Dez 06 2006
DEPOIS NÃO SE ADMIREM
Vou lendo por aí os argumentos.
O mais estranho é que os do NÃO argumentam contra os do SIM e estes atacam os outros.
Importam-se de argumentar a favor das causas que defendem em vez de estarem a atacar as causas do outro lado?
É que, assim, no dia 11 de Fevereiro, os portugueses vão argumentar com a abstenção.
Depois não se admirem!
6 de Dezembro de 2006 às 13:48
As pessoas são mesmo assim…. poucochinhas poucoxhinhas. Não têm capacidade para mais nem argumentos para a causa. Apenas argumentos por causa. E o melhor, é que por causa disso que as coisas são como são.
6 de Dezembro de 2006 às 14:04
Este assunto acende sempre calorosas guerras de palavras. Moralistas e oportunistas aparecem de todo o lado advogando tudo e mais alguma coisa.
Sejam esclarecidos e esclarecedores sobre o assunto para que a “malta” vote com o máximo (possível) de convicção.
6 de Dezembro de 2006 às 14:53
Com data venia, remeto para o que escrevi, onde me aproximo desta opinião http://ireflexoes.blogspot.com/2006/10/aborto-longo-e-chato.html
6 de Dezembro de 2006 às 16:08
Como leitor do meu blog que és, sabes bem que sou a favor do não. Não uso argumentos disto ou daquilo, nem contra de ninguém. Sou apenas a favor da vida! Isto tem algum mal???
Sim à vida porque gosto de tudo que tem a ver com vida. Gosto de plantas, até tenho pena de arrancar ervas à frente da minha oficina. Adoro árvores, outra forma de vida, tão maltratada aqui no Alentejo. Faço parte (cada vez mais) activa da Associação Cantinho dos Animais de Beja. Adoro cães, portanto. No topo, claro, a vida humana. Sou totalmente contra toda e qualquer violência, e tirar um feto é uma violência contra a vida humana, e a pior de todas: a morte.
Agora, podem estar descansados, o sim vai ganhar. A abstenção é que é um problema, assim como as listas eleitorais desactualizadíssimas….
Ainda falta referir outra questão, outro descanso para todos: Não posso votar, sou estrangeiro….
6 de Dezembro de 2006 às 17:50
“Sozinha, parou. Olhou, mais uma vez, para trás. Para a fachada daquela casa fria onde deixou, para sempre, parte de si. Torturada, com o corpo dorido e a alma esventrada, seguiu. Uma lágrima bravia rolou pelo rosto jovem, quase infantil, em troca de um soluço abafado.
6 de Dezembro de 2006 às 20:21
Esta discussão nem devia estar a acontecer hoje.
Como tantas outras leis que entram em conflito com a moral de muitos. Têm de ser tomadas, por muito duro que seja, por muito que custe a alguns, se assim não fosse, estagnávamos.
Dito isto acrescento:
se não fossem uns iluminados a quererem brincar aos referendos, já esta questão estaria resolvida, e esquecida. Tinha-se poupado dinheiro ao estado e não andaríamos ás turras uns com os outros.
Sobre a minha opinião, sou a favor da mudança da lei actual, até porque é um assunto controverso, em que a fronteira que define o momento em que um conjunto de células é uma vida humana, varia de acordo com os princípios morais de cada um.
Logo não devemos impor aos outros a nossa própria moral, e deixar cada mãe decidir por si, de acordo com a sua própria moral.
6 de Dezembro de 2006 às 22:24
Sem hesitações, sou pelo SIM. Julgo já ser tempo de se resolver uma questão que qualquer país desenvolvido da Europa já resolveu há bastante tempo e deixar à mulher (e ao homem) decidirem de livre consciência sem que tenha que ser enxovalhada publicamente num tribunal, ou ir a Badajoz (aqui tão perto geograficamente, mas tão longe…)
7 de Dezembro de 2006 às 0:32
Esta questão está mais que discutida até já cansa, eu não vou votar porque é uma estupidez este referendo, já se votou para a Assembleia da República os deputados deveriam votar a lei.Mas em Portugal gosta-se de brincar aos votos.Mas é claro que sou pela despenalização.
7 de Dezembro de 2006 às 11:42
Zig: se a vida fosse assim tao simples…
peco desculpa por estar a promover outro blog dentro de um blog, mas vai ver o “gloria facil” e ve a complexidade da questao
ja tive numa situacao dessas,embeja,acho q o local ainda esta aberto, vejam perto da ARS, ha 1 antiquario, e depois uma placa preta…14 anos depois ainda funciona
sou pelo SIM claro estamos no sec. xx1 e a lei vigente e completmente retrograda e ultrapassada
E as mulheres deste blog,nao tem nada a dizer??
7 de Dezembro de 2006 às 12:16
Tens toda a razão.
Eu já estou imune a essas campanhas. Passam-me ao lado, já criei resistência a esses discursos.
Não me vou abster, vou votar SIM.
O respeito que tenho pelas mulheres não me permitiria outra atitude. Quero responsabilizá-las pelos seus actos. Quem sou eu para impôr o que quer que seja às mulheres? Quem sou eu para lhes passar um atestado de menoridade?
