Mar 12 2008
Que fazer quando tudo arde?*
(actualização)
“Face às gravíssimas declarações do militante Rui Rio foi decidido solicitar ao Conselho de Jurisdição Nacional que promova a audição, com urgência, desse militante”.
“Por outro lado, a direcção do PSD assume como certa a saída de António Capucho da presidência da secção de Cascais. “Tendo-se tomado conhecimento de que o presidente da mesa da assembleia de secção de Cascais anunciou a sua demissão face à aprovação de regulamentos, por larga maioria, no recente Conselho Nacional, a Comissão Permanente do PSD agradece os serviços prestados”, refere o comunicado.”
Perante isto: ou Luís Filipe Menezes tem os dias contados ou então é o PSD a bater no fundo para dificilmente voltar à tona.
E os silêncios continuam….
Ler aqui
Actualização: Pacheco Pereira chama-lhe purga. Não vou (ainda) por aí. Eu diria que é uma tentativa de amordaçar uma das várias alternativas a LFM. Se de purga se tratasse, acredito que o próprio Pacheco Pereira não estaria já no PSD. Nem muitos outros militantes.
Actualização 2: Ler “Tristes dirigentes sem memória“, por Pinho Cardão
Actualização 3: Ler os destaques de Paulo Gorjão em “Ponto sem retorno?” e “Ponto sem retorno? II”
(*título de um livro de A. Lobo Antunes)
11 de Março de 2008 às 19:11
Infelizmente acho que é mesmo o PSD a bater no fundo. E não se vê qualquer luz nesse fundo.
11 de Março de 2008 às 20:19
Parece mais a “Nacht der langen Messer” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Noite_das_Facas_Longas)
11 de Março de 2008 às 21:36
para aqueles que pensam que a politica não pode bater mais no fundo… aqui têm a resposta, e se pensam que já bateu o suficiente não esperem pela demora…
11 de Março de 2008 às 22:13
O que se passa no PSD é mau para o partido e péssimo para a Democracia portuguesa!!
12 de Março de 2008 às 0:19
Isso tem um nome: Dar tiros nos próprios pés!
12 de Março de 2008 às 1:16
Desarrezoado amor, dentro em meu peito
Tem guerra com a razão, amor que jaz
E já de muitos dias, manda e faz
Tudo o que quer, a torto e a direito.
Não espera razões, tudo é despeito,
Tudo soberba e força, faz, desfaz,
Sem respeito nenhum, e quando em paz
Cuidais que sois, então tudo é desfeito.
Doutra parte a razão tempos espia,
Espia ocasiões de tarde em tarde,
Que ajunta o tempo: enfim vem o seu dia.
Então não tem lugar certo onde aguarde
Amor; trata traições, que não confia
Nem dos seus. Que farei farei quando tudo arde?
Sá de Miranda.
12 de Março de 2008 às 1:25
Ando com a sensação de navio à deriva.
Os ratos agitam-se e, não tarda, estão a atirar-se ao mar.
E a névoa que não levanta e a ilha que não surge.
É noite escura que não passa a dia, esquecido que anda de sol.
Onde estás gajeiro?
És tu o silêncio enquanto o mar ruge?
Porque te vestistes de negro?
Terra nova e gente nova.
Urge…
12 de Março de 2008 às 10:50
Agradecido pela citação.
12 de Março de 2008 às 14:57
A autofagia foi doença infantil tanto do PSD, então, mais correctamente, PPD, como no PS. Neste, parece ter-se curado, ou por menos ficado em vida latente, mas no PSD reapareceu em grande pujança.
Num organismo jóvem, como em biologia, a capacidade de regeneração é grande e há sobrevivência, sobretudo quando é só o rabo que é comido. Mas quando são órgãos vitais a ser atingidos, o perigoé bem maior. Sobretudo na maturidade, e mais ainda quando esta significa senilidade. Neste caso o rabo já nem cresce.
A insaciabilidade dos barões. quando há uma vaga esperança de acesso ao poder, é imparável. E voltando à biologia, não é coisa rara o parasita matar o hospedeiro e com isso causar a sua própria morte.