Nov 13 2007
Conselho de cócoras
O programa “Conselho de Opinião”, na Radio Pax, vai hoje arrear as calças, cedendo às pressões do poder, convidando um técnico-superior da Câmara de Beja que irá, supostamente em nome do “direito ao contraditório”, defender as cores da cultura de propaganda a que a urbe bejense tem estado sujeita.
Tudo em nome da pluralidade, calcula-se.
E isto porque o convidado do programa anterior terá feito críticas contundentes à política cultural da CMB, tendo sido impreciso em duas situações, as quais prontamente corrigiu no seu blog.
Abre o precedente de repetir o procedimento sempre que alguém opinar ou tecer juízos sobre entidades e instituições. Portanto, das duas uma. Ou não convidava um dos responsáveis pela política cultural da câmara, pois o auditório é competente para julgar da justeza das críticas, ou, se queria confrontar opiniões e avaliações, teria de convidar também alguém com conhecimento de causa que pudesse contrapôr à versão do responsável da CMB.
O Conselho de Opinião vai, assim, montar o circo onde brilharão os actores que conhecem de cor o seu papel e que o debitarão sem pestanejar.
Mau serviço, senhores conselheiros!
13 de Novembro de 2007 às 10:48
E pensava eu que o teu blog estava de novo “out of order”, é que, ainda não me habituei ao meu novo sistema operativo “dito” profissional do meu PC em que tenho de clicar em “actualizar” quando visito o teu blog para ver as tuas postagens mais recentes….
Mas vamos ao caso deste texto. Como bem sabes, este tema da cultura em Beja me é bastante caro, porque também contribuo para essa cultura, embora numa escala bastante reduzida. Não tive paciência para ouvir todo o programa pela net, é que, tenho mais que fazer. Mas deste das primeiras palavras me pareceu que estavam a falar de um assunto que não entenderam lá muito bem, pelo menos no que toca à totalidade da cultura que se faz em Beja. Criticou-se, tanto quanto entendi, que o dinheiro previsto para essa cultura está mal distribuído, há quem devia de receber mais, outros nem por isso. No que toca ao meu coro, os subsídios das várias entidades que nos apoiam nem sempre chegam a tempos e horas, acontece mesmo que nem sequer chegam!
Agora, essa do dinheiro não é de agora, sempre houve falta de verbas para a cultura, e certamente sempre haverá! Porquê? Porque se há falta de verbas para quase tudo na nossa sociedade, e estando a cultura no fim da lista, só haverá dinheiro vivo apenas após alguma insistência!
Não sei porquê é que muita gente está contra a presença do Dr. Murteira nesse assim chamado conselho de opinião! Então, ele não tem direito de resposta? Ele não tem direito de esclarecer alguns aspectos que foram referidos nesse programa na semana passada? Ninguém melhor do que ele para falar sobre essa cultura em Beja, ninguém melhor do que ele para falar da política camarária bejense nessa área!
Resumindo e concluindo: sem ovos não há omeletas….
13 de Novembro de 2007 às 11:09
Zig, desculpa lá mas o DR. Murteira tem o direito de falar da “política camarária bejense na área da cultura”? eu li bem?
achas mesmo que compete ao Dr. Murteira falar da política camarária.
Tenho-lhe muito respeito e ele sabe disso, mas não deve ser ele a tomar essa posição.
Zig, não confundas porque de certeza que um dos ovos sai estragado nessa omeleta que falas.
13 de Novembro de 2007 às 12:22
Já que o Zig contribui, na escala que ele próprio atribui, para a cultura em Beja, o que eu não duvido, não teria sido má ideia ter arranjado alguma paciência para ouvir o programa até ao fim. Pois se é verdade que se criticou a distribuição do orçamento da CMB para a cultura por entre quem julgamos (é a nossa opinião) merecer ou não tal apoio, o que não é uma questão menor, especialmente quando o dinheiro é pouco…, outras questões houve, e foram muitas, que suscitaram comentário e debate, entre elas: os prazos de elaboração do regulamento do Conselho Municipal de Cultura e da Carta Cultural do Conselho e a importância e função destes documentos, o estado da Casa da Cultura, a inexistência de uma rede de museus, o ponto de situação do museu da história oral, o tipo de divulgação institucional que se faz para a área da cultura, a programação do Pax Julia e as alterações que deviam acontecer naquele espaço, o estado do cinema em beja e as opções que se fazem nessa área, etc.
