Mar 06 2008

Câmara de Beja oferece viagens a Lisboa

Publicado por as 9:19 em A minha cidade

No próximo Sábado a Câmara Municipal de Beja disponibiliza o seu autocarro, a título gratuito, para quem queira deslocar-se a Lisboa.
Isto é, a CMB considera que a deslocação dos professores (e respectivos acompanhantes e familiares) à manif marcha da indignação é um serviço público que deve ser suportado por todos os contribuíntes.
Isto só deve admirar quem não conhece quem está à frente da CMB e os interesses que persegue. São os interesses partidários (PCP) a sobreporem-se ao bom senso.
E não há quem se indigne contra a pouca vergonha?

Adenda: O vereador Caixinha diz que a autarquia também isenta de pagamento o uso do autocarro por grupos corais da região. Bem me parecia que a marcha em Lisboa é mesmo folclore.

Adenda 2 – Os professores dizem que a sua luta não tem nada a ver com os Partidos. Ouçam o vereador Caixinha e, se tiverem coragem, digam-lhe que não querem o PCP metido nesta justa luta.

Referências a este post:
Pensamentos
Câmara Corporativa
Kontratempos
Anti-tretas
Espumadamente
Tomar Partido
Direito de Opinião
Hoje há conquilhas
PS Lumiar
Palavra Aberta
O Bom Gigante

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48 Resposta a “Câmara de Beja oferece viagens a Lisboa”

  1. João Barros diz:

    Vergonha é algo que não mora para aquelas bandas… pelo menos aparenta… se não aparenta deviam dedicar-se ao teatro, pois representam muito bem.

  2. São Rosas diz:

    Entretanto, lá em casa, o meu cônjuge quer-me convencer a irmos os dois de carro, “porque não estou para ir num autocarro dos sindicatos”. Vou-lhe dizer para ir nesse autocarro de Beja. Pelo menos não é do sindicato :O)

  3. Cosmonauta diz:

    Quem se convenceu que um Mundo controlado pelas acções do capitalismo tem em si as soluções para a miséria humana e para o drama ecológico que vivemos, enganou-se. Seguramente que outras propostas também se revelariam insuficientes e precárias.
    O problema da Humanidade está em não saber encontrar-se, estrebuchando num quadro de miserável egoísmo. Quer seja este pela posse de bens materiais, quer seja pela tentativa de supremacia nas opiniões. Nem num caso, nem no outro, se achou, se acha ou achará qualquer ponta de dignidade, inovação e consistência sobre o progresso e sobre o Futuro. Todos precisamos uns dos outros.
    Se não soubermos fazer uso da inteligência e do amor, que nos leva à inspiração das ideias e ao fecundo das acções, nada feito. Bem podemos insistir, mas o caminho nunca será encontrado.
    Tudo começa dentro do Homem e este está um farrapo. Tem de primeiro reconstruir-se, ganhar confiança e respeito nos seus pares, discutir seguramente as suas propostas e as suas divergências.
    Em todas as correntes encontraremos erros a corrigir e pontos de profícua referência a empreender e a seguir. O interessante, o mais necessário e o mais urgente, é que o saibamos observar. Encorajando-mo-nos, para conseguirmos. O resto, é só ainda por hipótesse, a Humanidade em mera e iniciática aprendizagem.

  4. charlie diz:

    Vós que lá do vosso império
    prometeis um mundo novo
    Calais-vos que pode o povo
    Querer um mundo novo a sério

    poeta Aleixo

  5. Sanctum diz:

    qual é o problema do foclore? o governo municipal também é de marionetas. por isso, siga o circo.

  6. h - V&P diz:

    Quando pensamos que a CMB não pode fazer mais tolices políticas, conseguem sempre surpreender-nos! Honestamente, penso que há algum masoquismo na CMB/PCP, pelo prazer em levar porrada!!!

  7. Francisco diz:

    Problema não é levar porrada, problema é quem as dá e o peso das mesmas, enquanto for só isto de h e companhia siga a festa.
    São pesos pluma, valem o que valem, feliz ou infelizmente valem pouco.
    Há no entanto uma virtude, fazem-me sempre recordar a história da rã e do boi.

