O blogue hi5porcas morreu. Fechou as portas. Esse êxito editorial – contra o qual todos escreveram pelo menos uma linha – ultrapassou as 5 milhões de page views e os não sei quantos milhões de visitantes.
Morreu e toda a gente sabia que ia ser assim. Transportando para um blogue as fotografias das meninas que se expõem no hi5 e chamando-lhes porcas, já se sabia que o resultado não seria outro que o encerramento da loja. Se as tivesse tratado por princesas a história seria outra.
O blogue hi5porcas teve percurso inverso ao desses blogues onde as suas autoras descrevem as fodas que dão, ou gostariam de dar, como as dão, onde as dão e com quem gostariam de as dar, e depois transformam as suas fantasias em livros – sucessos editoriais – vendidos às carradas nas prateleiras dos hipermercados. Ainda há dias lia um desses relatos, uma queca rápida num restaurante e o regresso à mesa do jantar, sem transparecer a traição, sem que o marido desconfiasse – o que dá à literatura um ar mais literato – mas, o mais interessante é que o marido também tem um blogue e descreveu os sms que trocou com uma das amantes enquanto a sua mulher mudava o penso na casa de banho do restaurante. Ela também não terá desconfiado de nada!
Enfim, o hi5porcas morreu mas, felizmente, não morreram com ele as suas protagonistas.