Fev 02 2007
Sim, talvez e não
(crónica publicada no Correio Alentejo de 2/02/2007)
SIM – decididamente, mas sem a arrogância dos que apresentam certezas absolutas e argumentos que consideram inabaláveis. Apesar das várias tentativas em sentido oposto, não devemos desviar as atenções do que está efectivamente escrito na questão a referendar. E aquilo que se pergunta aos portugueses é: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?” A questão não é se se deve ou não concordar com o aborto. Ninguém, no seu perfeito juízo, andará por aí a fomentar ou a defender que as mulheres devem praticar a IVG. Também não acredito que uma mulher que o pratique o faça de forma leviana, como quem bebe um copo de água ou compra um telemóvel. Igualmente não me parece aceitável que se coloquem à volta do referendo questões do foro religioso e/ou político. Muito menos me parece que a questão a referendar tenha a ver com moral, moralidade ou decoro. Não aceito que me imponham padrões morais e recuso adoptar os ideais da moralidade alheia. No dia 11 de Fevereiro vou votar SIM, porque considero que uma mulher que se viu obrigada a interromper uma gravidez já sofreu demais para que tenha ainda que se sujeitar a uma sentença ditada por um tribunal. Voto sim e estou na plataforma “Beja pelo Sim”, um movimento que engloba gentes de vários credos religiosos, de vários quadrantes políticos, de todas as faixas etárias e de diferentes estratos sociais e categorias profissionais. Não necessitei de despir a minha camisola de militante do PSD assim como outros não necessitaram de ocultar as suas filiações partidárias. Soubemos, isso sim, deixar de lado aquilo que nos divide e convergir no que nos une. E que é, agora, a defesa da tolerância e da liberdade de escolha, aliada à vontade de viver num País que não transforme em criminosas as mulheres que, em condições pouco saudáveis, se vêem obrigadas a recorrer à Interrupção Voluntária da Gravidez.
TALVEZ seja desta que o projecto do aeroporto de Beja vá mesmo para a frente. Depois de anos de grandes anúncios, após tempos atribulados de administrações nomeadas por interesses puramente partidários e para satisfação das respectivas clientelas, o acto simbólico do lançamento da 1ª pedra do empreendimento vem dar um novo alento ao projecto e um novo ânimo a todos os que consideram o Aeroporto de Beja uma obra imprescindível para o desenvolvimento da cidade e da região. Sou um pouco céptico em relação à teoria do “triângulo” Sines-Aeroporto-Alqueva. Considero-os projectos importantes mas não únicos. Isto é, não me parece que devamos estar à espera da conclusão destes programas para que se possa dizer “agora, sim, temos uma região desenvolvida”. O desafio é ser inovador, encontrar soluções para, primeiro, fixar as pessoas nas nossas cidades, vilas e aldeias. Simultaneamente cativar empresas para que aqui laborem, oferecendo-lhes condições fiscais atractivas, simplicidade e rapidez nos procedimentos administrativos. As autarquias têm aqui, mais uma vez, papel relevante. Saber aproveitar a excelência deste território alentejano não é tarefa fácil. Mas, se algumas autarquias abandonarem as suas teimosas políticas de só olhar para o presente, talvez ainda se vá a tempo de salvar o futuro.
NÃO se faz aquilo que a Câmara Municipal de Cuba fez. Para anunciar os seus tradicionais festejos carnavalescos, apropriou-se de fotografias da minha autoria, que tenho publicadas no meu blogue Praça da República (http://www.pracadarepublica.weblog.com.pt/ ), referentes ao corso de 2006, e inseriu-as no seu site oficial sem indicação da fonte ou do nome do autor das referidas imagens. Apesar de dois e-mails que enviei e de um telefonema – onde um técnico daquela autarquia me revelou o nome do autarca que lhe havia “fornecido” as fotografias – nenhum responsável daquela casa teve a humildade de pedir desculpa pelo “involuntário roubo”, o que demonstra bem em que conta se têm alguns responsáveis políticos.
Se já é reprovável que se andem a surripiar fotos da Internet, que depois se publicam em páginas particulares sem referência à fonte, muito mais condenável é quando esse roubo parte de entidades oficiais.