  8. h - V&P diz:

    Caro Francisco, não conte comigo para enlamear blogues alheios, porque se não o admito no meu, não o faço no das outras pessoas! Pelo, que nem sequer o vou questionar sobre a metáfora!
    Sobre o peso, tem toda a razão: um tipo que mede 1.87 e nem tem 80 kg, é claramente um peso pluma!

  9. AJRamos diz:

    como em quase tudo o resto neste país…

    Já nem há vergonha de fazer… agora é mesmo às claras!!! é preciso lata.

  10. Delfos diz:

    Caro João Espinho,

    não percebi muito bem. A sua questão é apenas em relação ao autocarro da CMB, ou o Sr. também é dos que acham que esta luta dos professores é apenas uma manipulação dos sindicatos e do PCP?

  11. João Espinho diz:

    @delfos – não sei que parte é que não percebeu. Fui muito claro: é a minha indignação por ver o transporte pago com dinheiro dos munícipes (e contribuintes) a ser usado em manifestações de carácter particular e sem interesse público (ou do concelho). Já agora: se houver um acidente, o Sindicato dos Professores garantiu o seguro ou é um seguro que onera o orçamento camarário? Há mais perguntas, mas não é aqui o local para as fazer.

  12. João Espinho diz:

    @francisco – percebo-o perfeitamente. Não fosse o peso pluma e você nem viria aqui, habituado que está a suportar outros pesos. Ai ai ai!

  13. Delfos diz:

    Certíssimo. Estou de acordo consigo quanto à utilização do transporte da CMB.

    Às tantas pareceu-me ver no seu post uma insinuação de que o que se está passar neste momento em relação aos professores não passa de uma mera manipulação do PC e dos sindicatos.

    Cito: “manif marcha da indignação (a palavra manif aparece riscada)”

    Cito: “Os professores dizem que a sua luta não tem nada a ver com os Partidos. Ouçam o vereador Caixinha e, se tiverem coragem, digam-lhe que não querem o PCP metido nesta justa luta.”

    É que foi exactamente o contrário: são os sindicatos e alguns partidos (em relação a alguns sindicatos não sei muito bem onde está a diferença…), desde há muito desacreditados no seio dos professores, que viram aqui uma oportunidade única de se juntar a uma luta que começou de facto a ter expressão quando os professores se começaram a unir fora de quaisquer sedes partidárias, sindicais ou mesmo ideológicas.

    Devem então os professores rejeitar a ajuda dos sindicatos? Penso que não. Embora confesse que me incomoda esta colagem oportunista, não sei como podemos rejeitar a ajuda daqueles que são ainda dos poucos interlocutores aceites pelo ME.

    Mas já agora, esclareça-me só para que as coisas fiquem claras: o sr. está a favor ou contra a luta dos professores?

  14. fm estéril diz:

    não haverá prof’s que apoiam a política da ministra?
    se os há, de certeza que querem ir ao Porto, apoiar as políticas do Sócrates, num comício que o PS está a organizar.

    seria lógico que a CMB, como faz nas manif´s da CGTP e aos grupos corais, emprestasse o(s) autocarro(s) para a malta socialista ir apoiar o senhor engenheiro.

    será que empresta? hummm…. se calhar não!
    nem eles se atrevem a pedi-lo!

  15. jbengala diz:

    João Espinho:

    Gostaria de lhe fazer duas ou três perguntas.

    Está a favor ou contra a luta dos professores?

    Também é daqueles que pensam que os professores em Portugal representam uma classe priveligiada, ganhando muito e fazendo pouco?

    Acha que os professores nos últimos 10 anos têm tido o seu trabalho devidamente reconhecido pelos sucessivos governos, e neste particular, este governo tem sido justo para com o trabalho desenvolvido pelos professores?

