porque?…por gostar de ver cidades vivas?
2 de Junho de 2008 às 17:02
O desalento desta foto é quiçá o mesmo que as crianças viveram no seu dia mundial.
Nesta cidade só importa mesmo é a noite de 24 para 25 de Abril. Nesta noite há fartura de foguetes e alguma animação.
Tristeza!!!!
Então estas autoridades governativas não poderiam ter organizado um espectáculo para as crianças desta cidade?!!!
Ou foram todos empurrar o Galp-autocarro da selecção até ao aeroporto da portela?!!
Sinceramente!
E ainda dizem que Beja é uma cidade de idosos, pudera, os jovens fogem todos daqui.
Fico-me por aqui.
El Juanito