Nov 06 2007
Racistas
Deverá ser esta a acusação de que serão alvo os queixosos da Escola de Santa Maria/Beja, que ontem foi visitada por um grupo de cidadãos de etnia cigana, conforme se pode ler nesta notícia.
Refira-se que a própria notícia é tendenciosa ao afirmar que “7 homens e 3 mulheres de etnia cigana (…) invadiram literalmente a escola. Dirigiram-se ao refeitório onde partiram diverso equipamento, o que causou prejuízos materiais, mas também morais”.
Invadiram literalmente a Escola? Partiram diverso equipamento?
Sinceramente, senhores jornalistas….
6 de Novembro de 2007 às 12:42
Aposto 30 contra 1 como os ciganos nao vao presos, nao pagam o estrago e como o funcionario ainda se vai lixar….
6 de Novembro de 2007 às 12:42
Eu não acredito! É tudo ficção. A etnia cigana é respeitadora e civilizada. encontra-se integrada e segue os preceitos da sociedade em que se insere. Este tipo de incidentes são casos isolados que não representam a forma de estar e de agir desta comunidade nem em Beja, nem no resto do país……
ficção
do Lat. fictione
s. f.,
acto ou efeito de fingir;
criação da imaginação;
invenção fabulosa;
coisa imaginária;
fantasia;
dissimulação;
artifício.
in priberam – http://www.priberam.pt/
6 de Novembro de 2007 às 14:10
Caro João Espinho, como autor da notícia cabe-me a mim defender-me, bem como ao órgão de comunicação social que represento.
Pergunto eu: Em que parte afinal é que a notícia é tendenciosa? É tendenciosa por referir aquilo que de facto nos foi transmitido pela presidente da escola e pelo próprio funcionário? Não esqueça que foram ouvidos os funcionários e a presidente. Os próprios falam em invasão e clima de terror!
Se um estranho lhe entrar casa a dentro isso não é invasão? Se o joão não autorizar a entrada, se não é invasão ou violação de propriedade privada, então o que é?
Já agora, informo que para entrar na escola fui identificado e tive que facultar o meu número de BI e assinar um documento, que por sua vez teve que ser assinado pela presidente. Os ciganos, não assinaram nada, não se identificaram nem foram autorizados a entrar. Entraram à força! Se não é invasão o que é? repare-se que não é por serem cignos, seria invasão na mesma, fosse feita por quem fosse.
E não percebo em que parte é que me quer acusar de tendencioso! Se são 7 homens e 3 mulheres de etnia cigana, quer que altere o número? São os números exactos, bem como o sexo dos respectivos individuos! 7 homens e 3 mulheres de etnia cigana! Criticar é fácil…
Já agora, se mesas, cadeiras, tabuleiros, pratos e copos não são equipamento, são o quê? São equimpamentos de cozinha, se quiser chame-lhes objectos, materiais, etc….
abraços
Nelson Medeiros
Jornalista Rádio Pax
6 de Novembro de 2007 às 14:20
Caro João, depois de ler e reler o seu post, talvez conclua em que sentido quis dizer aquilo que escreveu… mas para quem posso interpretar de outra forma, ficou em todo o caso o esclarecimento… Eu próprio à primeira não percebi o sentido da afirmação… 🙂
Abraços
Nelson Medeiros
6 de Novembro de 2007 às 14:26
Ó Nelson Medeiros, mas se calhar essa é a visão racista do acontecimento.
A notícia deveria ser dada assim: “O executivo da Escola XYZ, numa atitude racista, impediu que contribuintes de etnia cigana visitassem aquele estabelecimento de ensino, onde desejavam testar a solidez do mobiliário assim como as condições de limpeza da respectiva cozinha. Estes cidadãos haviam sido alertados por um dos alunos, também ele de etnia cigana, que momentos antes havia sido agredido por uma colega que, certamente, é desconhecedora das regras da boa educação e, obviamente, da convivência multicultural tão cara à cidade de Beja”.
É que, da forma como se relatam os acontecimentos, ainda o vão apelidar de …. racista!
6 de Novembro de 2007 às 14:28
Gargalhada geral aqui na redacção.
6 de Novembro de 2007 às 14:30
Assomem-se lá à janela, não vá ser o caso de…..
6 de Novembro de 2007 às 14:52
Bem, meu caro amigo João, racistas todos somos (todos temos raça) hehe! Agora a sério, casos como este merecem de todo ser denunciados o quanto antes e que as autoridades competentes tomem as devidas medidas a fim de evitar situações como esta. É muito complicado lidar com estes casos e são sempre temas delicados de tratar. Mas quem tem o poder, que actue. Nós, imprensa, fazemos o nosso papel o melhor que podemos. teria sido igualmente notícia se tivesse acontecido com um negro, um chinês, um alentejano, ou qualquer outra pessoa. Casos destes são inadmissíveis num estado de direito. Mas como diria o salgueiro maia “é preciso acabar com o estado a que chegámos…”
6 de Novembro de 2007 às 14:55
“…talvez conclua…”
Ehehehehheheheheh
Já agora, uma dica para o perspicaz jornalista:
Venha dar uma volta a Aljustrel. Por cá, há dias, pessoas da mesma etnia trocaram tiros a poucos metros de um recinto desportivo onde se encontravam algumas dezenas de crianças a treinar. Felizmente não houve vítimas. Refira-se que o local onde se efectuou o tiroteio é um campo de treino anexo ao Estádio Municipal. Espaço esse que se encontra “gentilmente cedido” há vários anos pela Câmara Municipal a quem dele resolva fazer o seu lar de passagem – tipo parque de campismo, mas sem diária. Enquanto tudo isto se passa, as autoridades locais – Câmara, GNR, Bombeiros, etc. – assobiam para o lado e nem capacidade demonstram para reunir o Conselho Municipal de Segurança. Inércia pura!