    Eu vou-lhe dar a minha opinião esclarecendo que já dei aulas de Matemática no Liceu (1984/1985), na Escola Industrial (1986/1987), a minha falecida mãe (Etelvina Bengala) foi professora de Matemática nesta cidade durante toda a sua vida (depois de tirar um peito a sua primeira preocupação quando foi visitada pelo médico que a operou foi saber quando voltaria a poder escrever no quadro da sala de aula), a minha esposa é professora do 6º grupo (contabilidade) há quase 20 anos e a minha irmã é professora de matemática também há quase 20 anos. Sei por isso bem o que é ser professor por já o ter sido e pelo contacto muito próximo que tenho com pessoas que o são ou que o foram toda a vida.

    Estou 100% a favor da luta dos professores.

    Os professores, neste momento e de há uns anos para cá, são tudo menos uma classe priveligiada, recebendo, em média, pouco para a responsabilidade que têm e para a quantidade de trabalho que desenvolvem (trabalha-se mais horas em casa a preparar aulas, a planificar trabalho, a fazer e a corrigir Testes de Avaliação aos alunos do que o tempo que se passa nas escolas a dar aulas). Posso-lhe dizer que tanto a minha mãe, como a minha esposa, como a minha irmã deixam ou deixaram muitas vezes de ter o fim de semana ou as noites em sua casa livres para se dedicarem ao seu trabalho enquanto professores e tal como elas, muitos milhares de portugueses e portuguesas que são ou já foram professores, percebem o que eu estou dizendo.

    Os professores são uma classe cada vez mais maltratada e têm toda a razão do mundo em protestar contra os maus tratos que têm recebido em especial do actual governo e da ministra da educação. Este governo, começando no primeiro ministro (que deve pensar que os professores são todos como alguns que terá tido na Independente) e acabando na ministra da educação, têm procurado fazer passar uma imagem negativa dos professores que não corresponde à realidade da classe e, daí, a enorme revolta que é perfeitamente justa, sentida pelos professores portugueses. E isto não é uma questão partidária como alguns procuram fazer querer, nomeadamente o primeiro ministro, esta é uma questão de âmbito nacional e que percorre quase toda a classe, independentemente de gostar do partido A, B ou C.

  16. João Espinho diz:

    @J Bengala: recordo com saudade quase todos os meus professores, onde se inclui a Profª Etelvina. Tenho bem marcada na memória a minha vida de aluno do Liceu. Sou pai, com 2 filhas em idade escolar. Curiosamente, a única actividade que eu não gostaria de ter desenvolvido, foi a primeira que tive: professor de Inglês e Português. Não me arrependo absolutamente nada de a ter abandonado. Ser professor exige vocação, uma preparação específica, muito exigente, e na altura não me achei com preparação para tal. Hoje, as exigências são muito maiores, mas duvido que a preparação seja melhor ou mesmo idêntica. Hoje não se é professor por vocação mas por necessidade. Tenho a máxima consideração pela docência e respeito que professores se sintam injustiçados. Porém, a “classe” não pode viver “divorciada” da Sociedade. Eu, enquanto funcionário público, há muito que sou avaliado. Justamente? Não sei, mas sei que muitos funcionários são injustamente classificados. A sua prestação é abaixo do que é exigível ( estou a falar de competência) a quem presta serviço público, mas a sua classificação não lhe é correspondente. Logo, o sistema parece-me falhar nos seus objectivos principais.
    Os médicos, militares, enfermeiros e tantos outros profissionais que prestam serviço público, são também sujeitos a uma avaliação.
    Os professores, porém, parece preferirem que se continue a usar um sistema injusto. Não acredito que um professor que dê o melhor de si, com esforço e empenho, não se sinta injustiçado por ver progredir paralela e automaticamente na carreira um seu colega que pouco mais fará que ler manuais escolares em voz alta. Repito: não acredito que os professores estejam contentes com este sistema. Então, porquê tanta “luta”? Por causa dos critérios? Se sim, quais são os critérios propostos? Desconhece-se!
    Será por causa dos métodos de avaliação. Então venham para a rua dizer quais são os métodos que acham justos.
    Acrescento: a autonomia das Escolas na definição dos critérios de avaliação é, garanto-lhe, uma prerrogativa luxuosa dentro da função pública. Poucos serviços têm direito a essa autonomia.
    É esta a minha opinião, que não responde ao “a favor” ou “contra”.
    Acho, isso sim, que as lutas massificadas são injustas. E o meu caro Prof. Bengala certamente perceberá porquê.
    (espero ter igualmente respondido ao Delfos)

  17. Mayday diz:

    Inacreditável! Isto só em Beja!