Bastava-lhes um simples telefonema e eu ter-lhes-ia oferecido as fotografias. Assim, envergonhadamente, retiraram-nas do site e assobiaram para o ar.
Assim, não!
2 de Fevereiro de 2007 às 13:37
Estou inclinado para votar NAO, pois acredito que quando o SIM ganhar a prática do aborto se banalizará.
Penso que se poderia fazer as coisas de outra forma como dar apoio às mulheres principalmente as mais jovens onde penso ser mais comum estes problemas.
Penso também que a moral deve estar sempre presente nas nossas mentes para que não se percam valores fundamentais para a nossa vida em sociedade.
Já agora alguém me pode dizer porque é que se eu sentir a necessidade de interromper voluntariamente a minha vida, por vários motivos, me podem considerar criminoso?
Acho que não me devem apoiar nessa decisão, mas sim ajudar-me para que possa ultrapassar as minhas dificuldades, apesar de em certas situações, o mais humano a fazer seja concordar com o suicídio / eutanásia.
Nenhuma mulher deve ser considerada criminosa por abortar, isso me faz vacilar.
O pior é que não nao acredito que este Governo vá fazer uma lei justa e que ao mesmo tempo nao banalise o aborto.
Se calhar, nem sim, nem não! Vou votar mas abstenho-me.
2 de Fevereiro de 2007 às 14:15
Pois eu voto NÃO!
Se sou contra a pena de morte como poderia votar sim? E, já agora, se querem despenalizar o aborto, porque não o despenalizam até aos 9 meses? Até às 10 semanas não seria crime, mas às 10 semanas e 1 dia já é?!
Se as mulheres que fazem os abortos tivessem 2 deditos, que fosse, de testa, depois da “quequa” dirigiam-se à farmácia e compravam a pilula do dia seguinte e tava o problema resolvido!
E digo mais, em portugal a população está em acelerado envelhecimento, faltam pessoas novas, e o que propõe o nosso Primeiro? Simples – fecha-se maternidades e abrem-se clinicas de aborto!
E o falso problema do aborto ilegal irá sempre ocorrer! ou pensam que a mulher que o quer fazer depois das 10 semanas de gestação não o faz?
2 de Fevereiro de 2007 às 14:50
Pois eu fico muito satisfeito por saber que há muita gente do lado do PSD a pronunciar-se pelo SIM.
Quando, antes do referendo de 1998, a lei foi votada na Assembleia da República, apenas 3 ou 4 deputados do PSD alinharam pela despenalização.
Parece-me saudável para a nossa democracia que em certas questões o Bloco Central esteja dividido segundo a consciência individual e não segundo os interesses do grupo.
2 de Fevereiro de 2007 às 15:05
O aborto ilegal não é um falso problema! Ele existe! Muitas vezes sem condições e com sérios riscos de vida para a mulher.
Tem que se combater o aborto sem condições, promover a vida e ensinar as crianças que o sexo não é um rebuçado. Deve ser encarado de uma forma responsável.
2 de Fevereiro de 2007 às 17:24
É isto que se discute aO jantar dos portugueses? É isto que milénios de civilização fizeram aos homens?
2 de Fevereiro de 2007 às 17:33
@ José Carlos
Tamanha intolerância e arrogância deixa-me triste e assustado. Nem sei porque lhe respondo
2 de Fevereiro de 2007 às 18:35
Ah… com o anterior até me esquecia… mais um bom artigo Nikonman.
Bom fim-de-semana
2 de Fevereiro de 2007 às 18:41
@pontapé – muito obrigado.
2 de Fevereiro de 2007 às 19:02
SIM – Subscrevo tudo o que o “pontapé na lógica” escreveu. Porque sou pela vida voto SIM. Prefiro que se salve uma vida a que se percam duas.
TALVEZ – Nikonman, acabei de ouvir que o alentejo vai ser invadidos pelos chinesas (junto à construção do aeroporto).