Aproveito para dizer que não concordo minimamente que o enfoque seja colocado sobre a questão étnica. Ao fazê-lo, assume-se que em sociedade devem existir regras diferentes para etnias diferentes. Na realidade o que acontece é que existem grupos de pessoas que não respeitam as regras estabelecidas, e é dessa perspectiva, e só dessa, que o assunto deve ser abordado. A etnia dos agressores é indiferente visto que em todas as sociedades existem prevaricadores e nem todos são ciganos.
6 de Novembro de 2007 às 16:21
É VERGONHOSO
É vergonhoso mesmo o que se passa no nosso país, em relação à etnia cigana!
Eu para comer, tenho que trabalhar. Eles recebem o Rendimento Mínimo. Que de mínimo não tem nada. E vivem descansados, fazem uns negócios (escuros e claros) e vão recebendo dinheiro sem nada fazerem.
E para recebem esses subsídios, tem que ter filhos a frequentar uma escola, e é por isso que eles lá andam. Não é porque queiram que os filhos aprendam …
E depois esses mesmos alunos que andam na escola, vão tratar mal os nossos filhos (que sei de muitos casos que se tem passado na Escola de Santa Maria). Além de não terem aproveitamento, criam um clima de terror às outras crianças. Casos de alunos que não querem ir à escola com medo deles. Que no intervalo não vão à casa de banho, e muitas vezes até se urinam nas calças, só para não correrem riscos. E andamos nós a pagar para os ciganos baterem nos nossos filhos.
Na nossa sociedade temos direitos e obrigações, mas para eles só existem direitos!!!!
6 de Novembro de 2007 às 16:33
Será que não há ninguém capaz de fazer frente a esta gente? São uns parasitas, pois nós trabalhamos para eles terem o rendimento minímo e sabe-se lá mais o quê. Porque será que estas coisas acontecem? Porque os nossos governantes para não serem apelidados de racistas, vão-lhe dando, dando, dando…..
Esta gente só tem direitos. Quem me dera ser cigana.
6 de Novembro de 2007 às 17:23
Só que o problemaé que os ciganos não vão acabar. Uma família normal tem 1 ou 2 filhos e um casal cigano tem meia dúzia. Daqui a uns anos largos vamos ver a que contas chegamos.
Depois e porque são tantos, todos a votar, são capaz de ter alguma influência não será?
6 de Novembro de 2007 às 19:30
Existe um problema. Um problema social muito grave no País. Um problema de ajuste de regras de socialização, e ao que parece, todos nós compreendemos e respeitamos, menos esses caríssimos concidadãos que muito prezamos, pois não somos xenófobos, nem desprezamos qualquer tipo de pessoa de que etnia for. O problema aqui reside é na impunidade que a etnia desses caríssimos sentem ao “invadirem” uma escola (quais bárbaros de séculos passados) como se fossem autoridades de juízo e valores, ao danificarem material escolar, que custou muito aos contribuintes, e que de um momento para o outro foi destruido por um miúdo dessa mesma respeitável etnia que por acaso, era cigana. Entram sem se explicarem, o motivo e a causa, partem, destróiem e insultam e o miúdo ri-se. Ri-se, porque também sente essa sensação de poder que detém e por isso mesmo telefona para os progenitores e mente (com todos os dentes que tem na boca) que foi “agredido”. Mente porque foi desde cedo que sempre se habituou a ouvir dos progenitores, que a mentira era a maior das verdades, e que a mentira prevalece em detrimento da verdade e justiça. Mente, por sentir o poder que tem na escola, no bairro, e na própria comunidade local. Sente isso e isso é maior, do que se sentir igual aos outros meninos e meninas, que brincam e não chamam os pais à escola para virem bater, nos funcionários, nos professores, ou em outros colegas de turmas, como muitas vezes ouvimos nas televisões, rádios e jornais pelo País fora. As regras não existem na comunidade cigana. As regras, são as deles e as nossas…bem as nossas não existem. Existem para eles, por mero acaso, estão lá por estarem, mas como não somos ciganos, desculpem, como não somos da Mesma etnia, então não merecemos respeito reciprocúo. As regras, como todas as regras, existem excepções. É verdade! Existem excepções, e nas excepções eles até acham que até se enquadram na nossa sociedade, quando é hora de receberem o subsídio, da Segurança Social, com os seus rebentos, ranhosos e imundos, malcriados e aquele cheirinho singular, só dado por essa etnia a quem devemos respeito e igualdade de direitos. Numa altura que falamos em direitos e igualdades, quando é que vamos ter a nossa igualdade e os nossos direitos? Bem…se isto continua como continua o nosso País, sempre pudemos deixar de trabalhar e juntarmo-nos à etnia cigana e esperar uma vida melhor, com subsidios mensais, sem burocracias, e principalmente sem o fisco atrás de nós!
Um abraço.
6 de Novembro de 2007 às 21:50
realmente,como todos, nôs não sou racista,mas quero ter uma sociedade justa, e vejo que não é possível,quando um determinado grupo da nossa sociedade,só quer ter direitos e não deveres, o que é bem injusto. quero mandar um abraço para o meu amigo Nelson Medeiros, que acho uma pessoa isenta e muito profissional.bem hajam Bejenses.
6 de Novembro de 2007 às 21:52
Há sinais de melhoria na convivência entre os ciganos e as comunidades, no norte e centro de Portugal. Já há ciganos integrados. Que têm lojas fixas e pagam os seu impostos. Que têm os filhos a estudar.