Eu não tenho nada contra a presença do sr. Murteira no Conselho de opinião, penso até que o município está a precisar de uma boa dose de “propaganda” política para ver se “maquilha” a área da cultura, pois já se viu que com “beijas” não vão lá. Acho é que não tem sido essa a prática e a fórmula do programa. Programa que eu defendo e considero ser muito importante e fundamental para a discussão livre e desassombrada, o que escasseia nesta cidade. Mas admitamos o seguinte caso: O Conselho de opinião convida um sindicalista para falar sobre a política laboral do governo. O sindicalista em causa emite a sua opinião e tece duras críticas em relação à política do governo. O conselho de opinião deve convidar um representante do governo no programa a seguir? Muito bem. Mas se o faz e se este representante do governo emitir juízos contrários ao do sindicalista ou que o desmitam, o sindicalista vai querer o direito à réplica ou á tréplica… and so on.
Se o propósito do programa é assegurar o contraditório, então que promovam “frente-a-frentes”. Veriamos se o sr. Murteira estaria disponível para tal…
13 de Novembro de 2007 às 12:45
Mad:
Eu sei que não é só a ele que competia falar da política cultural camerária bejense, mas ele está dentro do assunto como ninguém, por isso, ninguém melhor do que ele para pegar no tema.
Acerca dos ovos, não sei. Agora, qualquer ovo é bem-vindo, por mais pequeno que seja 🙂
AMRevez:
Está prometido, assim que arranjar tempo irei ouvir o programa até ao fim. É que, entre trabalhos para o Cantinho dos Animais, entre ensaios quase diários nos 2 coros em que canto (pelo menos até este fim-de-semana em que haverá um concerto da Oratória no Parque de Feiras e Exposições), pouco tempo tive para me debruçar devidamente sobre este tema.
Voltando ao programa. Acho que o Dr. Murteira não terá nenhum receio em ir a um programa desses. Para já, não irá sozinho, penso eu, já que do “outro lado” também há mais do que só uma pessoa. Por acaso seria uma boa ideia fazer um programa desses, já que esse tipo de programas se limitam apenas aos tempos eleitorais, e aí, sejamos francos, pouca gente tem a paciência de as aturar. Por outro lado, um programa desses tinha que ser muito bem moderado, não só por uma pessoa, mas no mínimo por duas ou três. É que, e vendo o exemplo do Prós e Contras da RTP, nem sempre uma só pessoa consegue acompanhar o programa devidamente. Mas isso, claro, é apenas a minha opinião.
13 de Novembro de 2007 às 12:46
Ao que parece, pelo que te disse em frente a toda a gente na Cafetaria do Pax Júlia, só prova que sim, que estaria…O homem tem-nos no sítio e pretos, pá: E além disso é Doutor. Ou só tu é que tens direito ao titulo??
13 de Novembro de 2007 às 13:07
Não sei o quê é que se passa, se é deste site ou do meu PC, não consigo meter aqui um texto que preparei no Word….
13 de Novembro de 2007 às 13:09
…no Word 2007, essa aberração da Microsoft!!!
13 de Novembro de 2007 às 13:11
@Caro culto
Prezo em sabê-lo lá também metido no “toda a gente”, e como ao pé de mim e do que ele disse só estavam amigos meus… bem… tenho de rever bem que raio de amigos é que tenho… Quanto ao “tê-los no sítio”, bem… aí discordamos… diria que teve o descaramento de abordar naquela ocasião quando teve muitas outras no passado para fazê-lo, e quando se justificava, nomeadamente quando resolveu “censurar” por “inadequação” um texto meu. Nessa altura teria todo o gosto em “vê-los no sítio”, caso os tivesse… e se são “pretos” ou não… bem, o caro “culto” lá saberá essas coisas… Não leve a mal, mas eu não quero saber.
13 de Novembro de 2007 às 13:13
ah, e pelo que sei, o senhor Murteira é licenciado em história. Se é Doutor, portanto, se fez o doutoramento, dou-lhe os meus parabéns, pois não é fácil fazer o doutoramento e acumular a Direcção do Departamento Socio-Cultural da Câmara, mais a Direcção do Pax Julia, mais a programação do Pax Julia. É obra!
13 de Novembro de 2007 às 14:12
De qualquer modo, importa acrescentar, para que não restem dúvidas, que o Conselho de Opinião é soberano para definir os moldes do programa, e se alguém no programa deixou em repto que seria interessante ter numa próxima oportunidade um representante da política cultural da CMB, acho que esse facto deve ser referido e salientado, para que não se faça a leitura, igualmente legítima, que a decisão de convidar um representante da CMB constitui um “atenção” feita ao poder institucional. Mas continuo a considerar que o confronto entre a perspectiva institucional e a perspectiva crítica era o mais interessante. Esperemos que os “painelistas” do programa mantenham a mesma postura de sempre, independente e “inegociável”.