    Já agora quando houver jogo do Sporting em alvalade eu gostava de uma boleia…pode ser? E quando tiver umas consultas e tal?

  18. São Rosas diz:

    A avaliação é uma pontinha de um icebergue, João. Há muitos detalhes acumulados que só podem revoltar os professores que amam a sua profissão. Quanto a mim, o problema principal é a falta de meios nas escolas para os professores fazerem o seu trabalho. Alguém me sabe dizer em que profissão o material e equipamentos usados não são da organização a que pertencem? Se a empresa onde trabalho me disponibilizasse um PC com mais de 10 anos para eu usar com outros 100 colegas, garanto-te que te digo onde os mandava levar. E isto é só um exemplo.
    O Paulo Moura, um gajo que tu também conheces, escreveu sobre isso na revista Perspectiva. É a óptica do marido de uma professora:
    http://persuaccao.blogspot.com/2008/03/minha-nona-carta-de-trs-da-serra-na.html

  19. Dry Martini diz:

    Bem se vê que o senhor espinho não sabe do que escreve! Não deve comentar temas que desconhece completamente! Para além disso deve reconhecer que o tempo em que professores como o senhor vendiam aulas…já passou!
    Já agora, aproveito para dizer-lhe que, como funcionário público, não deveria dedicar-se ao seu blog em horário de serviço (15:36 e 15:54)! Como sabe a internet do seu serviço é “suportada por todos os contribuíntes”.
    Bem prega frei Tomás…

  20. João Espinho diz:

    @dry m – por sua vontade eu nem tinha blog, pois como sou funcionário público, devo estar 24h dedicado ao serviço. Olha essa pontinha de salazarismo, ó camarada!

  21. João Espinho diz:

    @são – li em papel e também num blog que não sei precisar qual (que não o persuacção).

  22. Snoopy diz:

    E em Lisboa há castanhas no Terreiro do Paço????

    Agora um pouco a sério: uma vergonha esta do autocarro da CM Beja. Independentemente das razões que assistem, ou não, a esta luta. Uma vergonha.

  23. João Espinho diz:

    @snoopy – e era isso que me interessava destacar. Mas a reacção de alguns sectores faz-me crer que a marcha é, mesmo, aquilo que eu pensava.

  24. Dry Martini diz:

    O dia de trabalho de um funcionário público normal é de 7 horas, não de 24! Só quem não goza desse estatuto são os professores. Mas entre as 15 e as 16 horas “todos” os funcionários publicos e mais especificamente os dedicados à causa pública…estão a trabalhar! Se eu fosse seu chefe estaria mais atento e certamente demonstrar-lhe-ia o meu desagrado…
    Mas afinal o que pensa sobre a marcha? O desfile dos malandros? “A circle of idiots in formation”? Não terão direito à indignação, como o senhor tem em relação ao autocarro da CMB? Não se revê num estado social…sendo o senhor um social democrata?

  25. João Espinho diz:

    @dry – você é um must. Já agora, que interesse tem a minha opinião, se eu não sei aquilo que escrevo?

  26. Dry Martini diz:

    Ainda bem que assim pensa…interpreto o seu silêncio como ausência de argumentos. Procure uma solução para a partidarite aguda…em qualquer farmácia :-/

  27. João Espinho diz:

    @dry m – você não leu o que eu escrevi em comentário?

  28. kruzes diz:

    Coincidência. Mera coincidência. Vão apenas fazer o pic nic à beira rio.

  29. João Barros diz:

    e por pensamentos destes que o pais está como está, de que interessa trabalhar 10 minutos ou 20 horas, o que interessa é o que se produz, mas nãop o tuga está sempre com olho no relogio para ver quando sai… eu, pelo entender de alguns ilustres, estava feito, como passo o dia todo na net, teria de ter o meu chefe sempre a azucrinar-me a cabeça… agora se as mentes de principio de seculo XX pensarem que é mais importante o que as pessoas produzem do que o numero de horas de trabalho, as vezes uma pessoa faz em 10 minutos aquilo que um incompetende não faz em 2 horas está explicado…
    de que vale trabalhar 15 horas por dia se no fim do mesmo dia a produção foi zero?

