Ago 10 2007
PACIÊNCIA
“A cidade está despejada de carros. Às nove e às 11 da manhã, às três e às cinco da tarde, a rua Fialho de Almeida está praticamente deserta. Teimosamente, os semáforos obrigam as pessoas a parar. Pacientemente. Desesperadamente. Para que serve uma rede de semáforos tão eficaz e ponderada numa cidade sem pessoas? Para causar cólera? Para revelar inflexibilidade? Para obrigar a réstia de gente que resiste a perder a paciência? Ou é apenas porque Beja também tem direito à sua silly season institucional.”
A J Brito in Correio Alentejo
10 de Agosto de 2007 às 10:44
E noutras alturas estão desligados durante semanas….
10 de Agosto de 2007 às 11:44
Estão lá a funcionar e, quanto a mim, muito bem.
Embora haja pouco tráfego, por vezes circulam automóveis a velocidades loucas e o perigo é real.
No cruzamento entre a Av. Fialho de Almeida e a Rua de S. Tomé e Príncipe o funcionamento permanente dos semáforos é essencial.
Eu sei, porque circulo nessas artérias diariamente, várias vezes ao dia. Conheço os perigos e já soube de capotamentos naquele cruzamento.
10 de Agosto de 2007 às 13:28
Uma cidade sem pessoas é no mínimo exagero! Se fossem desligados os semáforos, mesmo que não acontecesse nada de gravidade, criticava-se por estar desligados. Assim critica-se porque estão ligados. Haja pachorra para estes pseudo-artigos de opiniões apressadas e ocas de reflexão.
10 de Agosto de 2007 às 14:09
Pois, há alturas do dia em que concordo que deveriam estar intermitentes.mas nesse cruzamento que o sr.chico fala é mesmo essencial estarem ligados, como os de cima (na rua da escola).Uma vez houve um choque entre um carro e uma ambulância que, para variar, vinha a abrir, e a ambulancia capotou.Não sei se era este caso que referia. Mas que se nota uma diferença substancial de trânsito..nota mesmo.
Bom fim-de-semana
10 de Agosto de 2007 às 14:31
Inês:
A ambulância capotou no ano passado. Curiosamente, era Verão e os semáforos estavam intermitentes.
Outros acidentes graves aconteceram antes.
Lembro-me de dois grandes (um com capotamento e grande aparato, sinais intermitentes) e outro que, diga-se a verdade, foi causado por uma senhora que “queimou” um vermelho…
Foram os dois por volta de 2001.
Se um semáforo evitar um acidente, um só que seja, já se justifica que funcione.
Penso que é o caso na Av. Fialho de Almeida.
10 de Agosto de 2007 às 14:35
Só mais uma coisa:
Há cerca de um ano alertei para o prolongado funcionamento intermitente dos semáforos na Rua Bento de Jesus Caraça. Intermitentes durante duas semanas, se não me engano, e um acidente pouco grave mas com três ou quatro carros envolvidos.
Não custa nada esperar que o sinal abra.
Aliás, o condutor médio português é tão mau, que os intermitentes deviam ser proibidos sempre…
10 de Agosto de 2007 às 15:06
@Chico: exactamente, foi mesmo nessa altura. Acho que o rapaz que ia no carro nem deu pela ambulância.Dequem foi a culpa não sei, mas pdoeria ter sido grave.Dos outros acidentes não sabia.E sim, há por ai condutores que uiui.
10 de Agosto de 2007 às 18:41
Já tive a oportunidade de dizer que o funcionamento dos semáforos em Beja é absolutamente errático. Tal como muitas outras coisas nesta cidade. Pena é que a silly season ocupe grande parte do ano.
11 de Agosto de 2007 às 9:07
De facto estes pseudo intelectuais são o máximo. Agora querem os semáforos desligados! Vocês é que estão a precisar de uma silly season!
12 de Agosto de 2007 às 10:13
A gestão de tráfego deixa muito a desejar nesta Cidade.
Semáforos ligados a toda a hora, dia e noite, é completamente idiota.
Na Avenida Fialho de Almeida, sempre houve aceleras, e continuam a haver, mesmo com os sinais a funcionar. O que ainda é mais perigoso, porque alguém que tenha verde numa transversal, avança á confiança e corre um grande perigo de sofrer um acidente.