Não quero condicionar a vida íntima de ninguém, e faço-o com a mesma convicção como quando espero o mesmo em troca.
Além disso, em 1998, votei NÃO.
Arrependi-me, evoluí, reconheço o meu erro.
Dia 11 de Fevereiro vou redimir-me, passando um atestado de maioridade às mulheres do meu país.
7 de Dezembro de 2006 às 23:12
Tem toda a razão. O filme começa a repetir-se. E como qualquer sequela costuma ser pior do que o original.
Bom feriado!
7 de Dezembro de 2006 às 23:15
Assumam-se! Deixem-se de discursos vazios! Qual é a opinião do dono do blog?
8 de Dezembro de 2006 às 1:06
ó coerente, isso é mesmo de quem “sofre” de síndrome pidesca. está mesmo interessado em saber qual é a minha opinião? leia o que já aqui escrevi, que não acho necessidade de repetir, apesar de ter sido há quase 3 anos. para além disso, quem comigo lida sabe qual a minha opinião, que não sinto, também, necessidade de lha explicar, a si, que não conheço de lado nenhum e a quem só reconheço a permanente intenção de me chatear e de se assumir como um militante activo do “discurso vazio”.
9 de Dezembro de 2006 às 0:13
Quanto à sindrome “Pidesca”, julgo que posts como o sobre a “comunidade gay” de Beja dizem tudo! Se eles se sentem felizes assim deixe-os em paz, desde que não se metam connosco. Quanto à sua opinião, que pelos vistos já deu há três anos, a sugestão foi feita no sentido de marcar uma posição como é feito em outros blogs. Da minha parte, já dei a minha assinatura ao Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim (MCRS). Se estes assuntos não forem falados é que se corre o risco de existir abastenção. De qualquer forma, registo a sua resposta muito democrática!
9 de Dezembro de 2006 às 9:29
@coerente –
1 – não sei o que é que os “post” sobre os gays têm de pidesco. Não obrigo, nem tão pouco sugiro, que se revelem quem o é. Mas você precisa de saber o que é que eu penso sobre a IVG (como quem diz, deixa cá ver este gajo de que lado é que está).
2 – Repito que não vejo necessidade de as pessoas andarem constantemente a dizer que são a favor ou contra. Até porque se eu disser que vou votar “sim”, que subscrevi a criação de um Movimento pelo sim, não estou a esclarecer ninguém, pois não sou líder de opinião nem de nada.
3 – O que eu julgo deveria ser discutido – e esclarecido – é o que é que se vai fazer ao “sim” se mais de metade dos portugueses ficar em casa. Legisla-se ou não? E esta questão ainda não a vi discutida como deve de ser. Anda tudo muito mais preocupado em atacar os que estão do outro lado, e nessa campanha eu recuso-me a entrar.
Espero que esta explicação seja mais democrática que a minha anterior.
9 de Dezembro de 2006 às 12:00
@ Nikonman,
Quanto ao primeiro ponto, foi você quem escreveu aqui, em 1 de Junho deste ano: “Tenho que ir ver a la movida da mata. Vou, vou!”. Portanto classifique como queira. Será “voyeurismo”? De qualquer forma, parece-me que não fica bem, sobretudo para quem invoca, a todo o momento, a cultura Berlinense!
Quanto à sua opinião sobre a IVG, foi você que há três anos disse que voltaria ao assunto!
Quanto ao esclarecimento, a viabilização de um movimento cívico visa isso mesmo!
A questão que coloca no último Post (o que fazer caso mais de metade dos portugueses ficarem em casa) penso que foi amplamente discutida no Congresso do PS (partido que tem maioria absoluta), pelo que o que importa agora é tornar o SIM vencedor!
9 de Dezembro de 2006 às 12:43
@coerente – por partes:
1 – não tenho preconceitos relativamente às opções sexuais de cada um. Tenho amigos gays e sei o que eles pensam sobre a “la movida” da Mata. Não lhe passará pela cabeça que eu vou à mata por-me à espreita para ver quem são os “brochistas” e “punheteiros” da cidade, pois não?
2 – A cultura berlinense está a anos luz (à frente) da que prolifera pela restante Europa. Nem vale a pena comparar seja o que for com Berlim. Basta passar por lá para perceber o que lhe quero dizer.
3 – “A questão foi amplamente discutida no Congresso do PS”. Então para que é que serve o referendo? A Democracia não pode funcionar dessa forma, sob pena de ninguém, no futuro, desejar participar num acto inconsequente ou que subvertido às maiorias absolutas. E, repare, esta questão pode levar muita gente a ficar em casa.
Bom fim de semana!
22 de Janeiro de 2007 às 21:45
o padre de almodôvar foi á graça de padrões fazer a missa e no final disse para os presentes votarem Não no referendo do aborto, e uma senhora que lá estava disse de imidiato EU VOTO SIM! então o padre com muito bom jeito disse-lhe a senhora não devia dizer isto aqui! e ela respondeu: AQUI NA CASA DE DEUS NÃO POSSO MENTIR, E EU ESTOU A DIZER A VERDADE! assim terminou a missa na graça de padrões com uma mulher corajosa a dizer o que pensa. deixando o padre sem resposta.
EU TAMBEM VOTO SIM