Porém, nós no Alentejo ainda temos uma grande comunidade, quase nómada, ou melhor, cujos pais ou avós eram nómadas. São estes que ao baptizarem pedem a Deus que o filho ou neto “tenha mão leve e pé ligeiro”. Talvez seja ainda muito cedo para aferir se o processo de escolarização vai fazer efeito. Acredito que pelo menos uma minoria aproveite, e que essa minoria tenha filhos e progrida.
Vou contar três situações que mostram como aos poucos a situação está a mudar. Estava no hospital em obstetricia e ouvi uma rapariga cigana, com pouco mais de 20 anos, a perguntar a uma outra com mais de 40 – o que estás aqui a fazer? a outra responde – uma eco(grafia). A cigana mais nova pergunta-lhe quantos filhos tem- ela responde que 8. A cigana nova ri-se dizendo que ela não vai ter mais que 2, porque não quer mais miséria. A outra fica envergonhada e sai. O pai da mais nova argumenta e ela diz-lhe que nem pense em ter mais que 2 netos e que até já avisou o marido disso!
Outro episódio, passa-se nas aulas da minha mulher, onde há várias miúdas ciganas, que exigem aos pais continuar a estudar depois da 4ª classe, e que choram quando não o conseguem. Aliás, duas até são as melhores alunas da turma.
Na cidade onde vivo há duas comunidades de ciganos. Os integrados na cidade. Alguns dos quais violentos e que vivem do bem alheio. E outra que vive só do bem alheio. Não se dão uma com a outra, porque os primeiros dizem que os outros são uns bichos e nem conversas querem.
Quanto ao episódio da escola, eu conheço bem esse tipo de ciganos violentos. Em miúdo també sofri de assaltos por parte deles. Também discordo do Rendimento Lelo Garantido. Também discordo da impunidade e do medo das autoridades locais (policiais inclusivé). Uma sociedade que fecha os olhos ao crime, nunca vai integrar os ciganos.
Mas acredito que daqui a duas gerações, a comunidade vai estar mais integrada.
6 de Novembro de 2007 às 22:52
Muita coisa se tem dito acerca dos ciganos. Mas ainda não abordaram o assunto das casas em que eles vivem. Recebem casas camarárias, quase de borla e ainda reclamam que pagam muito. O que seria deles se tivessem que pagar uma casa como os outros cidadãos, que têm que trabalhar para a pagar, e sabe Deus o esforço que temos que fazer ao fim do mês. E eles recebem o dinheiro de “mão beijada” sem que para isso fizessem descontos.
Mas nós temos alguma culpa, ao consentirmos que essas pessoas sejam previligiadas. Quem cala consente. E a CM Beja (talvez presidências antigas) também tenham algumas culpas com aquilo que tem ajudado os ciganos.
E já agora!!! Será que só temos uma Rádio em Beja que divulgue esse notícia.
A RVP está muito calada em relação ao sucedido. O incidente na Escola aconteceu na 2.ª á hora do almoço, ou será que não convém divulgar.
A ver vamos se o Diário do Alentejo desta semana também não soube de nada.
Quem manda mais uma pedrada no charco!!
6 de Novembro de 2007 às 23:50
Todos nós detestamos ciganos. É bonito, cai bem e até é, digamos in, afirmar o contrário mas, no fundo, no fundo, todos temos a mesma opinião só que uns dizem-no com todas as suas letras outros, por cobardia são mas não o admitem. Detesto-os. Tenho medo deles. Não conheço um único cigano que tenha feito o minimo esforço para se integrar na sociedade…É a pior raça que existe á face da terra.
6 de Novembro de 2007 às 23:54
Neste país é dito tudo de maneira a vender mais noticias…
Um abraço
7 de Novembro de 2007 às 0:37
Fala-se em ciganagem e toca tudo a opinar.
Se acaso acontece alguma situação na rua ou num estabelecimento público com ciganos ninguém mete o bedelho “não quero arranjar problemas”.
Oh salazar levanta-te da campa e vem ver isto!
Deve ser a única coisa k eu gostava desse tempo, aí os ciganos andavam na linha!
7 de Novembro de 2007 às 1:20
Conheço os ciganos de todas as maneiras.
Tenho alguns (poucos) clientes ciganos.
Mantém a sua cultura mas são sérios e cumpridores, coisa que muitos não-ciganos não são!
Corri, – sim corri, porque não lhes mostro medo – com outros da loja para fora e nem os quero ver ao pé.
Não por serem ciganos, mas por serem vândalos, mal educados, ladrões e mentirosos. Tal como corri com outros que não eram ciganos mas que apresentavam esses mesmos traços de carácter e comportamentos.
Também foram “convidados” a procurar chatear para outro lado.
Não podemos ter medo dos ciganos! Nem de ninguém! Temos direito à segurança! Pagamos bem caro a segurança e temos mais que direito a ela. É uma exigência que pagamos todos os dias em impostos . Tal como o nome diz: impostos, não “voluntários”.
O medo faz-nos refugiar e criar nesses que perfilam comportamentos anti-sociais, uma sensação de poder e impunidade.
É do medo que se criam a segregação e os guetos.
Os guetos são o pior que se pode imaginar no que toca à integração e aceitação das regras de viver em sociedade.
É algo que tem precisamente resultado contrário.
Bairros tipo João Barbeiro, Rua da Lavoura e o novo condomínio – Eufemística e ingenuamente chamado de Apoio Nómada- são caldinhos de água gelada para curar uma pneumonia em pleno inverno…
O primeiro passo para integrar é simples: Dura lex sed lex.
Direitos e deveres em iguais proporções.
Direitos e deveres, que resultam da nossa legalidade democrática que tem como norma a não discriminação com base no sexo, cor, etnia ou orientação sexual!
