Fev 10 2008
Clube Nostalgia
Dando resposta a uma espécie de meme – “E o leitor, qual é a banda rock que o faz corar de embaraço?” – lancei-me na tarefa de vasculhar o que ouvi nos idos de 70. Devo dizer que, exceptuando algumas coisas que me vinham involuntariamente pelo éter, a coisa até nem me envergonha. É verdade que também ouvi a Suzy Quatro, os Slade, os Wallace Collection – quem não ouviu que lance a primeira pedra – mas fui crescendo nos meus teen’s a ouvir o puro Elvis, que me chegava por via da comunidade alemã em Beja e eu gostava muito de ir até lá a casa, boas aparelhagens, LP’s que não chegavam ou chegavam tardiamente à loja do tio Zeca e, se calhar, porque as boobs da Uschi me deixavam de olhos em bico e ouvidos apurados.
Cá fora ouvia-se (e dançava-se) Santana, Led Zeppelin, The Beatles, The Rolling Stones, Deep Purple, Black Sabbath, Creedence Clearwater Revival, Neil Young, The Doors,tudo água pura, sem conservantes mas com alguns corantes. É claro que também massacrava o single “Killing Me Softly with His Song”, da Roberta Flack, e às vezes lá vinham uns rapazes de nome T. Rex.
Depois chega a revolução antes da revolução. E oiço (não consegui ver nada) em Munique, no Estádio Olímpico, em Agosto de 1973, essa coisa chamada “The Dark Side of The Moon”. Nunca mais larguei os Pink Floyd. Com a revolução – a dos cravos – chegam os concertos e com eles o memorável “The Lamb Lies Down on Broadway”. Nunca mais larguei os Genesis (da era Peter Gabriel).
Pelo meio estão Frank Zappa, Lou Reed, Stevie Wonder, Eric Clpaton, Queen, Bob Marley, Jazz – muito jazz, com Cascais – e pouca, muito pouca mesmo, música portuguesa.
Para finalizar, deixo aqui duas peças. Essenciais.
Este meme é mesmo uma nostalgia, não é?
10 de Fevereiro de 2008 às 16:01
Belas escolhas as tuas. O meme pretendeu evocar e eventualmente reviver. Reler, se quisermos. Relembrar, divertindo. Nostalgia soa a coisa menos agradável — não era o meu objectivo 🙂
Eh lá, devemo-nos ter cruzado em Cascais, sobretudo no jazz (com muita pena não fui ao Lamb Lies Down)
10 de Fevereiro de 2008 às 16:07
Eh pá, esta do Clube Nostalgia foi a que me ocorreu. Não tem nada de negativo. Antes pelo contrário.
Cascais: a partir de 73. E enquanto valeu a pena.
10 de Fevereiro de 2008 às 17:46
Isto não é nostalgia. É música boa!
10 de Fevereiro de 2008 às 18:00
Então e o REVISÃO ?
É imperdoável este seu esquecimento!…
Decerto estará de acordo comigo.
10 de Fevereiro de 2008 às 18:02
@manuel – pois claro, o Revisão. Que tocavam tudo aquilo que eu referi, com a vantagem de o Samba pa Ti durar quase meia hora.
10 de Fevereiro de 2008 às 19:16
atao e eu porra!!!!!!!!!!!!!!
10 de Fevereiro de 2008 às 23:40
Há tanto tempo que não ouvia isto… E ainda digo que não sou nostálgica.
10 de Fevereiro de 2008 às 23:49
@luisa – razão tinha eu no título do post!!! 🙂
11 de Fevereiro de 2008 às 2:16
Neste momento estou “numa” dos Abba. Não é necessário ser uma banda dita alternativa para caber no termo “nostalgia”, não achas?
11 de Fevereiro de 2008 às 12:29
zig, uma das vantagens das evocações é que podemos rever tudo. Só não vejo como aplicar o termo “alternativa” aos Genesis.
Os Abba foram importantes num certo contexto dentro da Europa (a música de festival), além de um fenómeno no seu país. Mesmo que não aprecie lembra-se de algumas músicas, tal a forma como elas encheram o espaço audiovisuai europeu.
A distância permitiu-me fazer as pazes com outras músicas, como o disco, que como adolescente era quase obrigado a abominar. Não desci ao nível dos Abba e espero nunca descer, mas a reconciliação quando nasce é para todos!
12 de Fevereiro de 2008 às 0:14
Paulo Querido:
Tenho dos Abba mais de 100 canções arquivadas, em discos de vinil quase o dobro. Eles têm (tinham) músicas de todo o tipo. Claro que gosto dos Genesis, mas se tivesse que escolher, a escolha recaia claramente para os Abba.
Onde quis chegar com esta afirmação é que, sem menosprezar ninguém, parece que sempre quando se fala em músicas antigas tem que ser uma menos conhecida. Podia colocar no meu blog, na minha rubrica Músicas da minha Vida, canções que ninguém por cá conhece, como por exemplo de um grupo Hardrock inglês dos anos 70, os “The Sweet”. Mas, se calhar, ainda lá vou um dia.
Pode ser que um dia você desça para os Abba e fique agradavelmente surpreendido…
24 de Fevereiro de 2008 às 10:44
[…] uma injustiça. Ao escrever este post, de resposta a este, esqueci-me […]