Solução ? Não sei qual seria melhor. Lombas? Um radar automático? Não sei
12 de Agosto de 2007 às 23:14
Darthlion,
Como deve saber no Reino Unido é dada a máxima prioridade aos peões. Por isso, nos semáforos a seguir ao vermelho acende o amarelo e só depois é que aparece o verde. Como também sabe em Londres o Mayor Livingstone colocou portagens à entrada da cidade para desincentivar o uso do automóvel.
Portanto não concordo com essa ideia de que, se os condutores não cumprem, retiram-se os sinais. Seguindo essa regra, por exemplo, aumentava-se a velocidade nas autoestradas durante a noite só porque há pouco tráfego. Nós só seremos mais desenvolvidos se, em primeiro lugar, houver mais civismo e a condução automóvel é uma das áreas em que esse civismo se torna mais necessário (aliás o nível da sinistralidade em Portugal bem o demonstra). Nas cidades desenvolvidas da Europa que conheço não vejo aceleras e os sinais são sempre respeitados. Este deve ser o caminho que temos de seguir.
13 de Agosto de 2007 às 10:48
–> Atento
Se leu bem, em parte alguma escrevi que não se devia dar prioridade aos peões.
Pelo contrário indiquei algumas passadeiras em falta e outras mal posicionadas, que dificultam o tráfego, e põem em perigo os próprios peões, tal como a passadeira junto ao Pingo Doce.
Sugeri que fosse colocada uma nova passadeira, e alterada a posição de pelo menos duas passadeiras, nunca disse que estas deveriam desaparecer.
Quanto á sinalização que não é respeitada. O que acha correcto? Deixar como está, e culpar a falta de civismo? Ou modificar a forma de controlo de tráfego, de forma a garantir um cumprimento mais efectivo.
Quando alguém, entrar na Fialho de Almeida com um sinal verde, e levar com um louco destravado. Vamos dizer que é falta de civismo que isso o recuperará das mazelas, ou até mesmo ressuscitará?
Um radar automático é caro, mas pode salvar vidas, ou umas lombas que são mais baratas e também podem ajudar.
Na entrada do Penedo Gordo está um semáforo de controlo de velocidade, tudo bem.
Na estrada que vem das Cavadas/Boavista e converge para essa estrada também tem um semáforo, como é lógico.
Esse segundo sinal só fica verde quando o primeiro muda para vermelho. Ou seja , quando alguém passa a mais de 50km/h e faz disparar o primeiro sinal.
Por essa razão fiquei 10 minutos (desde que comecei a contar) á espera que o vermelho das cavadas mudasse para verde. A espera só terminou quando alguém fez disparar o primeiro sinal.
Muito civismo tive eu em aguentar tanto tempo, tanto civismo que lhe chamo outra coisa.
Não sei se este problema foi já resolvido, mas deixo isto como exemplo de sinalização estúpida, que provoca o desrespeito pelos automobilistas.
O exemplo que dei no meu anterior post, curiosamente veio da Inglaterra, tal como o seu.
No meu exemplo falei da atitude das autoridades inglesas, que acham mais importante a verdadeira eficácia da sinalização do que a sua simples colocação.
Provavelmente consideraram mais efectivo colocar um amarelo entre o vermelho e o verde. Se isso melhorou, só posso concordar.
Em Portugal, essa mesma medida teria mais provavelmente o efeito contrário.
Seria visto o amarelo como uma pré autorização para acelerar, mais do que um aviso de cuidado para com os peões.
Mas é uma questão de experimentar.
No Porto, os carros avançam quando, o sinal dos peões começa a piscar ou muda para vermelho, mesmo que o sinal dos carros ainda esteja vermelho.
Ora aí está um bom local para experimentar essa medida.
Quanto á referencia que faz ás portagens em Londres, com certeza não que comparar, o tráfego de uma grande metrópole como Beja, com o tráfego de uma Vila grande como Londres (não é engano, é ironia).
Mas por outro lado, o Município precisa de fundos.
14 de Agosto de 2007 às 16:10
Darthlion,
Longe de mim a ideia de colocar portagens em Beja. É que, comparado com outras cidades, o trânsito em Beja é um “paraíso”.
Também conheço essa situação do semáforo das Cavadas e concordo consigo.
Também sei que existem sistemas de gestão automática de tráfego como o sistema “Gertrudes”, mas sinceramente penso que em Beja não se justifica. Coloquem-se as bandas sonoras que forem necessárias mas por amor de deus não suprimam os semáforos!