E para impor a legalidade democrática existe o braço musculado da lei que deverá actuar com a mesma qualidade e zelo quando impõe essa legalidade aos prevaricadores e criminosos do “carro mal estacionado”, do esquecimento do cinto de segurança, documento ou da treta dum dístico qualquer no parabrisas.
Dito de outra forma.
Os ciganos são o que são porque a culpa é nossa.
Temos uma culpa colectiva quando um bando de ciganos entra num café e todos os clientes saem deixando o desgraçado do dono do estabelecimento sozinho entregue aos bichos.
Temos culpa quando esses ciganos entram numa escola, partem coisas, agridem pessoas e dezenas largas de funcionários presentes não sabem fazer valer a sua superioridade numérica e a sua autoridade.
Temos culpa porque se os ciganos são maus é porque somos cobardes, porque temos policias cobardes e autoridades cobardes, incluindo obviamente o primeiro grau de poder mais próximo do cidadão que são as autarquias locais.
E tanta cobardia junta não integra ninguém mas faz com que passemos a ser escravos do medo.
Até do medo de convidar um cigano “integrado” se quer entrar e vir tomar um café connosco..~.
7 de Novembro de 2007 às 11:20
Muito bem, Charlie!
7 de Novembro de 2007 às 12:14
cigano | s. m. | adj.
1ª pess. sing. pres. ind. de ciganar
cigano
s. m.,
indivíduo pertencente a uma raça nómada, a raça cigana, provavelmente originária da Índia e emigrada para a Europa Central, que possui um código ético próprio e que se dedica ao comércio, ao artesanato, a ler a sina, etc. ;
fig.,
vendedor ambulante;
homem astuto, velhaco, trapaceiro, burlador;
adj.,
ladino, esperto, ardiloso.
7 de Novembro de 2007 às 12:43
só mais 1 coisa,
Continuem a ir comprar aos ciganos ao seu famoso mercado na Ovibeja,
Todos dizem mal, mas gostam de ir lá comprar tudo e mais alguma coisa, seja falsificado, roubado, nem importa, certo?
É que cada sabado que lá se passa, aquilo está atolado de carros, tÊm de ser de alguem.
Porventura são os mesmos da rua lavoura, que há ano e meio diziam que matavam tudo, lembram-se?
1 Abraço
Luis
7 de Novembro de 2007 às 13:58
Pois é, por causa da ousadia que tive ao fazer essa “famosa” reportagem na Rua da lavoura para a extinta TV alentejo, tive a cabeça a prémio… ossos do ofício!
Abraços
NM
7 de Novembro de 2007 às 14:00
Já agora, amigo Jorge, agradeço-lhe as palavras que me endereçou. Não faço mais do que o meu trabalho, tento sempre actuar da melhor maneira, como posso e sei.
Abraço
NM
7 de Novembro de 2007 às 14:02
Só mais uma coisa, desta vez para o Sérgio Pontes: “Neste país é dito tudo de maneira a vender mais noticias…”
Quer explicar-se mehlor, se possível?
NM
7 de Novembro de 2007 às 16:50
@NM
Não fiques aborrecido moço.
Só as boas cabeças é que merecem prémio.
As outras, nem dadas as querem. 😉
7 de Novembro de 2007 às 16:57
charlie:
Idem, ibidem….
Também tenho apenas alguns clientes ciganos, que, à sua maneira, tentam sempre negociar o preço da reparação, está lhes no sangue, não há nada a fazer. Agora, se algum deles me bater à porta (que está fechada precisamente por causa de problemas com essa etnia) e não o conheço, mando o para o tal lugar que já sabes qual é….
luís:
Nem mais!
Muita gente faz lá compras e ao sair dessa “feira” ainda são capazes de falar mal deles. Depois admiram se!
7 de Novembro de 2007 às 18:21
Não quero desculpar o que é indesculpável, mas estou a ficar confuso e perplexo com esta argumentação…
Mas será que alguém acredita que ao acabar com as feiras tradicionais se acaba automaticamente com os crimes praticados por ciganos?
Não deveríamos estar a perguntar-nos, em alternativa, se não terá sido precisamente o definhar do seu meio tradicional de vida, por via da normalização abrupta imposta ao comércio, que levou os ciganos ( e não só) a procurar “outros meios de subsistência”?
Mas alguém acredita mesmo (como o Hitler e outros energúmenos) que os ciganos são “maus por natureza” e, por essa via, impossíveis de integrar em sociedade?
Para além do seu “ADN malévolo” não haverão outras explicações para o alastrar dos fenómenos de marginalidade e criminalidade dentro da comunidade cigana?
7 de Novembro de 2007 às 19:24
Post genial. Admiro o seu sentido de humor!
7 de Novembro de 2007 às 22:02
Eu cá não faço compras no mercado dos ciganos… quem quiser que faça.
8 de Novembro de 2007 às 10:51
@Diniz Gorjão
O que pensaria de mim se eu lhe dissesse que não vejo futebol porque os árbitros são todos corruptos?
8 de Novembro de 2007 às 11:07
@pontapé na lógica
Tanta coisa que se houve falar de errado no futebol, que muitas vezes tudo se assemelha a uma ciganice. Por isso compreendo que o futebol e a arbitragem estejam descredibilizados. Os árbitros não são todos corruptos, mas eu não os defendo a todos, só posso defender o Dinis que sou eu. E eu sei que não sou corrupto.
8 de Novembro de 2007 às 11:14
@Diniz Gorjão
Claro está! Dai a perigosidade das generalizações!
8 de Novembro de 2007 às 11:57
Alguns dos comentários que tenho lido, repito, deixam-me perplexo porque se baseiam meramente em preconceitos (nascidos de situações experienciadas na 1ª pessoa) e não na realidade fundada nos factos, o que, inevitavelmente, conduz a generalizações graves e perigosas.