NÃO – A CM de Cuba já mandou abrir um inquérito para apurar responsabilidades :)))
2 de Fevereiro de 2007 às 19:07
@maria – chinesAs?
2 de Fevereiro de 2007 às 20:00
@ pontapé na lógica
Caro Sr
Permita-me exclarecer-me melhor e responder-lhe às questões que me coloca.
ponto 1 – Concordo com a lei em vigor, apenas alterava a pena da mulher (para deixar de dar prisão), mas incluia uma grave pena à “parteira” – n sei k outro nome lhe chame…. Por outro lado, V. Exa desconhece a Lei em vigor, pois ela prevê a IVG em casos de violação, grave deficiencia, perigo de vida para a mãe ou feto, etc http://www.apf.pt/leis/lei04.htm
ponto 2 – a IVG seja por processo fisico, ou quimico é sempre IVG! A pilula do dia seguinte não vai matar ninguém, sabia? pois devia informar-se – eu ajudo – http://piluladodiaseguinte.no.sapo.pt/
ponto 3 – Embora não me recorde, penso ter resultado de uma quequa! pois, com a minha idade, não existia tecnologia para efectuar uma inseminação artificial!
Ponto 4 – Já tenho a minha parte, sabia? do meu primeiro casamento tenho um rapaz de 15 anos! Do segundo não tive filhos pois a minha mulher é esteril, assim, fui adoptar uma criança, numa instituição.
ponto 5 – Sim, falso problema! e é falso porque nunca deixará de existir? ou o senhor pensa que se o sim ganhar, as mulheres com uma gravidez de 11, 12, 13 etc semanas de gravidez deixarão de procurar essas “parteiras”???? pois eu também acreditei que o pai natal existia…. já lá vão kuase 40 anos que deixei de acreditar…
ponto 6 – Se acredito? tenho a certeza! ou apontam-lhe uma pistola às costas?
Tenho uma rapariga amiga que abortou à uns anos… nem imagina os remorços que ela hoje sente… A angustia de tar MATADO o seu próprio filho, e de hoje todos os dias perguntar-se como teria ele sido, olhos verdes ou castanhos? menino ou menina?
Por isso defendo, o aborto é identica à pena de morte, a condenação é que é sumária e sem direito a recurso nem apelo…. parece-me triste não acha!”
Cumprimentos e disponha sempre. A discussão faz-nos evoluir!
2 de Fevereiro de 2007 às 20:03
Nikonman, eu queria mesmo dizer chineses, em geral, mas provavelmenta também irão algumas chinesas :))
2 de Fevereiro de 2007 às 21:03
@ José Carlos
Só mais duas questões:
Não questiono a sua posição. Se acha que é NÃO, seja! Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de o chamar à atenção para algumas incongruência no seu raciocínio.
Relativamente ao ponto 1, a minha questão era: Porque motivo os intransigentes defensores da actual lei como você
2 de Fevereiro de 2007 às 21:48
@ pontapé na lógica
É pertinente a sua primeira questão. Na verdade custa-me aceitar que não se permita viver a um feto que tenha má formação. Ainda assim, aceito-o melhor pois sei, tenho essa consciencia, que a sua qualidade de vida seria, no minimo, sofrivel! também os pais duma criança assim, teriam muito menor qualidade de vida face aos cuidados que a criança necessitaria. Mas concordo consigo, que deveriam ter direito à vida. Ao contrário do que afirma, não sou “assumidamente pró vida” pois nunca entrei, nem entrarei, em radicalismos ou fundamentalismos de qualquer especie. Aliás, digo-lhe mais! Concordo muito mais com a legalização da eutanasia do que do aborto. Ao menos que possamos decidir da nossa própria vida, não da vida de outrem!
Quanto à citação que me faz do
2 de Fevereiro de 2007 às 22:19
Acho que já te tinha dito isso. Para quem não queria fazer campanha, estás a falar muito bem. Mas o quê é que te levou a mudar de atitude? Nada contra do que estás a fazer, também faço campanha, mas pelo não, como sabes.
E mais uma vez, estamos de lados opostos nessa questão, noutras estamos do mesmo lado, e, claro, amigos como dantes….
