Dez 10 2007
Escrita em dia
1 – A O’Sanji, do plan(o)alto, ofereceu-me um selo, que aqui divulgo, remetendo para o post em que estão as regras desta corrente, que não quebro, mas à qual sou incapaz de acrescentar mais elos. Agradeço à O’Sanji a simpática distinção.
2 – Mais um selo que a O’Sanji me cola. Que agradeço e aqui ostento, citando um poeta maior:
Não preciso de perguntar o que
me dizem os teus olhos quando
os olho; nem te olho para que,
com os teus olhos, um só olhar
tudo me diga. O que me dizes
esconde-se no fundo que não vejo
quando me olhas, para que
tudo o que vejo me mostre
o fundo dos teus olhos. E
quando te peço que os feches, para
que um outro fundo se abra,
o que me dizes é o que
não sei se os teus olhos dizem,
quando o dizes nos teus olhos.
Nuno Júdice
11 de Dezembro de 2007 às 21:15
Nikonman
Não é troca de cromos, não.
É o que sinto mesmo. Um bom blog e as palavras de liberdade.
E obrigada pelo Júdice, que, como sabes, é um dos meus poetas favoritos.
Um beijinho
15 de Dezembro de 2007 às 4:59
É sintomático!: coloca-se a etiqueta de “liberdade” e qualquer idiota acha logo que é um “must”! E, atenção, quem contestar sujeita-se de imediato àquela coisa das liberdades e é apontado na rua e colocam-lhe um sinal na porta. Quero lá saber, esta hipótese de poema não presta, só se salvava se conseguisse achar que, em vez de “quando o dizes nos teus olhos”, ousasse por orientar quando o dizes pelos teus olhos, isso é que dava uma liberdade do caraças. Por isso é que este proto poema é de uma projectada passividade dormente, não admite ao outro qualquer acção – mas como se preconceita liberdade torna-se possível, vamos lá conseguir o eu na tela do outro. Falhou o cinzel, por isso não presta!