Por muito que nos “amaine o medo e a consciência” pensar que o problema está nos ciganos (e só neles), a realidade dos números aponta noutro sentido e é avassaladora. Só não vê quem não quer.
Por exemplo, aqueles que embandeiram com a impunidade de que os ciganos gozam (que eles podem fazer o que lhes apetece sem serem punidos e tal) sabiam que:
“A situação prisional da minoria étnica cigana dos portugueses constitui um indicador que merece ser pensado. No final de Maio de 1998, encontravam-se detidos em prisões portuguesas, entre preventivos (34,7%) e condenados, 787 pessoas de etnia cigana, mais de dez vezes a taxa de população nacional (não cigana) encarcerada que, em 1997, era de 145 reclusos por 100 mil habitantes e a proporção de mulheres ciganas presas (11, 6 % de todas as presas) mais do que duplicava a média nacional de encarceramento de ciganos (os quais constituíam 5,5 % de todos os presos à data).
Em relação ao facto, também aqui mencionado, de que “se oferecem casa aos ciganos” e nós temos de as pagar e tal:
“De acordo com a pesquisa, mais de dois terços dos lares ciganos estudados (68,8 %) não dispunham de água canalizada, contra os menos de metade dos lares santomenses (46,4 %) em idêntica situação e os menos de um quarto de lares guineenses (22,0 %) e moçambicanos (23,2 %). Sem água. sem electricidade, encontravam-se 44,6 % dos lares ciganos, a grande distância dos lares santomenses (26,0 %) e numa situação de incomensurabilidade com os lares moçambicanos (5,9 %). Sem banho, encontravam-se mais de três quartos (75,9 %) dos lares ciganos, contra menos de metade (47,4 %) dos lares santomenses e menos de um quinto (18,1%) dos lares guineenses. Mas a incomensurabilidade ressaltava sobretudo no que respeitava à falta de retrete, em que os 60,7 % de carência registada nos lares ciganos não tinha nada a ver com os 13,4 % de carência, a este nível, nos lares santomenses ou com os 5,3 % dos lares indianos. Dito de outro modo, as graves situações de carência encontradas nas outras minorias étnicas imigradas até pareciam relativamente confortáveis (embora não o fossem) quando comparadas com a situação desta minoria étnica portuguesa.”
Há até quem afirme que “eles até gostam do seu estilo de vida” e que “não mudam porque não querem”:
Tomando em consideração os dados anteriores, não admira que os ciganos se mostrassem muito menos optimistas quanto ao futuro do que as outras minorias étnicas que entram na comparação. Comparativamente com os 60,9 % de africanos, os 41,2 % de timorenses e os 34,8 % de indianos, apenas cerca de um em cada cinco (20,7 %) tinham expectativas positivas quanto ao futuro e o saldo positivo de 57,8 % nos africanos, de 38,2 % nos timorenses e de 33,3 % nos indianos descia nos ciganos para apenas 12,6 % de mais optimistas do que pessimistas quanto ao seu próprio futuro.
Realço que este estudo compara minorias étnicas de outros países a residir em Portugal com ciganos portugueses. Repito: PORTUGUESES.
Dados: OS CIGANOS, EM PORTUGAL, HOJE – José Gabriel Pereira Bastos e Susana Pereira Bastos, CEMME – Centro de Estudos de Migrações e Minorias Étnicas, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
8 de Novembro de 2007 às 12:49
Então Srs. Ciganos Portugueses, não nos arranjem problemas, arranjem-nos soluções. Ajudem-nos a nós a integrá-los, já que até aqui o esforço desenvolvido não foi o suficiente. É que, pelo menos a mim, resta-me pouca motivação.
Mostem-se disponíveis e tal como todos os cidadãos portugueses terão que ser respeitados, se primeiro derem o primeiro passo de respeitar os outros.
8 de Novembro de 2007 às 12:55
@ pontapé
Os ciganos que têm sido notícia pelos piores motivos na nossa cidade não entram nessa estatística. Acredito que também os haja cá mas os “maus” não são assim tão desgraçadinhos.
8 de Novembro de 2007 às 14:48
Vão duas carrinhas na estrada, uma “daquelas” brancas, 3 lugares à frente. Sem ninguem a levar o cinto, sem seguro, luz de travões off, 14 minis no bucho e já agora em excesso de velocidade. A outra azul, os mesmos 3 lugares dianteiros só que todos os seus elementos levam o cinto, não ingeriram alcool, etc.
Até que, surge a brigada de transito, que necessita de multar 1 deles. quem será?
é claro que é o palhaço da carrinha azul, pois não leva consigo o Horário de Trabalho afixado na carro (150,00 de multa, pelo menos era o valor até há 2 meses). Que falta de respeito, andar na via publica sem o horario .
Obviamente que ninguem mandou parar a outra, nem desta vez, nem em 95% das situações identicas. A própria autoridade tb só actua em bando e de cara tapada, não é verdade?
E não comparem com outras etnias, se um angolano (de 5 anos) têm um problema na escola, não vai lá a familia inteira partir tudo.
Respeito pelos outros sim, mas só os que se dão ao respeito.
Tenho dito.