3 de Fevereiro de 2007 às 0:11
Eu continuo na minha…
Todos têm razão, mas não sabem nem porquê.
Só quem não sabe nem imagina a dor do que é passar por uma situação destas é capaz de falar tão descontraidamente sobre o aborto.
Queira Deus que os radicais do sim como o “pontape na logica” nunca passem por uma situação dessas, pois se passassem talvez a opinião deles deixasse de ser tão radical.
A voz da experiência dita que o trauma não abandona nunca a cabeça de kem o pratica. Apesar de na altura parecer o mais acertado, mais tarde vira-se um trauma e fica sempre no ar o que poderia ter acontecido na eventualidade de ter havido apoio para ke o aborto nao tivesse acontecido.
Um aborto é um pesadelo!
As POBRES CRIATURAS que julgam sem fazer ideia do sofrimento dão-me pena!!!!
NINGUÉM manda nas mulheres, elas são criaturas como os homens, independentes e donas do seu corpo.
Estão também obrigadas a uma maior responsabilidade que os homens. Devem pelo menos ser educadas assim. Pois um homem pode ter sexo com elas e esquecer o dia, enquanto elas podem ter que viver com isso o resto da vida.
Apelo que todos se abstenham no dia do referendo.
Para que o governo veja que é um assunto que interessa a todos, mas que precisa alguem com “tomates” para que a atitude mais correcta seja tomada.
1. Despenalizar as mulheres que abortam.
2. Criar condições para quem aborta
3. Não promover o aborto e APOIAR as mulheres que se encontram na delicada situação da dúvida de matar ou não o seu filho.
Cada palavra que leio ou oiço da parte dos apoiantes do SIM/NÃO mais me convenço que o meu voto vai para o NIM
3 de Fevereiro de 2007 às 0:51
nã posso crer! “A vida tem mais cores do que aquela que você vê!” quais são elas? vermelho? vermelho clarinho? vermelho escurinho? vermelho baço? vermelho morto?
3 de Fevereiro de 2007 às 10:53
Uma Coisa deve ser esclarecida sobre este referendo.
A questão em debate não é se estamos a favor ou contra o aborto.
Como seres humanos todos estamos contra o aborto, quer votemos sim
, quer votemos não no dia 11.
A questão em debate é se a lei actualmente em vigor é útil no combate ao aborto. E se concordamos com a lei alternativa proposta.
Os senhores jornalistas, como profissionais, deviam ter mais brio e referir o assunto nos termos correctos.
Todos estamos contra o aborto. O que estamos a discutir é a eficácia de uma lei, e não se somos a favor ou contra o aborto, tal pergunta seria uma estupidez.
São estes comodismos no discurso, mediatismos e por vezes interesses escondidos, dos senhores jornalistas, na abordagem dos assuntos, que induzem as pessoas em erro.
Sobre a actual Lei
Esta lei é de 84 , e tem quase 23 anos de aplicação. E duas perguntas ficam no ar.
Esta lei tem combatido o aborto ? Não.
Então porque não tem evitado a pratica de aborto ?
Porque as jovens não o fazem de livre e espontânea vontade.
São colocadas numa situação de pressão de tal forma insuportável, que não tem outra alternativa a não ser de forma ilegal, apesar da actual lei prever penas pesadas.
Outra coisa sobre esta lei, é que tem um efeito perverso, muito grave.
Coloca em sério risco de vida as mulheres que tentam abortar, forçando-as a procurar clínicas ilegais, que não tem as mínimas condições, provocando a morte de algumas dessas mulheres.
Volto a perguntar, vale a pena manter uma lei que tem como consequência a morte de mais seres humanos (Mãe e feto)?
Deixo esta pergunta para aqueles quem gostam tanto de se usar o slogan que é a favor da vida.
Quanto á questão sobre a partir de que momento temos um ser humano ou não.
Para mim, a partir do momento da fecundação, ou seja que existe um ADN humano completo. O que lá está é um ser humano, único e com o direito a viver, como todos nós.
E que toda a conversa sobre se tem sistema nervoso, se tem sentimentos ou não, é uma conversa de gente idiota.