13 de Novembro de 2007 às 14:17
No meu tempo, os Doutorados eram designados de Professor Doutor. O simples Doutor reservava-se para os Licenciados, pelo menos era assim que eu os apelidava nas minhas aulas.
13 de Novembro de 2007 às 14:45
@Professor Doutor
Vamos lá a ver: o licenciado tem a abreviatura lic. e a abreviatura social/reverencial (muito nossa, muito provinciana) de dr.
O doutorado é Doutor (por extenso).
E o docente universitário com doutoramento é Professor Doutor.
13 de Novembro de 2007 às 14:45
Raramente me intrometo no fórum em que se constituem as caixas de comentários aqui na Praça.
Porém não resisto em dizer o seguinte:
o programa Conselho de Opinião de hoje tem dois caminhos a seguir:
– ou deixa que Filipe Murteira se transforme na desaparecida Agenda Cultural, onde teremos ocasião de ouvir loas à política cultural da CMB
– ou confronta o mesmo técnico com a realidade cultural da cidade/concelho, a começar pela enormidade de subsídios atribuídos a associações vincadamente ligadas ao PCP (Cabeça Gorda, Salvada, etc…), à inexistência de uma programação abrangente e sólida no Pax Julia, à incapacidade de transformar a Casa da Cultura num verdadeiro espaço cultural, à repetida (até à exaustão) exposição de artistas avençados, à inexplicável falta de apoio a novos escritores, a inexistência de um prémio literário, à constante incapacidade de aderir às novas tecnologias, para já não falar na perda de centralidade a que a cidade deveria estar obrigada como capital de Distrito, etc….
A escolha é dos conselheiros.
Mas que este programa tem aromas de cedência, lá isso tem….
13 de Novembro de 2007 às 15:11
Definitivamente, não dá para publicar aqui comentários escritos com o Word 2007!
13 de Novembro de 2007 às 15:17
@zig – esse problema não tem a ver com o blog, mas sim com alguma configuração manhosa do teu computador.
13 de Novembro de 2007 às 15:50
João:
Muito provavelmente! Se um dia avistares um PC na órbita, certamente será o meu!!!
13 de Novembro de 2007 às 16:02
@zig:
selecionar o texto no world, fazer copy (ctrl + c) selecionar a caixa de comentarios do blog, fazer paste (ctrl v) nao pode falhar 🙂 e ja agora, nao me parece ser um problema do word nem do blog, cheira-me a PBCK problem 😉
13 de Novembro de 2007 às 16:31
Ena.. que a coisa vai bonita! Vamos lá tentar não esquecer dos factos… de quando em quando são importantes!!!
Começo por dizer que sou amigo do Joao Espinho e do AMRevez. Mas o que não me impede de concordar e discordar; no caso, concordo com um em quase tudo, discordo do outro quase em absoluto!
No que concerne ao “Conselho de Opinião” imperativos éticos obrigam-me a dar a cara pelo programa! Sendo certo que o mesmo é da responsabilidade da Radio Pax, assumo cada um dos actos realizados no programa. Ainda mais no caso!
Fui responsável pelo convite ao AMRevez e em directo fiz o repto para a presença do Dr Filipe Murteira.
Onde o meu amigo João Espinho vê cedências ao poder, eu vejo os princípios que norteiam a minha vida: frontalidade! Assumir a crítica, perante o criticado, permitindo que o mesmo ofereça a sua versão! É minha convicção que o Pax-Júlia é a principal “arena” cultural da cidade e tem lapsos que podem e devem ser corrigidos!
Por isso, onde se fala em arrear as calças, falamos das minhas e do meu cuzinho! E é por isso que te respondo!
Não é uma questão de homofobia, nem que goste de dar uma de macho latino, mas a ideia de dar o cuzinho, não me agrada especialmente! Nunca o fiz para poderes, partidos, nem para amigos, nem a outros interesses que não seja a minha consciência! No que depender de mim, que por razões agora óbvias vou coordenar o programa de hoje, o convidado vai desfilar livremente os seus argumentos e ser confrontado com opiniões dos restantes membros do programa. Hoje, como sempre no último ano e meio!