8 de Novembro de 2007 às 16:38
@pontape na logica:
voce n tem logica nenhuma… entao o facto de 10x + ciganos estarem na pildra comparando com a restante populacao faz com q vossa exa infira q os ciganos sao castigados demais e q n os deixam impunes? ahahahahhahahah isto quer dizer q ha 10x + ciganos presos q os outros SO. o q poderia inferir era q a MAIORIA dos ciganos se dedica a practicas ilicitas dai a grande taxa de detidos… ou entao q perseguem os ciganos…
se fizer como a avestruz e ignorar A REALIDADE o comportamento em bando quando tomam de assalto o banco do hospital, a escola a loja… nunca viu esse comportamento? entao abra os olhos. nunca viu os seus comportamentos antisociais? nunca viu a sua total falta de respeito pelos bens publicos (e pelos dos n ciganos?) n acredito…
claro q nem todos os ciganos sao maus (como0 n sao todos os pretos, chineses, brancos laranjas azuis etc) o problema n é a raca mas sim o seu comportamento, e julga-se a parte pelo todo. mas neste caso a parte é MUITO grande, como os nºs q publicou tao bem demonstram
quanto as casas e benesses abra os olhos e diga-me o q é q a camara de beja da a uma familia da geracao 500€ cada, casados, trabalhadores por conta de outrem, pagadores de impostos, q reciclam o lixo e tem 2 bebes? DIGA LA PORRA!
8 de Novembro de 2007 às 18:23
Como sou de Baleizão, não tenho problemas desse tipo. Em relação aos ciganos, os baleizoeiros não sofrem de esquizofrenias, medos ou segregacionismos. Costumamos usar o bordão ou a moca de carolo de oliveira. Historicamente tem resultado.
8 de Novembro de 2007 às 18:55
@paulo barriga – usa dizer-se “com os problemas dos outros posso eu bem”, não é?
8 de Novembro de 2007 às 19:37
Os ciganos estão totalmente inseridos na nossa sociedade! São pessoas que trabalham todo o dia árdua e honestamente, pagando na íntegra os seus impostos e cumprindo todas as obrigações para com a sociedade! Os que não o fazem e estão a receber o rendimento mínimo, esforçam-se por adquirir formação e conhecimentos para entrar no mercado de trabalho como bons cidadãos honestos e trabalhadores!
Os não ciganos é que são uns racistas xenófobos, desordeiros, preguiçosos, que não pagam e não cumprem as obrigações e deveres morais e sociais e depois ainda inventam notícias destas como se fosse possível que um grupo de ciganos invadisse uma escola e provocasse desordem!?… Fiquei muito chocado com a notícia!
9 de Novembro de 2007 às 0:52
a etnia cigana em Beja desenvolve desde há muito tempo situações de medo em toda a população…
seja no bairro João Barbeiro ou na Rua da Lavoura para além de alguns “nómadas” que passam pela cidade, é ver as pessoas a fugir de qualquer tipo de relacionamento com eles…
apenas para relembrar, aconteceu há algum tempo, a agressão a uma rapariga que passava na Rua da Lavoura e atropelou um miúdo cigano…só ninguém se lembrou que todos os dias essas mesmas crianças brincam no meio da estrada e os papás em vez de avisarem e as retirarem de lá, juntam-se a elas e inclusive fazem fogueiras em bidão em qualquer sitio da rua…a rua é deles e quem passa é que deve desviar-se senão arrisca-se a levar uma carga de porrada e ir parar ao hospita, como muitas vezes tem acontecido…para além disso a PSP não faz absolutamente nada neste tipo de situações…”enfeitam” a rua com vários carros e carrinhas mas quando o senhor cigano quer passar automaticamente as retiram…até se compreende, também têm filhos e família e o medo de represálias é grande, daí o facto de quando há qualquer tipo de intervençao vir o Corpo de Intervenão e de cara tapada…
relativamente à situação na escola de santa maria, fui aluna dessa escola durante cinco anos e nunca tive qualquer tipo de problema…no entanto, é sabido que qualquer situação que envolva um cigano envolve toda a sua família…
não é justo pagarmos impostos para que a etnia cigana sobreviva sem qualaquer tipo de ocupação…
não é justo cumprirmos regras de convivência em sociedade e viver com medo de uma parte da população…
9 de Novembro de 2007 às 11:34
Por aquilo que percebo da maioria dos comentários apenas posso concluir que o raciocínio será mais ou menos este:
“Não me importo que o problema exista, desde que seja longe de mim”
Percebo e não quero desvalorizar os graves factos ocorridos em Beja nos últimos anos protagonizados pela comunidade cigana local. Conheço o bairro João Barbeiro e a Rua da Lavoura, como conheço os medos das pessoas (muitas vezes fundados) em relação à comunidade cigana Bejense. Acrescento, ainda, que o problema está longe de ser exclusivo de Beja.
No entanto, questões desta complexidade não devem ser abordadas baseando os nossos comportamentos em preconceitos e estereótipos que apenas conduzem a fenómenos de discriminação pura e dura. Aceito que cada um de nós possa “apontar” o cigano Y, o negro X, ou o Ucraniano Z. Não temos, no entanto, o direito de, com base na análise do comportamento de YXZ, partir para generalizações – todos os ciganos são ladrões porque Y é ladrão, todos os negros são preguiçosos porque X é preguiçoso, todos os ucranianos são bêbados por Z é bêbado. Não é justo nem avança soluções.
É preciso que exista em Beja, como em todo o lado, a capacidade de olhar para a situação em causa de uma perspectiva mais abrangente, sem desvalorizar, obviamente, os casos particulares como o que aconteceu recentemente na Escola de Santa Maria. Só desta forma poderão ser encontradas respostas amplas, eficazes e eficientes para este problema social. A história já nos devia ter ensinado que a exclusão nunca dá bons resultados – para quem é excluído, mas também para quem exclui.
Em alternativa à necessária racionalidade, podem os cidadãos de Beja mais radicais procurar fazer o mesmo que D. João V, em 1708 (mil setecentos e oito): “Proibe o traje, a língua, negócios de bestas e outras imposturas (Ler a sina), sob pena de açóites e degredo por 10 anos (galés, para os homens; o Brasil, para as mulheres)”.
