Mar 09 2008

Da marcha

Publicado por as 10:39 em Geral

Ficou-me a impressão de que os órgãos de comunicação não fizeram o trabalho bem feito.
É que as televisões não passaram as imagens e os sons dos cem mil quando estes falavam e gritavam que ali estavam para defender um ensino de qualidade, que estavam ali em nome dos interesses dos alunos.
Alguém os ouviu?

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17 Resposta a “Da marcha”

  1. RCataluna diz:

    Exactamente! Estavam mais preocupados com a espectacularidade dos números e os engarrafamentos com autocarros…

  2. João Barros diz:

    se aquilo fosse uma manif…ups uma marcha de apoio ao governo estavam em directo o dia todo (é ver no próximo fim de semana),mas como era algo contra politicas do governo, la faziam directo de hora a hora e mais preocupados com o folclore do que com o que realmente interessa, como já coloquei no meu blog, coloco aqui a questão, porque é que nenhuma estação televisiva não aproveitou o momento para realizar um debate ao longo da tarde sobre o assunto? colocar de um lado alguém do lado do governo e alguém do lado dos professores a debaterem aquilo que os separa, que isso de virem dizer que a culpa é dos professores de não quererem ser avaliados já irrita, ontem não ouvi nenhum professor a dizer que não queria ser avaliado…

  3. RCataluna diz:

    @jb:

    A minha parte favorita foi na RTP. Existem cerca de 140000 professores em Portugal e estavam lá cem mil. A jornalista não parava de falar em cem mil, e no rodapé apareceu que QUASE metade dos professores estava lá!

  4. bejense diz:

    é precesio ser muito naif ou (intelectualmente desonesto) para achar que os 100.000 eram todos profs… entao e os acompanhantes? entao e os profissionais do pcp e intersindical? se calhar a conversa da metade (140/2 = 70) ate pecava por excesso…

    na semana passada «la machina» do pc juntou 50.000 em Lx – é fazer as contas

  5. João Barros diz:

    @Bejanse – isto há com cada uma, então a semana passada a imprensa dizia que eram 50 000 comunas e estavam certos, agora dizem que é entre 80 a 100 mil e já estão errados? perante tal comentario até diria que faz sondagens para o governo, sondagens em que so dizem o que lhes interessa e com os valores que lhes interessa…

    quer numa quer noutra é mais que lógico que não eram tudo professores assim como não era tudo comunas como já ouvi ai dizer, só falta vir dizer que no funeral do cunhal todas as pessoas que estavam na rua eram só comunas, olhe eu até tive para ir, para ter a certeza que o queimavam, mas depois como deu na tv fiquei no sofá…

  6. H V&P diz:

    A minha opinião é clara: acho que esta é a Melhor Ministra do Portugal Democrático; não mudo uma vírgula ao que escrevi antes da manif! Mas… o número foi impressionante!
    Atribuir tudo isto ao PCP é dar-lhe uma importância que felizmente não tem!

  7. bejense diz:

    porra… eu tenho mesmo um problema de falta de capacidade de expressao…

    1) Eu nao digo q nao eram 80 a 100.000 manifestantes. O que eu digo é q nao eram 80 a 100.000 PROFESSORES.

    2) Eu nao digo q aquilo foram os comunistazzzz – eu digo q ajudaram com autocarros e foram a reboque (inclusive a Fenprof – q sei de fonte segura q queria era uma greve a uma sexta) – agora q havia la profissionais da coisa pelo meio havia e muitos – A MAQUINA estava la a comandar a multidao

    3) eu digo q dos 140.000 profs nao estavam la metade (o resto q falta para os 80-100.000 nao eram profs)

    4)o numero e o espectro politico dos manifestantes foi SIGNIFICATIVO

    5) O efeito da turba e da multidao e da desinformacao sobre o q é a avaliacao provocam destas coisas

    6) apesar da ministra n ter gerido o processo da melhor maneira e haver erros e injusticas no sistema, NINGUEM em Portugal consegue mudar as coisas sem ser atacado pela respectiva classe, quer sejam farmaceuticos, banqueiros, enfermeiros, professores, funcionarios publicos, etc

    7) No dia em q este governo fizer o q os outros fizeram nos ultimos 30anos – que foi basicamente deixar andar, nao tomar medidas de fundo e impopulares a pensar na proxima eleicao e nos tachos para distribuir, passa a contar com a minha indiganada oposicao (nem q va pro BE q o Menezes nao se grama) – ja bastou o correia de campos, mas pelos vistos nao mudou a politica saude

    8)duas citacoes lucidas dos semanarios deste fds:

    A queda de MLR teria o efeito de um toque de finados por qq tentativa de reformar o estado e mudar o país
    -MST in Expresso

    O sistema de avaliacao de prof é identico, nem mais complicado nem menos subjectivo, aos q vigoram na maioria das empresas deste país. Vai alterar habitos, incomodar imobilismos, criar descontetes, como qq outro. E como é desejavel, para mudar uma estrutura arcaica. O que chega a ser penoso é ver docentes a defenderem o sistema de mediocridadee das progressoes automaticas por antiguidade, é ouvir profs dizerem q nao tem tempo nem capacidade para por em pratica uma avaliacao de desempenho. A cobtra reforma nas escolas tornou-se o ultimo bastiao do corporativismo e do sindicalismo mais ortodoxo.