Não deixa de ser estranho que o Conselho de Opinião tenha o impacto que tem: acredita, ninguém mais que nós se sente surpreendido. Mas tem um estilo, que mtos criticam, poucos gostam e alguns ouvem! E vai manter-se! Sem interferência de ninguem, nem de pessoas que estimo, como é o teu caso!
É publico e conhecido que em mtos aspectos critico o executivo camarário! Sobre a cultura, reitero o que antes disse:
– discordo das opções sobre o Pax-Julia;
– sub-aproveitamento do “Parque Ovibeja”;
– politica de subsidios;
– carta cultural da cidade;
– para que serve hoje a casa da cultura!
E, no que me diz respeito, o convidado será confrontado com estas questões!! E outras…
13 de Novembro de 2007 às 16:56
@caro h – vamos então a isto. Damos todos as mãos, fazemos uma rodinha, cantamos uma modinha infantil e à ordem de alguém do exterior nós paramos como estacas. Se alguém mexer um pé que seja, vai para o canto da sala repetir a tabuada. Ficamos então todos ingenuamente contentes, com ar infantil e não precisamos de arrear as calças nem mostrar as nalguinhas seja a quem for.
E se há coisa que eu detesto fazer é figura de ingénuo.
Falando de coisas terrenas: nunca foi minha intenção condicionar seja o que for; jamais pus em causa a tua frontalidade. O que não me impede de considerar a ida de Filipe Murteira ao C. de O. uma cedência, que não sendo pecaminosa, assume contornos pouco claros. É Filipe Murteira o responsável pela política cultural da Câmara Municipal de Beja? Da resposta a esta questão podemos fazer as interpretações que a cada um de nós mais jeito der.
Boa sorte no programa e que a cultura bejense fique a ganhar (o que, pedindo-te desculpa, muito duvido).
13 de Novembro de 2007 às 17:07
(o comentário do zig estava na caixa de spam. não me perguntem porquê)
13 de Novembro de 2007 às 17:28
Parece que já funciona!
Respostas aos 1ºs comentários:
Mad:
Eu sei que não é só a ele que competia falar da política cultural camarária bejense, mas ele está dentro do assunto como ninguém, por isso, ninguém melhor do que ele para pegar no tema.
Acerca dos ovos, não sei. Agora, qualquer ovo é bem-vindo, por mais pequeno que seja 🙂
AMRevez:
Está prometido, assim que arranjar tempo irei ouvir o programa até ao fim. É que, entre trabalhos para o Cantinho dos Animais, entre ensaios quase diários nos 2 coros em que canto (pelo menos até este fim-de-semana em que haverá um concerto da Oratória no Parque de Feiras e Exposições), pouco tempo tive para me debruçar devidamente sobre este tema.
Voltando ao programa. Acho que o Dr. Murteira não terá nenhum receio em ir a um programa desses. Para já, não irá sozinho, penso eu, já que do “outro lado” também há mais do que só uma pessoa. Por acaso seria uma boa ideia fazer um programa desses, já que esse tipo de programas se limitam apenas aos tempos eleitorais, e aí, sejamos francos, pouca gente tem a paciência de as aturar. Por outro lado, um programa desses tinha que ser muito bem moderado, não só por uma pessoa, mas no mínimo por duas ou três. É que, e vendo o exemplo do Prós e Contras da RTP, nem sempre uma só pessoa consegue acompanhar o programa devidamente. Mas isso, claro, é apenas a minha opinião.
13 de Novembro de 2007 às 17:31
@João – Não vou entrar em polémicas; sabes bem que não gosto! Apenas esclarecer: bem ou mal, o convite não foi da RP, nem do Conselho de Opinião, mas meu e foi feito em directo durante o próprio programa! Respeito que penses o contrário, mas não o fiz como uma cedência: apenas, para fazer algumas perguntas, sobre alguns aspectos que desde sempre critiquei no Pax-Julia! E foi isso que quis dizer na resposta: se o titulo do post fosse H*** despe as cuequitas à CMB, provavelmente nem responderia ou limitava-se a dizer que discordo (como fiz no Zig!).
Abraço e votos que possas ouvir e amanha comentar sobre o programa: reiterando as criticas ou com um mea culpa…
13 de Novembro de 2007 às 17:31
bejense:
Foi assim que o fiz! Alterei agora algumas coisitas nas configurações do Internet Explorer, mas nada feito também! Futuramente terei que escrever directamente para aqui, sem passar pelo word, copiando o texto aqui escrito na mesma, apenas para verificação ortográfica, já que faço questão de uma boa escrita!
João:
Deixa estar, fica para a próxima.