9 de Novembro de 2007 às 12:09
E SE DISCORDAM DO QUE ACABEI DE DIZER…
…DESAFIO TODOS OS QUE TÊM COMENTADO ESTE TEMA A AVANÇAREM SOLUÇÕES…
FORÇA…
10 de Novembro de 2007 às 2:14
ohh!! pontape na lógica…
o que tem faltado cá em beja e em muitos sitios é TOMATES ….para acabar com esta vergonha…A SOLUÇÃO, não és tu nem eu que a tem,isto vem lá de cima…….EXCLUSÃO????FOI O QUE FIZERAM COMIGO E COM A MAIORIA!!!QUE ESTOU A PAGAR CASA,FAÇO OS MEUS DESCONTOS,NÃO ME DÃO NADA..
10 de Novembro de 2007 às 20:04
Bem….
Os comentários vão sempre parar ao mesmo ponto.
A bipolarização.
Dum lado os que vêem nos ciganos o demónio, de outro lado, um certo complexo de estar-se a ser racista em relação a essa etnia, e voltar-se aos tempos do degredo e do chicote, da execução pública e da expulsão.
Não é preciso nada disso.
Apenas fazer cumprir a lei.
Que é geral e universal.
Não há cidadãos acima da lei, nem abaixo….ou há?
Nem leis para Portugueses de origem X e outra para Portugueses de origem cigana.
Saiba-se que o Homem, sedento que é de liberdade, não vive em colectivo sem a criação de limites para ela.
Ou dizendo melhor: sendo a liberdade um bem único, tem de ser repartido em iguais fatias para que caiba uma parte igual a todos.
É o Estado que cabe definir as regras da liberdade, e aos seus braços executa-las.
Não há liberdade sem segurança!
Se por omissão ou corrupção dos orgãos do Estado no que confere a uma ausência continuada de segurança pública, uma parte da sociedade chega ao ponto de se achar no direito de ser mais livre que a outra parte e exercer e impor por sua conta outras leis (as suas leis) que mais lhes convêm e que mais direitos lhes confere, então apenas temos de pedir contas ao Estado por omissão de obrigações, incompetência, processa-lo e clamar a respectiva indemnização.
Nenhum de nós (cidadão português não cigano) é mais livre que um português cigano, mas certamente também não o é menos!
E como disse há pouco, esta bandalheira que faz crescer o clima de insegurança, que nos empurra a liberdade para as fronteiras do medo, é má para todos e mesmo que não o consigam de imediato entender, também para os ciganos, diria mesmo, pelas tensões e tendências subterrâneas que cria, principalmente para os ciganos.
12 de Novembro de 2007 às 10:45
A solucao é OBVIA e SIMPLES: Direitos e deveres iguais & equidade na aplicação da lei. Os ciganos tem mais direitos e menos deveres que o comum dos cidadãos, e a policia e os tribunais tem medo de aplicar a lei em relacao a esta grupo de pessoas. Se o grupo dos 11 q assaltou, partiu e agrediu dentro do recinto da escola nao for punido de acordo com a lei, da proxima vez fazem o mesmo. e digo mais… se o estado e a policia nao fizer o seu trabalho (trata-los como nos trata a nos) mais cedo ou mais tarde nao 11, mas 111 ou 1111 (sem o cid 😉 pode ser q se juntem e lhes incendeiem as «casas» e lhes deem um arraial de porrada daqueles q veem os senhores da CNN e da BBC filmar o racismo e a intolerancia…
Existem comunidades fechadas em beja (os chineses por exemplo) que nao fazem mal a ninguem (a excepcao dos comerciantes locais que n aguentam a concorrência) se as lojas deles tiverem o mesmo (NAO É MAIS É O MESMO) nivel de controle que os outros tem em relacao ao cumprimento de requesitos e normas em relacao a produtos e procedimentos) por mim esta tudo bem
12 de Novembro de 2007 às 16:02
Acção…
Aqui…
Ali…
e nos órgãos que têm obrigações a este nível…
Leve-se a discussão até às últimas consequências…
Analise-se racionalmente e decida-se…
Façam-se exposições à Câmara…
Ao Governador…
ao Governo….
Agitem-se as águas…
chame-se a razão…
que nasce da discussão…
sem pudor…
sem receio…
Tirem-se as nalgas do sofá…
Porque os outros têm a obrigação de fazer por nós…
12 de Novembro de 2007 às 16:03
Porque os outros (não) têm a obrigação de fazer por nós…
claro!
12 de Novembro de 2007 às 16:51
nao meu menino… o estado é q devia assegurar a a equidade de tratamento e nao devia ser preciso mexer o cu do sofa. bastava q a policia e os tribunais fizessem o SEU trabalho, para o qual lhes pagam…
quanto às benesses das camaras em relacao aos ciganos (tal como as rotundas) tb era um problema q demoraria 4 anos a resolver no maximo… assim o «povo» votasse racionalmente e nao emotivamente…
13 de Novembro de 2007 às 12:47
“…nao devia ser preciso mexer o cu do sofa…”
Discordo totalmente… meu menino.
13 de Março de 2008 às 17:32
Cumprimentos a toda a população
Gostaria de apresentar um ecelente site (repleto de links) que apresenta não apenas parte integratnte da história dos ciganos como também de outros povos que terão algo a ver com esta gente. é ´´optimo para quem se interessa por sociologia, história, antropologia, direito, religião, filosofia e cultura geral.
http://www.imninalu.net/Rom-ciganos.htm
Vale apena também tentar saber deles no nosso país (este é mais ligado à nossa realidade):
http://pwp.netcabo.pt/fatima.mourao/Ciganos1.htm
Após isto, gostaria de fazer-vos saber que sou cigano, do grupo Gitano, e pelo que sei sou de clãs (famílias em sentido abrangente) que vivem em Portugal há largas gerações.
