Out 21 2007

Acontece…

Publicado por as 11:25 em A minha cidade

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foto: joão espinho

… que vende menos livros que a concorrência (M S Tavares e J Rodrigues dos Santos) e foi isso que nos veio dizer a Beja.
Temos pena. Acontece!

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9 Resposta a “Acontece…”

  1. Charlie diz:

    Podemos sempre dizer que as coisas acontecem por alguma razão.
    Dito de outra forma, a razão tem as suas razões para acontecer.

  2. matahary diz:

    Também tenho muita pena dele.
    Até pode escrever muito bem, mas como não o gramo, nem com molho de tomate, não o sustento.

  3. profundamentetoto diz:

    Por acaso até aprecio bastante mais os livros do RGC do que os do JRS talvez por desde há muito ter uma certa embirração “de estimação” por este último que, na minha modesta opinião, deixa bastante a desejar como jornalista ao contrário do RGC que considero bastante mais completo enquanto jornalista. Não é preciso tanta palhaçada em directo como é habitual em JRS que, presumo, se deve achar a si próprio “o supra-sumo” de todas as virtudes.

  4. João Espinho diz:

    @toto – afinal o RGC distingue-se dos outros por ser, enquanto jornalista, “mais completo”. Mas… aqui falava-se de escritores e, quanto a isso, você népias…. Acontece, não é?

  5. Joaquim Massapina diz:

    RGC um dos escritores portugueses actuais com maior potencialidades. Que vê a escrita não como mero exercicio de “polimento” do ego ou como mera questão de reconhecimento. Onde a escrita se volta a si mesma, se pensa, se sofre, se questiona, se põe em duvida a si mesma… Veja-se “Canário” o seu último romance, onde o realismo cru é-nos apresentado de forma tão brilhante que se ultrapassa a si mesmo. Veja-se a sua construção de diálogos, nua e crua, feita de tal forma que nos inquieta infernalmente e sem paliativos, captando de tal forma o fulcro – que nos vemos perante os nossos abismos mais profundos. Aqueles [abismos] que tentamos verbalizar e não conseguimos. É ao simples que temos imensa dificuldade em chegar. Veja-se Pollock e a reacção perante a sua obra: “Também eu faria aquilo, são meros rabiscos” – a auto-reflexão sobre a forma como se pode PARIR a obra, as circuntancias, os sacrificios… RGC distancia-se aqui sem duvida nenhuma da sua anteior actividade jornalista e da sua actual actividade de escritor, e provoca-se uma “dobra”, diria-nos Deleuze, e nessa dobra o jornalista e o escritor são postos em dúvida pelo pensador, por aquilo que é mais inquietante. Possuidor de uma escrita polida, onde se vêem os rasgos de génio, mas também os dias, horas, meses de sofrimento pela e através da obra. Repare-se, observe-se o mestre António Lobo Antunes – é uma questão de corpo, é a mão que me leva. É nesta empresa da escrita fora de si que se pode chegar ao pensamento, ou melhor, à auto-critica – demasiadas vezes dura de mais. Mas dir-nos-ia Vila-Matas, parir não é fácil. É esta dimensão ensaistica, auto-reflexiva do pensamento de RGC que o distancia de todos os outros, a saber que não nos é permitido (ou não o deveria ser) fazer juízos de valor, ou comparações fáceis – pois os registos são bastantes diferentes.
    Leia-se, releia-se “Canário”, de RGD.

  6. h - V&P diz:

    Joaquim Massapina, não lhe retiro razão! Mas, o primeiro romance do JRS (a filha do capitão) e o Equador ( de MST) na modesta opinião deste que lhe responde, merecem destaque como duas das grandes obras da literatura portuguesa!

  7. Joaquim Massapina diz:

    Não percebo o porquê do seu “mas”. Já que não duvido da grandiosidade de nehum dos escritores. E de MST até li o Equador, que gostei bastante. Provavelmente não me consegui explicar. Só tentava mostrar a minha posição pessoal em relação ao distanciamento (não qualitativo, sublinhe-se) entre RGC e MST bem com JRS.

  8. Joaquim Massapina diz:

    “A escrita como necessidade!”

  9. Joaquim Massapina diz:

    http://www.youtube.com/v/qoKnzsiR6Ss

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