Mar 12 2008

Que fazer quando tudo arde?*

Publicado por as 0:55 em Geral

(actualização)

“Face às gravíssimas declarações do militante Rui Rio foi decidido solicitar ao Conselho de Jurisdição Nacional que promova a audição, com urgência, desse militante”.

“Por outro lado, a direcção do PSD assume como certa a saída de António Capucho da presidência da secção de Cascais. “Tendo-se tomado conhecimento de que o presidente da mesa da assembleia de secção de Cascais anunciou a sua demissão face à aprovação de regulamentos, por larga maioria, no recente Conselho Nacional, a Comissão Permanente do PSD agradece os serviços prestados”, refere o comunicado.”

Perante isto: ou Luís Filipe Menezes tem os dias contados ou então é o PSD a bater no fundo para dificilmente voltar à tona.
E os silêncios continuam….

Ler aqui

Actualização: Pacheco Pereira chama-lhe purga. Não vou (ainda) por aí. Eu diria que é uma tentativa de amordaçar uma das várias alternativas a LFM. Se de purga se tratasse, acredito que o próprio Pacheco Pereira não estaria já no PSD. Nem muitos outros militantes.

Actualização 2: Ler “Tristes dirigentes sem memória“, por Pinho Cardão

Actualização 3: Ler os destaques de Paulo Gorjão em “Ponto sem retorno?” e “Ponto sem retorno? II

(*título de um livro de A. Lobo Antunes)

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9 Resposta a “Que fazer quando tudo arde?*”

  1. Delfos diz:

    Infelizmente acho que é mesmo o PSD a bater no fundo. E não se vê qualquer luz nesse fundo.

  2. CC diz:

    Parece mais a “Nacht der langen Messer” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Noite_das_Facas_Longas)

  3. João Barros diz:

    para aqueles que pensam que a politica não pode bater mais no fundo… aqui têm a resposta, e se pensam que já bateu o suficiente não esperem pela demora…

  4. RCataluna diz:

    O que se passa no PSD é mau para o partido e péssimo para a Democracia portuguesa!!

  5. zig diz:

    Isso tem um nome: Dar tiros nos próprios pés!

  6. luis diz:

    Desarrezoado amor, dentro em meu peito
    Tem guerra com a razão, amor que jaz
    E já de muitos dias, manda e faz
    Tudo o que quer, a torto e a direito.

    Não espera razões, tudo é despeito,
    Tudo soberba e força, faz, desfaz,
    Sem respeito nenhum, e quando em paz
    Cuidais que sois, então tudo é desfeito.

    Doutra parte a razão tempos espia,
    Espia ocasiões de tarde em tarde,
    Que ajunta o tempo: enfim vem o seu dia.

    Então não tem lugar certo onde aguarde
    Amor; trata traições, que não confia
    Nem dos seus. Que farei farei quando tudo arde?

    Sá de Miranda.

  7. charlie diz:

    Ando com a sensação de navio à deriva.
    Os ratos agitam-se e, não tarda, estão a atirar-se ao mar.
    E a névoa que não levanta e a ilha que não surge.
    É noite escura que não passa a dia, esquecido que anda de sol.
    Onde estás gajeiro?
    És tu o silêncio enquanto o mar ruge?
    Porque te vestistes de negro?
    Terra nova e gente nova.
    Urge…

  8. a. pinho cardão diz:

    Agradecido pela citação.

  9. charamba diz:

    A autofagia foi doença infantil tanto do PSD, então, mais correctamente, PPD, como no PS. Neste, parece ter-se curado, ou por menos ficado em vida latente, mas no PSD reapareceu em grande pujança.
    Num organismo jóvem, como em biologia, a capacidade de regeneração é grande e há sobrevivência, sobretudo quando é só o rabo que é comido. Mas quando são órgãos vitais a ser atingidos, o perigoé bem maior. Sobretudo na maturidade, e mais ainda quando esta significa senilidade. Neste caso o rabo já nem cresce.
    A insaciabilidade dos barões. quando há uma vaga esperança de acesso ao poder, é imparável. E voltando à biologia, não é coisa rara o parasita matar o hospedeiro e com isso causar a sua própria morte.

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