Tenho imensa pena que ainda haja tanta dificuldade na integração dos Gitanos, dos Manuche(França) e dos Rom (resto europeu), após tantos séculos de contacto com as diferentes culturas europeias.
Isto faz-me pensar no seguinte: será que os povos europeus alguma vez se integraram harmoniozamente, a não ser através da coercibilidade e coacção de impérios tentados e/ou já caídos, através da coacção da religião dita cristã-católica, mas que no fundo, e com todo o respeito a católicos, sempre foi mais romana-católica? Não. E mesmo hoje, tenta erguer-se um império babilónico de diferenças que coexistam sobre a base supostas de valores como a democracia e o pluralismo, mas que na realidade tem base na Economia que lhe serve de infra-estrutura. Neste caso, dá-se Razão, em parte, ao MARXISMO, que afirma que primeiro está a economia e os valores são um “capricho”, querendo com tal fazer de homens meros animais que actuam por acordo com uma existência reactiva às necessiadades típicas do animal humano, a que chamariam de novo-homem, e isso possibilitaria que existisse uma sociedade perfeita e sem divergências de valores. Porém a União europeia já diz que deve respeitar aquilo que para os marxistas seria capricho burguês na sociedade; ou seja , admite ter como base a Economia – o interesse, a necessidade- para o desenvolvimento ético (uma nova ordem) das comunidades, sendo que essa nova ordem ético-economica, torna possível uma sociedade com supra-valores que se sobrepõem a valores das comunidades aderentes à Comunidade de Estados-Colectividade.
Quer isto então dizer que, se concordamos, não existem valores superiores ao materialismo, à Economia? Pelos vistos, é essa a conclusão que se tira da visão estrutural que encerra uma lógica formal, que permite esta conclusão. MAS, claro, estou a limitar-me a expressar uma possibilidade acerca do que é o Espirito Europeu. Nesta visão das coisas, o Espirito é muito carnal, porque se funda e fundamenta a sua existência em critérios altamente materialistas e surge disfarçado com valores, que mais não serão do que uma ética, que nos seres-individuos corresponde à boa-educação interesseira, sem um sentimento verdadeiramente fraterno, humano.
Ora, após esta incursão calma e necessária do ponto de vista da compreensão cabal do que quero dizer ainda, prossigo, caso hajam tido a paciência e amabilidade e maturidade em seguir-me.
O pacto social que institui e organiza um Estado, Povo ou semelhante, deve ser conseguido com uma Ordem necessária para o efeito da sociedade. Essa Ordem pode ser ou não ser Justa e respeitadora do Direito Natural. E o que é o Direito Natural? é aquele que procede do raciocínio que pensa a Justiça/Moral e que engloba as Leis da NATUREZA.
Desde que a humanidade existe que existe sociedade. As primeiras eram nómadas, pelo menos é isso que se conclui dos estudos. Como tal, antes que o pacto social tácito se fizesse quanto à vida num certo espaço territorial, já era próprio ao homem seguir a Natureza economica que era a procura da sobrevivência. Sendo assim, viajava-se sempre à procura de melhores condições, atentava-se para as estações e explorava-se o desconhecido.
Quando o Cigano entra por determinado território, obedece a uma forma de economia instintiva, primitiva, que não largou, pois não se deixou atrair pela integração territorial com outros povos. Porquê? Por ter costumes diversos, que sempre quis preservar, sabendo intuitivamente, que se perderiam gradualmente na sua mistura e amolecimento perante outros povos. Ou seja, o cigano dava mais valor aos Valores que tinha, desde que se consiguisse manter vivo, do que ao seu desenvolvimento sócio-economico. Mas será que tal, isto é, a sua reserva, a sua privacidade, a sua distância era ou é má? Será que não é possível manter uma vida de relação estritamente económica e manter um certo nível de relações com pessoas, sem que nos tomem a ofensa por tal distância moral?
Pois sim, é difícil. Normalmente as pessoas procuram sentir-se seguras perante as outras. É por isso que existem os grupos de coesão nas sociedades, para pressionarem num mesmo sentido comum a todos, num mesmo interesse. Isto geralmente, não é matéria que tenha a ver com Moral. Mas criam-se laços, pretendem-se, desejam-se cumplicidades, estabelecem-se redes de “amizade”, compadrios, de favores, que ferem a Moral, a dignidade do Direito Natural. A isto, mesmo não ciganos, temem ANUIR, e por isso estabelecem uma certa distância que permita sobreviver, e a seu tempo criar relações de pura amizade, sem ter de se recorrer às necessidades económicas para a sua criação, sem negligenciar, no entanto, que a Economia cria momentos de proximidade, permitindo relações que se abstraiem ocasionalmente dos interesse pessoais.
Só que o receio de pessoas que não tenham ligaçõe economico-sociais com estranhos com quem não lidem minimamente ou positivamente, consolida-se e dá aso à xenofobia e racismo.
A discriminação é uma forma de imputação de erros e culpas a um determinado “bode espiatório”, o qual deve ser eliminado.
Todos devemos meter a mão na consciência para tentar avalizar os nossos próprios erros, as nossas inconsciências para com os outros. Creio que se olharmos de perto no espelho da alma e da honestidade intelectual encontraremos respostas que são mais sãs do que aquelas que a uma primeira reacção somos tentados a dar, encontraremos uma Sofia, muito mais justa para além de coerente, encontraremos culpas próprias, que nos desagrada admitir…
Após esta delonga, remato o seguinte: todos são culpados pela actual situação de racismos, de falta de integração, de intolerância, de História que nos marcou, da imagem que nos caracteriza, etç.
God Bless, VS
14 de Março de 2008 às 13:27
Fico à espera de resposta.