Mar 10 2008
O sucesso espanhol no Alentejo
“Porque é que os portugueses não aproveitarão o que parece ser uma mina de ouro? Será falta de visão? Ausência de espírito de risco? O que é que os leva a abdicar das suas terras?”
Ana Fernandes, Público, para ler aqui.
10 de Março de 2008 às 16:33
é a bela da teoria do não querer fazer nada e esperar pelo subsidio… ou então é o sucessor do milagre dos pães… chamem alguém do Vaticano para criar um santuário como o de Fátima…
10 de Março de 2008 às 17:50
A questão é que os espanhois estão a ser apoiados pelo Instituto Espanhol de credito (Publico) em que lhes empresta o dinheiro, têm 4 anos de carencia, e só depois do inicio da produção é que começam a pagar. Assim é mais fácil.
Saliente-se a visão do Instituto Publico espanhol. Sabem o que querem, onde e como, a médio prazo, nota-se que existe planeamento. Tal como cá……
A este ritmo, se os portugueses ficarem com 15-20% da área do Alqueva, já não era mau.
10 de Março de 2008 às 18:20
os portugueses estão… tesos!
e é bom não esquecer os chorudos, muito chorudos “girassídios” que há uns anos encheram as nossas estradas de jipes e mercedes. para não falar das casas algarvias…
o trabalho dá trabalho e os herdeiros de tanta terra não querem saber disso.
venham os espanhóis que a gente não se importa!
10 de Março de 2008 às 19:29
Em Portugal e muito concretamente no Alentejo não há confiança para investir no que quer que seja e, muito especialmente, na agricultura; quando se deu o 25 de Abril começava a emergir uma nova classe – a dos rendeiros – que, com vantajem, se substituiam aos agricultores absentistas que viviam em Lisboa e nos Estoris; tivesse a História seguido outro rumo e, em muitas situações, aqueles rendeiros ter-se-iam certamente tornado proprietários das terras que exploravam as quais nunca teriam chegado ao estado de abandono em que a maioria actualmente se encontra.
Com todos os excessos pós revolucionários e a (tardia) entrega aos seus legítimos proprietários daquilo que restava daquelas que já tinham sido prósperas explorações agrícolas criou-se um clima de desconfiança e desinteresse dos proprietários das terras e dos antigos rendeiros que, entretanto, já tinham procurado outro modo de vida.
Tudo isto aliado à nula (ou quase) fiscalização das formas de aplicação (jipes, casas de férias, férias, … ) dos apoios comunitários destinados à agricultura conduziu ao estado actual da agricultura alentejana. Nada que não fosse previsível desde há muito …
10 de Março de 2008 às 23:15
A culpa é dos professores.
11 de Março de 2008 às 1:40
A Caixa de Madrid oferece 100% do dinheiro necessário e um prazo de 10 anos antes de começar a primeira amortização para que os empresários agrícolas comprem herdades no Alentejo.
Como o dinheiro não cai do céu e os bancos em qualquer parte do mundo são tudo menos beneméritos, só vejo uma explicação:
Se isto não é a expressão mais refinada e descarada do eterno plano de Castela para que Portugal fosse mais uma província Espanhola, vou ali e ja´venho.
E já agora, antes de abalar, gostaria de saber quantos Bancos ou Caixas Agrícolas tem planos iguais para que os Portugueses comprem terrenos em Espanha.
Além claro de nem falar nas dificuldades intransponíveis que as autoridades Espanholas põem a cada projecto de aquisição de empresários Portugueses de parcelas de território Espanhol.
Decerto muito diferente da atitude de baixar as calças que os nossos por cá fazem em relação ao inverso.
11 de Março de 2008 às 21:55
Peço uma reflexão: Qual o Papel da Cooperativa Agricola de Beja ? Quais as mais valias criadas ? Penso que é das maiores cooperaitavs do País.; Qual a responsabilidade da direcção ? Assim que venham mais Espanholitos.
12 de Março de 2008 às 0:25
Lendo os comentários a este post só posso deixar uma só pergunta:
Será que, se os bancos em Portugal dessem as mesmas supostas facilidades em conceder créditos aos agricultores portugueses, será que esses mesmos agricultores os aproveitavam para fazer o mesmo que os espanhóis estão a fazer agora?