Jul 05 2007
GRANDE ENTREVISTA
A de Zita Seabra na RTP1. A expressão “paranóia marxista-leninista“, qualificando a caminhada para a revolução socialista que o PCP empreendeu em 1974, espelha perfeitamente aquilo que os próprios comunistas tentam ocultar. A tentativa de evitar eleições democráticas, as nacionalizações, o PREC, a revolução armada, o aparelho estrangulador do Partido, as perseguições e as difamações por parte dos próprios camaradas, tudo na primeira pessoa e num relato impressionante de quem fazia parte da máquina anti-democrática.
Para ler.
5 de Julho de 2007 às 22:04
Tivemos todos, aí em baixo, a possibilidade de avaliar o que seria um governo dessa tropa.
Abraço
5 de Julho de 2007 às 23:34
Antes a certeza de que vive em ditadura, do que a ilusão de viver em Democracia.
Haverá sempre uns a viver á custa dos outros.
Mas pelo menos em ditadura, podemos lutar contra o regime, com todos os meios.
P.S. Claro que sempre preferirei, a certeza de viver em democracia (que não temos agora).
6 de Julho de 2007 às 1:35
Deve ter sido das entrevistas mais interessantes dos últimos tempos na RTP. Muito boa!
Abraço!
6 de Julho de 2007 às 4:03
Olha que grande coisa. Como se não se soubesse o que a Zita Seabra andava a fazer nesses tempos. Ela fazia parte da entourage até casar com o gajo rico que lhe pos um travão às 4 rodas.
6 de Julho de 2007 às 7:20
@pre – também tu alinhas nessas teorias? Não me digas que a senhora se transformou numa perigosa agente da CIA!
6 de Julho de 2007 às 10:05
nikonman,
toda a gente, em alguma parte da vida, foi comunista. Uns foram e são durante anos a fio, outros apenas 15 minutos. A Zita ainda se arrisca a ser a primeira ex-comunista presidente do PSD – pelo menos era mais visível que o Marques Mendes 😉
6 de Julho de 2007 às 10:50
@jorge – bem, no psd já tivemos um ex-mrpp, no ps está um ex-psd, no pcp é que não há lugar a ex-coisa- nenhuma.
6 de Julho de 2007 às 11:45
@nikonman, não expressei nem alinhei em nenhuma teoria. A Zita e o Cunhal foram pura e simplesmente unha com carne no processo de sovietização do país. Que a senhora, hoje, esteja arrependida não lhe tira nenhuma quota parte da responsabilidade que teve na quase destruição do País.
6 de Julho de 2007 às 12:50
O problema não reside, na maior parte das vezes, nos partidos mas sim nas pessoas. As ideologias, o que verdadeiramente sustenta e que é a base da actuação de cada partido, é cada vez mais secundário, e o que conta são as pessoas e o que fazem. E isso é que conta e faz a imagem dos partidos. Nunca tendo votado no PCP (actualmente CDU), tenho hoje uma ideia bastante diferente da que tinha há algum tempo atrás. Não me identifico minimamente com a ideologia da antiga União Soviética, mas também vejo hoje que não devemos por uma etiqueta num determinado partido e identificá-lo apenas por essa etiqueta. Porque em todos os partidos há gente boa e gente menos boa, sendo minha convicção que uma grande parte das pessoas ligadas à política, não o fazem para servir o país mas para se servir a si e aos seus grupos de interesses que defendem. E a melhor prova disto está no estado a que chegou o nosso país. Responsáveis? Aqueles que desde o 25 de Abril nos têm desgovernado e nós que temos votado ou não neles. Alternativas? Duvido que existam e este é o grande drama dos portugueses. Porque existe aí muito boa gente que vestindo a pele de cordeiro, fazendo parte dos partidos ditos democráticos, fazendo discursos muito bonitos para os mais incautos,pratica exactamente o oposto dessa doutrina que apregoa, sendo verdadeiros ditadores. E nós cá vamos continuando a discutir o sexo dos anjos, não vendo que o que verdadeiramente devemos combater são as pessoas que não prestam, independentemente do partido a que pertençam. E enquanto a visão for esta, o país vai continuar a marcar passo ou até a andar para trás.
6 de Julho de 2007 às 13:55
@pre (tal como escrevi no ante-et-post) – @pre – sem lhe retirar as responsabilidades que teve no descalabro, prefiro-a àqueles que, teimosamente, se fazem de cegos perante uma incontornável certeza: o comunismo pertence às ideologias que têm gerado ditaduras ferozes.
6 de Julho de 2007 às 13:59
@josé bengala – políticos somos todos nós, os que temos intervenção cívica. É assim que me vejo, até porque nunca tive, nem tenho, aspirações a cargos (na política ou por via dela).
Estou, no essencial, de acordo consigo, mas divergimos quando afirma que não há alternativas. Assim sendo, o melhor será entregar o País à administração espanhola e esperar que as gerações vindouras sejam melhores que a nossa.
6 de Julho de 2007 às 14:59
Nunca gostei de traidores… acho q tinha todo o direito de sair e de chegar á conclusao q aquilo era uma m***a, agora n me parece de bom tom q venha lavar a roupa suja em publico.
Quando se tem razao n é necessario vir a publico apregoar os defeitos da ex-mulher, quando se tem cojones fa-lo enquanto esta no
7 de Julho de 2007 às 19:15
Eu também acho que foi uma grande entrevista e o climax aconteceu quando lhe perguntaram se tinha amigos no PCP e ela disse que não. Ora alguém que dedica metade de uma vida a uma causa e não consegue deixar um amigo é obra! Se calhar mais do que justificar o passado a senhora pretendeu justificar o presente. E será que ela agora é diferente? E porque terá mudado de opinião sobre questões como a legalização do aborto? Também terá sido devido à queda do muro de Berlim? Só que esta questão não lhe foi colocada, porque esta tinha de ser uma “grande entrevista”!
9 de Julho de 2007 às 9:38
Só falta o livro de Helena Roseta, sobre os tempos em que pertenceu ao PPD.
9 de Julho de 2007 às 11:26
@darth – a Helena precisa de 2 volumes. O 1ª sobre os tempos em que militou no PSD. O 2º sobre a sua vida de militante do PS.
10 de Julho de 2007 às 8:52
@Nikonman
Provavelmente, Helena Roseta estará á espera de passarem uns anitos, para ver se acrescenta o Bloco de Esquerda ás suas memórias.
Ou o Partido do Manuel Alegre e associados. 🙂
Se Helena Roseta não para, ainda a vamos ver nas FARC