Mar 23 2007

AFINAL…

Publicado por as 9:00 em A minha cidade

O PSD tinha razão.
E quem lhe vem dar razão é o vereador Carlos Figueiredo (PS) quando afirma “que é oportuno discutir a viabilidade dos sistemas intermunicipais, depois de Bruxelas ter chumbado o projecto dos municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral”. Ora, quando o PSD lançou o assunto para ser discutido com profundidade, antevendo já um chumbo às intenções comunistas, o PS na Câmara Municipal de Beja deixou passar, com a habitual abstenção, a adesão ao sistema intermunicipal, apesar de toda a argumentação ir no sentido do voto contrário.
Perdeu o PS, mais uma vez, a oportunidade de dar um sinal de que não é o abono de família do PCP na Câmara de Beja.
Nesta matéria, quem deve estar com as orelhas em brasa é o vereador comunista Francisco Caixinha. É que o edil, afinal, mandou às malvas os interesses dos munícipes do seu concelho, quando vem publicamente revelar que a adesão da autarquia bejense ao sistema intermunicipal é feita em nome da solidariedade com as autarquias vizinhas, apesar dos custos acrescidos que a medida traz para os bejenses.
E foi para isto que o vereador foi eleito? Para negligenciar os interesses dos que o elegeram?
Cada terra tem o Caixinha que merece e Beja não escapa à tradição.

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6 Resposta a “AFINAL…”

  1. freerider diz:

    Fico chocado, e ainda mais porque ninguem o fica, com o facto de se imputar o chumbo de Bruxelas ao cariz intermunicipal da candidatura. Mostrando claramente que para se impor uma filosofia de gestão única no país, atropela-se a lei e os interesses das populações… A população, onde eu me incluo, não se interessa se o sistema é inter, multi ou outra coisa qualquer, querem é um serviço de qualidade com água na torneira. Se o governo quer esse sistema, que seja claro, e que o diga de uma vez por todas, revogando a lei. E depois quero ver como resolvem a questão do abastecimento de água e dos resíduos e, como já disse noutros posts o sistema mais avançado do País na área dos resíduos é intermunicipal…Em relação ao Vereador, tenho muitas dúvidas sobre o que ele refere….Pergunto eu, terá o EMAS verbas para o investimento que é necessário fazer nas suas infra-estruturas? Não o tendo, conseguiria ele aceder a fundos comunitários no QREN?

  2. nikonman diz:

    @freerider- “A população (…) não se interessa se o sistema é inter, multi ou outra coisa qualquer, quer é um serviço de qualidade com água na torneira.” A que acrescento: paga por quem a gasta, sem cor, sem sabor e sem cheiro. A população gostaria, à imagem do que se passa noutros países, poder abrir a torneira para beber um copo de água, sem ter que recorrer aos tradicionias garrafões de 5L que enchem os bolsos desse fabuloso negócio, que é a agua engarrafada.
    Tal como afirmei na Assembleia Municipal, a gestão das águas é uma matéria da fronteira político-ideológica, apesar de não o parecer. E, assim sendo, são tomadas opções que, obviamente, encontrarão ecos concordantes ou discordantes, conforme o posicionamento de quem as analisa. No meio disto tudo o que eu acho estranho é que, em Portugal, são cada vez mais os municípios que se recusam a participar na gestão intermunicipal, mas no Distrito de Beja, teimosamente, há quem não abdique desta fórmula. Não será por opção política?

  3. DarthLion diz:

    È claro que a privatização do sector das águas, tal como a união Europeia, defende, é bem melhor.

    Funcionaria assim a livre concorrência de uma única empresa(só pode haver uma – monopólio natural)

    Escolhida certamente por um concurso publico muito imparcial, a que já estamos habituados neste país.

    A união Europeia, no alto da sua “imparcialidade”, defende que a melhor forma de racionalizar o uso da água, é transformando em negócio, um sector onde não existe possibilidade de concorrência.

    O benevolente PSD , com a ajuda dos beatos do CDS, tentou, num governo de gloriosa memória, implantar o negócio. Com certeza a pensa nos cidadãos, claro.

    Vi na TVE há uns tempos, um documentário sobre os negócios da água.

    Na Bolívia, o sector tinha sido privatizado, mas havia muitas famílias que não tinham posses para pagar a ligação e as taxas combradas pelas empresas privadas.

    Mostraram uma família que tinha a cetral de tratamento a 100m de casa, mas que tinha de ir a um poço insalubre, a 5km de casa porque não tinha dinheiro para pagar as taxas de ligação.

    Viva a neutralidade poilítica
    Viva o pragmatismo ideológico
    Viva o capitalismo.

    Vi num filme uma frase de um guerrilheiro muito boa.

    “o povo só pensa quando tem fome”

    neste caso tambem será sede

  4. freerider diz:

    A “escolha” entre os dois sistemas é meramente politica, sem dúvida… Em relação, a existirem concelhos a abandonarem o intermunicipal é verdade (muitos deles praticamente obrigados pelos sucessivos entraves aos intermunicipais), tal como o inverso também é verdade, temos o caso dos Municipios do Oeste…

  5. veneranda diz:

    segundo o que o povo diz parece que esse caixinha é que está segurando a barra,se é assim era optimo em cada terra existir um caixinha igual,só assim isto ia para frente pá…

  6. nikonman diz:

    Até parece que estou a ver quem está a comentar pá!

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