A Câmara Municipal de Beja decidiu encerrar o acesso público* à Praça de Armas e Torre de Menagem do Castelo de Beja, por um período de 6 meses, para “recuperação integral do edifício (Casa do Governador), dotando-o das condições ideais para albergar no rés-do-chão um Posto de Turismo e uma Cafetaria e, no 2º andar, (…) o Museu Militar”.

Segundo o vereador do pelouro, o executivo decidiu encerrar “porque se julgou ser melhor assim”. Isto é, não são dadas explicações das razões que levaram áquela tomada de posição. Será que o volume de obras e respectivo estaleiro serão assim tão grandes que impeçam o acesso à Torre de Menagem? As explicações não foram dadas, talvez por ninguém as ter pedido.

Mas vamos ao equívoco que carece esclarecimento: é intenção da autarquia instalar ali um ou o Posto de Turismo? É que no programa eleitoral da CDU fala-se em “(…) propomos a instalação do Posto de Turismo nas arcadas da Alcáçova(…)”. Na nota divulgada no site da CMB, fala-se num Posto de Turismo. Pode parecer semântica, mas não é.

E já que se fala de obras no Castelo, pergunto se é intenção do executivo cumprir o proposto no programa eleitoral da CDU, onde se refere que “é nossa intenção instalar no piso superior das casas da antiga Alcáçova um museu da azulejaria bejense“. Se é, significa que vamos ter mais um estaleiro de obras dentro da praça de armas e o seu consequente encerramento? Este museu de azulejaria irá cohabitar o mesmo espaço que o Museu Militar? Ou será que a azulejaria bejense irá para outro local?
Equívocos?
Ou talvez não.

*cerca de 25 mil visitantes por ano

foto: joão espinho