  30. jbengala diz:

    @João Espinho

    Deu-me a resposta que se pode designar como políticamente correcta e que eu aceito mas que não responde objectivamente a tudo o que questiono. Gostaria apenas de dizer que sempre achei injusto desde que me formei em Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico em 1986 e comecei a trabalhar, que as pessoas fossem todas vistas da mesma forma, independentemente do seu menor ou maior empenho, da sua menor ou maior competência, mas este nunca foi factor que me desmotivasse e sempre procurei dar o melhor de mim mesmo, sem me preocupar com o trabalho dos outros. Acho que a questão com os professores não se põe relativamente aos mesmos não quererem ser avaliados, os professores querem ser avaliados, têm é sérias dúvidas sobre o modelo de avaliação proposto, porque todos aqueles que cumprem não devem ter receio de ser avaliados. E aquilo que diz, sobre a autonomia das Escolas na definição dos critérios de avaliação é, sem dúvida, um luxo dentro da função pública. Porque a avaliação dos funcionários públicos é necessária, faz todo o sentido distinguir o mérito, a competência, o empenho mas caso haja uma avaliação justa por parte de quem avalia. E sobre isto sou muito céptico porque já fui vítima de uma diferença de opiniões por parte de quem me avaliou. Trabalhei 3 anos no Hospital José Joaquim Fernandes como responsável do Serviço de Instalações e Equipamentos com uma equipa de 30 pessoas sob a minha responsabilidade, entre 2003 e 2005, com o Dr. Cunha Rêgo como Presidente, pessoa que muito considero e que foi para mim um bom exemplo a todos os níveis e, no final desses 3 anos, o conselho de administração da altura, por unanimidade, e depois de apresentado um relatório de todo o trabalho desenvolvido pelo serviço do qual fui responsável, congratulou-se com o trabalho que foi possível desenvolver e pondo em relevo o empenho de todo o serviço. Evidentemente que me senti satisfeito e com o sentimento do dever cumprido, todos os objectivos que me pediram foram alcançados e reconhecidos por quem de direito e por quem trabalhou comigo no dia a dia durante 3 anos, realçando o facto de haver um elemento do conselho de administração no tempo do Dr. Cunha Rêgo que é engenheiro civil e que acompanhou sempre de perto todo o trabalho que se fez, tendo competências para poder avaliar a qualidade desse mesmo trabalho. Pois com menos de uma semana do novo conselho de administração que entrou em funções em 2 de Janeiro de 2006, passei de bestial a besta e até de incompetente fui chamado, passaram-se coisas verdadeiramente incríveis durante os 3 meses que estive no Hospital com essas pessoas, que ainda hoje me deixam descrente relativamente à bondade de certos processos que se pretendem implementar. É a “política” que temos e talvez esta seja a razão principal das dificuldades que o nosso país atravessa. E o problema é transversal a todos os partidos, os partidos são compostos por pessoas e as pessoas ou prestam ou não, infelizmente quer-me parecer que muita da gente que está na política não presta e os resultados estão à vista. Os portugueses acreditam cada vez menos nos políticos e parece-me que este é um problema de difícil solução.

  31. José Fernando diz:

    @jbengala – “Se, como dizem baixinho alguns sindicatos, a avaliação é bem vinda mas não nestes moldes, o porque de não apresentarem os moldes que lhes agradam? Talvez porque assim podem ser sempre a favor da avaliação, mas eternamente contra as vários modelos que possam ser apresentados… Espertos…”

  32. Cunha de Andrade diz:

    Esta cambada de “COMUNAS” chupistas deveriam era ter decoro e respeito pelo dinheiro do erário público. VOTEM NOVAMENTE NESTES “SENHORES”; será que são dignos de tal adjectivo ?