13 de Novembro de 2007 às 18:18
meu caro H – quando assumimos ser protagonistas num programa de rádio, não podemos fugir às polémicas. Até porque delas se podem extrair algumas conclusões. Aceito que o convite não tenha a intensão de “oferecer” tempo de antena. Mas compreenderás os meus receios em que o programa se transforme em tempo de antena gratuito. E sim, vou acreditar sinceramente que depois do programa da semana passada a malta da CMB ficou calada e quieta (à excepção da cena no Pax Julia) e nem uma pressãozita fez.
Vou ouvir o programa e, se achar que valha a pena, direi mais qualquer coisa.
13 de Novembro de 2007 às 18:19
@zig – o comentário está lá em cima (12H45)
13 de Novembro de 2007 às 19:07
@zig:
copy -> paste (no bloco de notas / notepad)
de seguida já deve funcionar, outra forma é ao gravar o documento fazer “save as” e escolher uma versão anterior do word.
14 de Novembro de 2007 às 0:04
João:
Obrigado, já vi.
Pedro Moreira:
Exacto, terá que ser assim! É que, durante o tempo em que não tive net, levei os textos escritos no meu PC numa pen para um outro computador e tinha que ser em notepad.
Obrigado.
19 de Novembro de 2007 às 14:09
Aos intelectuais de pacotilha:
Só quem não conhece o José Filipe Murteira poderá colocar em causa a sua verticalidade e competência e poderá, inclusivé, aventar a hipótese de que ele faz recados a alguém. Também fico siderado quando se discute se ele é Dr., ou não é Dr., como se ele ligasse alguma coisa a isso e se, uma vez saídos deste rectângulo, alguém ligasse ao Dr. ou ao Engº. Na Europa desenvolvida as pessoas são tratadas pelos nomes, pelo que os tristes de espírito que tanto valorizam essas abreviaturas deverão ficar muito desolados quando passam a ser tratados pelo nome. Em Santa Vitória, o Filipe Murteira sempre foi tratado por José Filipe, mas se têm dúvidas sobre as competências pelas questões culturais eu indico-lhes em que momento ele começou a tirar o doutoramento: com pouco mais de 15 anos mobilizou um punhado de jovens de Santa Vitória e ergueu o Centro de Cultura Recreio e Desporto de Santa Vitória. Depois seguiu-se um conjunto de actividades sempre ligadas à cultura e, mais importante, ao apoio aos jovens que em meios rurais poucas possibilidades tinham de aceder a certos bens, desde a organização de colónias de férias, a explicações à borla, à organização de sessões semanais de cinema, etc. Este foi o grande tirocínio do José Filipe. Não se trata de um páraquedista. Portanto, a quem tem dúvidas lanço um desafio: perguntem a qualquer pessoa de Santa Vitória, independentemente da côr política, a opinião que tem do Filipe Murteira e ao ouvirem a resposta certamente vão ficar esclarecidos. Oxalá, o Concelho de Beja tivesse muitos José Filipes Murteiras.
Ps: Zé Filipe, desculpa este comentário, eu sei que não precisas de advogado de defesa, mas há certos momentos em que uma pessoa não consegue calar a revolta quando lê determinadas coisas.
19 de Novembro de 2007 às 14:21
@joão rosa – é louvável que se teçam os melhores elogios sobre pessoas amigas. Seguramente que o Filipe Murteira não precisa de advogados de defesa. Mas, pergunto eu, o que é que o seu comentário tem a ver com o artigo que escrevi?
Nada, não é?
Por isso, aconselho que, tal como numa conversa de café, se dirija a quem lhe suscitou a epístola.
A não ser que….
19 de Novembro de 2007 às 21:02
Amigo João :
obrigado pelas palavras sinceras e verdadeiras e pela amizade de muitos anos. Para tristeza de muitos pobres de espírito, deixa-me dizer-lhes que, além de companheiro dessas andaças culturais/desportivas/sociais, és um destacado quadro da nossa maior instituição financeira, culminar de uma tão dura como merecida carreira académica e profissional. E que, tal como eu, deixas de lado o Dr, para seres apenas o João, nessa aldeia que nos viu nascer e que te admira e respeita. Oxalá o Concelho de Beja tivesse muitos João Rosa.
Um abraço fraterno
Nota do editor – calculo que este não seja o mesmo José Filipe Murteira que me mandou à merda. É que ir à casa de quem se mandou à merda, cheira muito mal ó Zé Filipe. (para quem não comentava em blogs, obrigado pela deferência)