    JAL in Sol

    9) basicamente a maxima anarca aplica-se: – mais vale ter mau halito do q nenhm 🙂

  8. aldeão diz:

    De facto colar o sucesso da manifestação de ontem ao PCP é no mínimo absurdo. Ainda ontem ouvi na televisão um comentador dizer que de uma escola da Vila da Feira vinham à manifestação 56 dos 62 professores. Parece que naquele concelho o PCP não tem mais de 3% dos votos. Recorde-se a reacção do ministro Santos Silva em Chaves na sexta feira à noite. Depois atente-se no número de autocarros que vieram do Norte do País e, sabendo-se a implantação que o PCP tem naquela região, para se poder concluir que apelidar de comunas todos os que se manifestam,no sentido de desvalorizara importância das acções, foi chão que já deu uvas.

    É óbvio que serão necessárias reformas, agora uma coisa me parece evidente, algo vai mal quando a principal componente dessa reforma se manifesta desta forma. Não sou professor, alguns dos professores que tive foram autênticas referências para a minha vida e não aceito a campanha difamatória que tem sido montada contra os professores nos últimos tempos. Ainda agora na minha aldeia está uma professora a dar aulas que todos os dias tem de percorrer mais de 100 Km em cada sentido. Querem maior prova de amor por uma profissão. Quanto à avaliação parece-me bastante razoável que fosse feita uma experiência piloto em algumas escolas para depois proceder às necessárias correcções e à sua generalização (no outro dia ouvi alguém dizer que a grelha de avaliação parece um mapa da rede de metro). Será esta reivindicação assim tão absurda.

    Quanto à política de saúde, só quem está muito distraído é que poderá dizer que nada mudou. Quantas urgências é que a actual ministra já encerrou?

  9. toto diz:

    “O pior cego é aquele que não quer ver”

  10. bejense diz:

    uma professora a dar aulas que todos os dias tem de percorrer mais de 100 Km em cada sentido.

    ora porra , va trabalhar para o sector privado e vai ter de ir morar par lx eou para o poro ou para madrid ou para paris.. fonix.. atao quer dizer q se eu for professor tem de me arranjar trabalho na terra em q eu moro?? nem q seja eu s. joao da merdaleja?? fodasse que merda da demagogia ja mete NOJO

  11. aldeão diz:

    Bejense,

    Quer dizer que têm de ir para onde os colocam e que, muitas vezes para manter a estabilidade familiar (tipo não mudar os filhos das escolas, etc), têm de se fazer estes esforços e que quase não se ganha para a gasolina. E sabe porquê? Porque não existe estabilidade nos quadros de professores afectos às escolas existindo um batalhão de uns milhares de professores que todos os anos andam com a casa às costas, o que não é bom para os professores, nem para os alunos. Só pretendi sublinhar este aspecto para servir de contraponto à mensagem que se tem pretendido passar de que os professores são uns malandros.

  12. bejense diz:

    eh pa porra… eu conheco o istema dei aulas no secundario +10 anos (em acumulacao gracas a deus) eu sei o q isso é.. agora se um pintor da construcao civil n tiver trabalho em beja e for para uma obra e mevora o patrao tem de lhe arranjar uma obra em beja para ele n se deslocar??

    abra os olhos para o mundo real. a quem va trabalhar para espanha. e se eu n tiver vaga em beja como sou de beja o meu empregador (ME) tem de inventar umm emprego em beja para mim? por causa dos meus filhos? ou poe-me com horario zero e continua a pagar-me? PORRA NAO QUER VER A REALIDADE?? basta eu entrar para o quadro do ME e ele assegura-me um lugar num raio de 50km da minha residencia???

    Portugal gasta em %PIB + do q os paises «à seria» da europa na educacao e na saude. ABRAM OS OLHOS.

  13. bejense diz:

    e ja agora n foi a ministra q agora assobiam q instaurou as colocoes por 3 anos q a fenprof tb contestava?? estabilidade nos quadros da escola?? eu ate conheco quem emprenhou (em vez de se divorciar) so para para ficar em beja…

  14. Dry Martini diz:

    (nota do editor do blog: é só para avisar que aqui não se permite que se venha cuspir noutros comentadores. em caso de reeincidência, a regra é ficar à porta; em caso de abuso… plof!)

  15. Dry Martini diz:

    Excelente Sr. Espinho. O que eu pretendia já aconteceu…e nem sequer foi necessário esperar muito!
    Ficou demonstrada toda a sua capacidade para encaixar críticas, mesmo que justas…
    Quem diz o que quer, ouve o que não quer…sempre será assim!
    Mas não se preocupe…não voltará a ver-me por aqui…não frequento espaços onde passa música plof!

  16. João Espinho diz:

    @dry – as críticas que me são dirigidas proliferam nas caixas de comentários deste blog. Cuspidelas não as admito e muito menos quando dirigidas a outros comentadores. Se quiser cuspir, faça-o na sua casa.
    Ainda bem que não volta que é para eu não ter que andar sempre de esfregona na mão.
    Passe bem ( e cuidado com a música plof!)

  17. aldeão diz:

    Bejense,

    Não sei quais são as suas fontes, mas quanto às despesas com saúde veja aqui como elas ficam muito abaixo da média comunitária: http://www.ordemeconomistas.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=167&Itemid=404 . Quanto às despesas de educação também lhe digo que, em percentagem do PIB, as despesas com a educação representam 5,8% do PIB enquanto a média comunitária é de 5,2%, mas de qualquer forma ficam muito longe dos 8,5% da Dinamarca ou dos 7,7% da Suécia. Só que o nosso PIB percapita é 70% da média comunitária, logo tire as suas conclusões. Quanto ao resto não vale a pena discutir mais, já vi o filme todo.

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