  33. Os contribuintes que suportem a deslocação dos Professores a Lisboa « Anti-tretas diz:

    […] Blog “Praça da República” […]

  34. Carlos Silva diz:

    Não é fácil colocar este país a produzir. Sou pai de dois alunos do Secundário, aplaudo a Minsitra da Educação. Os maus professores não querem ser avaliados?! Nós, no sector privado, há muito que somos. Muitos anos de laxismo. Valha-nos o Sócrates pata colocar este país a andar…Tem o meu voto, como contribuinte.

  35. membro de um grupo coral diz:

    Comparar Grupos Corais a ranchos folclóricos?

    É de seres alentejano ou é mesmo de seres estúpido?

  36. Exorcísmico diz:

    Tanto quanto sei, as Câmaras Municipais existem para servir as comunidades. Ou os professores não fazem parte das mesmas?…

  37. Dry Martini diz:

    Caro Cunha de Andrade, a blogar no computador do serviço (11.30)? Ou nem sequer trabalha? Ainda por cima, os outros é que são chupistas…Bem prega frei tomás…
    Trabalhe mais e feche a matraca!

  38. João Espinho diz:

    g coral – deves ter ido muitas vezes à feira de Castro.

  39. alerta_maximo diz:

    É lamentável que o Sr. Espinho compare a manifestação de hoje a um mero “desfile de folclore”. Pensei que a sua “maturidade intelectual” o impedia de dizer tamanha barbaridade. Dobre a sua língua antes de falar dos professores, na sua GRANDE maioria pessoas altamente competentes e dedicadas a uma carreira que julgo ser das mais importantes da nossa sociedade. Mas como os leitores deste “triste” blog já se habituaram ao seu perfil negativista, não será estranho encontrar posts como este que estou a comentar. Imagino o que diria o Sr ao saber que os autocarros tinham sido alugados a um qualquer sindicato – lá estava o Sr a dizer que a CMB estava a tirar $$$ proveito da situação. Enfim, conhece a “história do velho, do rapaz e do burro”? Não acha que se aplica? Em relação ao comentário do Sr. Carlos Silva, apenas algumas palavras simples …. Ignorância, desconhecimento total da realidade, compara o incomparável … enfim, possivelmente mais um “yes man” do PS, que ainda não percebeu que mais tarde ou mais cedo, a “fonte” vai fechar. Cá estamos para ver!!

  40. João Espinho diz:

    @alerta – tenho a máxima consideração pelos professores. Já o disse e não preciso de o repetir. O resto do seu comentário é treta, e da grossa. Adiante!

  41. alerta_maximo diz:

    Ainda sobre o comentário do Sr. Carlos Silva … que escreve:
    “Os maus professores não querem ser avaliados?!”
    Meu caro Carlos, então os 50 mil que se esperam hoje em Lisboa são todos “maus professores”? Que novidade me está a dar!
    Não sabia que a profissão estava assim tão mal.
    … mas é curioso!! Diz tb no seu comentário que tem 2 filhos no secundário – espero que os tenha no ensino particular. Não vai certamente pretender que os seus filhos sejam alunos de tão maus professores.

  42. João Espinho diz:

    @alerta – se puder mande-me depois uma foto do autocarro do município a descarregar os professores. Para ilustrar este post. Parte donde? Da Praça? Da sede do sindicato? Ou da porta de alguma escola? Não está atrasada para a manif? Ah, não vai! Prefere o Parque da Cidade. Eu também.

  43. charlie diz:

