Set 30 2007
Escrita Erótica
Essa espécie de faísca invisível em que revejo a luz
Que te envolve o corpo húmido após o orgasmo
Consome o breve rumor e o ciciar dos lençóis
Onde deixámos as marcas invisivelmente físicas
De um imenso repetir de protestos prematuros.
E sempre tão adolescentes na distância que guardamos
A vergonha desnuda dos corpos tingidos da sombra
Do sémen que inunda a inconsistência do instante
E percorre o calor do teu peito ainda entumecido
Revendo na tua língua um fluxo desconhecido.
Delfos (António Bettencourt)
(contributo para um dos passatempos referentes ao Festival do Amor)