A questão não é se estamos a favor ou não do aborto, todos estamos contra o aborto.
O que devemos é combater as causas, e não o efeito.
Devemos educar sexualmente os nossos jovens, com aulas de educação sexual na escola.
Devemos facilitar o uso de sistemas contraceptivos, tornar os preservativos mais baratos, por exemplo.
Devemos apoiar as jovens grávidas.
Devemos mudar a atitude da sociedade. Por exemplo, punir severamente os patrões que perseguem as funcionárias pelo facto de terem engravidado. Isso sim, um crime hediondo.
E se mesmo assim essas mulheres não quiserem a criança, tentar salvar aquele ser humano, facilitando a adopção.
E nisto ambos os lados estão de acordo
O lado do sim apenas acrescenta o facto de que , se todas essas medidas falharem, devemos proteger a vida da mulher, no caso de ela mesmo assim querer abortar.
E é essa a questão.
Podemos votar sim porque achamos que a lei não funciona e porque achamos que a nova lei é melhor.
Podemos votar não porque achamos que a actual lei é a melhor.
Podemos votar não porque achamos que a nova lei não é a ideal, mas que a alternativa proposta não é melhor.
E apenas essa a questão.
Não é o facto de sermos ou não a favor da vida.
Não é o facto de sermos a favor ou não do aborto.
É apenas a utilidade da lei actual, e se concordamos ou não com a alternativa proposta.
Eu voto Sim
Porque penso que a nova lei não é a ideal , mas é bem melhor que a actual.
3 de Fevereiro de 2007 às 10:58
Peço desculpa pelo testamento, mas depois de ler o texto do nikoman, achei interessante mostrar este texto que eu já tinha escrito.
E que apenas aguardava oportunidade para ser mostrado.
@Nikoman, neste ponto temos muitas concordancias.
3 de Fevereiro de 2007 às 11:09
Caro José Carlos
Acho interessante essa atitude que tem para com as mulheres
Se você concorda com a manutenção da actual lei, então essa sua amiga, na sua opinião deveria estar a cumprir pena de prisão.
Por um lado querem a punição das mulheres, por outro lado mostra pena pela situação delas.
Perdoe-me mas isso é uma atitude hipócrita, típica de uma seita de fundamentalistas religiosos, que pede ao estado que imponha os seus padrões morais aos outros. Mas que depois se mostram muito tristes com a situação em que esses seres humanos foram colocados.
Tal como uma pobre desgraçada em Ferreira do Alentejo, que foi lapidada até á morte e depois santificada pelos seus asquerosos assassinos.
3 de Fevereiro de 2007 às 11:41
Quanto a mim.
Não tenho filhos. eu e a minha mulher estamos a tentar há quatro anos ter um.
Andamos numa clínica de fertilidade em Cascais.
Até agora já lá vão mais de mil contos, sem garantia de dar certo.
A minha mulher passou as ultimas duas semanas a injectar-se com produtos para estimular a produção de ovo los.
Já nos doí o coração cada vez que vemos bebés rechonchudos.
No dia 11, eu e a minha Mulher vamos votar SIM.
No dia 12 vamos a Cascais para tentar uma ICSI (650 contos)
Sabemos bem o que vale a vida, mas não temos o direito de condenar mulheres, que passam por dramas terríveis. pelo facto de todos nós como sociedade termos falhado em apoialas.
3 de Fevereiro de 2007 às 19:29
@ DarthLion
Meu caro, antes de mais desejo-lhes as maiores felicidades nesse desgastante processo que está a viver. A maior sorte do mundo para si.
Todos temos direito a ter a nossa opinião, desde cedo me habituei a pensar por mim, e nunca me deixei levar em “campanhas eleitorias” – pese embora, jovem inocente, tenha participado em algumas – por isso o meu NÃO é consciente, como – estou certo o seu SIM também o será para si.
Em conciência, e em coerência com toda a minha vida e o meu livre pensamento voto não!
Bem haja e boa sorte
5 de Fevereiro de 2007 às 14:28
Bom, já me tinham chamado muitas coisas, mas