    Avaliar o desempenho de tudo e de todos é uma constante que atingiu nos tempos de hoje uma obsessão que raia os limiares da esquizofrenia.
    Baseado em critérios de qualidade de origens sempre nubelosas em que a nossa ASAE mistura a evidente higiene que é indispensável com ditâmes absurdos de Bruxelas, temos hoje a nossa açorda alentejana à beira de ser considerada imprópria pelo facto de usar pão “fora de prazo” enquanto os negócios de fast food, em que minhocas, serradura e uma generosa parte de geleia em gordura, são gulosamente devorados sob a forma de hamburgers por uma juventude que não precisa de ler Camões nem saber da história de Portugal.
    Pergunto se a missão da escola é formar gente com critérios, cultura e opções de cidadania, ou se apenas se quer ter um imenso aviário de gente desmiolada que alimente a máquina impiedosa do acumular cifrões.
    Tive oportunidade de ler um pouco- pela proximidade dum familiar- o projecto de avaliação que os professores contestam.
    Acho que tem razão-
    Se tudo e todos tem que ser avaliados, deveria em primeiro lugar fazer-se a avaliação do Ministério, dos programas, do disparate dos manuais cheios de erros, e principalmente da mensagem que fazem passar para a sociedade, da sua falta de carga de valores e – o mais grave- a ausência de respeito pela nossa memória colectiva. Porque essa é que é o nosso principal valor. O valor a partir do qual se avalia todo o resto: o padrão, a referência.
    Assim sendo, regresso directamente ao tema: avaliar o quê em função de quê?
    Avaliar um professor que forma gente, ou um oportunista que sobe na carreira porque lambe as botas e dá umas notas fixes?
    Penso que avaliar deve começar primeiro por cima, pelo exemplo, pelo Ministério, e este- com todo o respeito que me deve o 25 de Abril por ter participado nele, não cumpriu Abril. E Abril não é dos comunistas, é nosso , dos Portugueses. Resta-me por vezes o sabor amargo de sentir ter-se dado pérolas a porcos quando o vejo tão mal tratado mormente por via desse Ministério

  44. PedroR diz:

    E não se poderá a Câmara em tribunal por isto?

  45. jbengala diz:

    Só gostaria de dizer que tive hoje na marcha da indignação dos professores em Lisboa em representação da minha mulher que não pode ir e porque apoio a luta dos professores (desloquei-me na minha viatura) e não pensei que 34 anos após o 25 de Abril, hovesse capacidade para mobilizar cerca de 100.000 pessoas, de uma só classe profissional, num protesto grandioso (que uniu o Marquês do Pombal ao Terreiro do Paço num cordão humano contínuo) e que mobilizou cerca de 70% dos professores existentes. Este foi um sinal por demais evidente que a classe está unida e que não concorda com a política deste Ministério da Educação e consequentemente deste Governo que, persistindo neste caminho, tem os dias contados. E para quem diz que a contestação a esta política é dos professores menos competentes, esta é a melhor resposta que podia ser dada. Porque quando se quer implementar uma reforma contra a quase totalidade de uma classe profissional, está-se obviamente condenado ao fracasso.

  46. zep diz:

    “tenho a máxima consideração pelos professores”. “Bem me parecia que a marcha em Lisboa é mesmo folclore.”

    estas frases terão sidi escritas pela mesma pessoa?

    acha que a manif em lisboa foi mesmo folclore?

    acha que todos os que participaram na manif eram comunistas?

    acha que a manif não ultrapassou a própria organização dos sindicatos?

    será que a claridade de Beja o cegou?

    ou é ódio puro aos professores?

    ou é mais um que comenta a organização educativa como um adepto de bancada ou de sofá do futebol?

  47. João Espinho diz:

    @zep – respondo:
    tenho a máxima consideração pelos professores”. “Bem me parecia que a marcha em Lisboa é mesmo folclore.”

    estas frases terão sido escritas pela mesma pessoa?
    sim

    acha que a manif em lisboa foi mesmo folclore?
    não

    acha que todos os que participaram na manif eram comunistas?
    nem lá perto

    acha que a manif não ultrapassou a própria organização dos sindicatos?
    não; sem a máquina dos sindicatos e do PCP a marcha teria sido um folclore

    será que a claridade de Beja o cegou?
    não, apesar de aqui haver mais claridade que brilho

    ou é ódio puro aos professores?
    isso é uma estupidez; o meu avô foi professor, a minha mãe também. devo muito a alguns dos meus professores

    ou é mais um que comenta a organização educativa como um adepto de bancada ou de sofá do futebol?
    nunca fiz comentários sentado num sofá

  48. Praça da República » Câmara de Beja - Agência de viagens (de protesto) diz:

    […] que tenham como objectivo uma manif, marcha ou outra coisa qualquer contra o governo. Foi no caso dos professores – transporte cedido ao sindicato; foi também mais recentemente aos camaradas do MURPI. Qual é a […]

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