Out 23 2006

AS “URBANAS” DE BEJA

Publicado por as 21:50 em A minha cidade

Mais tarde ou mais cedo o assunto teria que se colocar: a empresa que explora os circuitos das carreiras urbanas de autocarros exige da Câmara Municipal de Beja uma verba que esta considera não ter capacidade para suportar.
Sabe-se há muito que as “urbanas” servem um sector muito diminuto da população bejense. As razões para que os bejenses ignorem este meio de transporte são conhecidas de quem, ocasionalmente, necessita deste serviço: tempos de espera muito longos, circuitos muito longos para tão poucos autocarros, um plano pouco acessível, repartido por circuitos onde não se percebe a lógica.
Explico: quero ir da Escola de Santiago ao Jardim do Bacalhau. Aquilo que de carro é simples, torna-se complicado. Primeiro tem que se descobrir qual a urbana que tem o trajecto mais rápido. Quando se pensa que é aquela que nos leva directamente onde queremos, descobrimos que não. Por aqui e por ali, um percurso de 5 minutos transforma-se num passeio turístico. Só o usa quem não tem horários a cumprir ou sai de casa com a antecedência suficiente, que nalgumas ocasiões pode rondar os 15 a 20 minutos, a que vai somar os 10 ou 15 minutos do percurso.
É obvio que, assim, as carreiras não servem nem as populações nem as empresas que as exploram.
Já pensaram em privatizar o serviço?

carreiras_frota_img1.jpg

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4 Resposta a “AS “URBANAS” DE BEJA”

  1. zig diz:

    De facto, já há muito tempo que estou admirado como é que as Urbanas em Beja são sustentáveis. Até pensei que era um serviço da CMB, é que olhando para o número dos passageiros que só é maior em hora de ponta, ou seja, no início da manhã e no fim da tarde. Fora destas horas, e principalmente aos Sábados, estão “às moscas”. Privatizar? Penso que não. Restruturar? Sim, mas num tecido urbano tão estreito e em combinação com as ruas de sentido único acho difícil. Portanto, quem tem uma solução mágica? Ninguém! Deve ser o fim das Urbanas….

  2. charlie diz:

    Eu pensava que o serviço era privado. Não sou dos que acredita na guerra de competencias entre um e outro sector.
    Só acredito na competência ou na seu complemento matemático, esse que nos saiu, para mal dos nossos pecados, na rifa.
    Eu corroboro de todo o post do senhor da Nikon. Quando em tempos ia levar o meu filho á escola de carro pensei em testar o serviço.
    Resultado; em vez dum serviço de 3 minutos com sentido e lógica radial, ( da periferia para o centro e vice-versa), assistia-se ao passeio turistico á volta da cidade com a agravante de essa carreira consumir 35 a 40 minutos fazendo com que os alunos do meu sitio chegassem sempre tarde ao establecimento de ensino.
    Sabem o que aconteceu perante as sugestões dadas?
    Nada.
    Ou seja, os complementos da competencia, em vez de modificar o conceito de transporte publico rápido e directo, acharam por bem etiquetar-nos de mentecaptos e assim um autocarro que ia inicialmente cheio passa vazio e vazio segue para a sua volta turística passeando a sonolência do condutor e uns quantos passageiros de rostos tomados pela mesma índole.
    Dá prejuizo?
    Ah pois dá!
    Só pode dar.
    Mas o que importa isso quando quem manda, manda bem?

  3. bejense diz:

    eh pa nao sou um magico do planeamento, mas em vez de horarios formais, pq nao tentar faze-las partir 5min depois de cada comboio q chega a beja e de cada

  4. RCataluna diz:

    Urbanas? Acaba por sair mais barato e mais rápido… andar a pé!

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