Ago 11 2007
CONTO DA MADRUGADA
A minha cama é de linho.
Explico melhor. Gosto de dormir em lençóis de linho, dão-me conforto, trazem-me ao sono os sonhos que desejo. Herdados ou oferecidos, tenho-os também com monograma, gravados com letras desusadas. São meus, parece ser a mensagem que transmitem. Alguns têm já anos e corpos a mais.
Naquela noite ela estava excessivamente possessiva. As suas pernas entrelaçaram-me ainda o meu torso não havia tocado a cama. Agarrou-se a mim como se fosse a sua presa, devorando-me em sofreguidão inconsciente. As suas mãos cravaram-se-me nas costas violentamente, deixando no linho marcas de sangue. Do meu e do seu corpo.
Não a culpei pela decisão de me desfazer daquele tecido condenado a uma mancha eterna. Levou com ela os restos de uma noite e de um lençol e evitei que regressasse ao leito onde me havia marcado e deixado a sua marca.
Há dias, ao passar numa das ruas da cidade, vejo-a a sair de um restaurante, trajando um top justo em linho e com um monograma meu conhecido.
Não vi vestígios de sangue, mas o olhar que me lançou menstruava malícia.
11 de Agosto de 2007 às 11:05
Tu… cóf… cóf… cóf… se fosses um gajo amigo… cóf… cóf… cóf… cóf… cóf… publicavas esta maravilha… cóf… cóf… cóf… no blog porcalhoto… cóf… cóf… cóf… cóf…
11 de Agosto de 2007 às 12:36
Tenho um top desses….não sei o que fazer com ele!!!!
11 de Agosto de 2007 às 12:46
@são – vai a caminho!
11 de Agosto de 2007 às 12:49
@pódarroz – não sendo propriamente conselheiro de imagem, sugiro que não use tops com monogramas!
11 de Agosto de 2007 às 13:21
Bem me parecia!!!!!
11 de Agosto de 2007 às 15:27
@pódarroz – ainda bem!
11 de Agosto de 2007 às 23:59
Em Roma sê… “lagarto”