Jun 13 2007
CÉLIA -51-
Saí de casa. Estacionado à porta, o carro vazio de Célia. Procurei-a.
Exausto e desanimado deixei-me ficar dentro do meu carro. A mensagem de Célia trouxe-me alguma esperança: “Sabes onde me encontrar!”.
Disfarcei que sim.
Percorri o parque, como outrora, olhei para um horizonte que me parecia distante, senti um arrepio. Regresso ao ponto de partida, em busca de pistas. Aterrorizava-me o pensamento de um desfecho brutal, insinuado, demasiadas vezes induzido. Quero um cigarro que me acalme, como se eu não soubesse que ele me iria trazer mais ansiedade. Hesito em responder-lhe “Onde estás afinal?” pois isso seria entregá-la ao tormento das dúvidas e ficar também eu suspenso por uma resposta que poderia não mais chegar.
Por mim passam as imagens dos episódios mais recentes. As vozes que ouço e as que imagino. E chego ao princípio de tudo. Tomo a decisão que quero seja a última. Quero certificar-me de que tudo não acabou tal como começou.
E vou onde sempre pensei não dever ir.
Estranhamente, desligo o telemóvel.
13 de Junho de 2007 às 1:49
Ui… há tanto tempo que esta coluna não aparecia neste blog… a misteriosa Célia…
13 de Junho de 2007 às 11:20
Como é sobejamente conhecido, eu sou um pouco parvo! Como tal, nunca percebi bem os mistérios da Célia… Mas, mesmo sem perceber, sempre gostei de os ler.
Pelo exposto, saúda-se o regresso de Célia!