Set 28 2006
A ESCOLA QUE QUEREMOS
Uma célula do PCP – dedicada aos assuntos da cidade – organiza num dos próximos dias, em Beja, uma sessão de esclarecimento sobre as grandes mudanças operadas no 1º ciclo do Ensino Básico no ano lectivo 2006/2007.
Chamam-lhe “A Escola que queremos”!
Calculo que irão falar nas mudanças de instalações a que sujeitaram as crianças, por não fazerem o que lhes compete a tempo e horas, presumo que proponham que todas as crianças passem a, obrigatoriamente, frequentar as actividades levadas a cabo pelos “Os Pioneiros de Portugal”, suponho que avancem com a proposta de ensinar a criançada a, logo pela manhã, cantar o hino “A Internacional” (De pé, ó vítimas da fome! De pé, famélicos da terra!) e, por fim, apoiem uma revisão curricular, que contemple uma disciplina diária onde os futuros homens de Portugal aprendam a fazer greves, manifestações e qualquer coisa que seja contra os governos democraticamente eleitos.
Aguardemos, pois, as conclusões de tão importante sessão de esclarecimento.
28 de Setembro de 2006 às 12:27
Porra, que tu és implacável, pá!
Ainda não parei de rir com os “famélicos da terra” (que raio de termo…).
Agora a sério: o que mais me preocupa (e tenho discutido isto com outros democratas anti-comunistas), é a lavagem cerebral que fazem às crianças desde tenra idade.
Os putos crescem a ouvir a propaganda populista, panfletária e vivem neste circuito fechado onde não há lugar ao cruzamento de informação (a que é veiculada pelo “inimigo imperialista e opressor” é devidamente manipulada).
Os comunistas podem viver num mundo só deles, mas lá que sabem “tratar” a informação, disso não haja dúvidas.
28 de Setembro de 2006 às 12:42
@chico – esse “famélicos da terra” não é pior do que o “nós somos um rio”, que o Dias Loureiro escreveu para o meu PSD! 🙂
28 de Setembro de 2006 às 12:48
Este post é de péssimo gosto. Convidaria o senhor e todos os seus amigos anti-comunistas a participar para ver se ficavam um pouco mais esclarecidos, pois tenho a impressão que ficariam bem mais esclarecidos sobre a escola que queremos e a escola que temos!!!
28 de Setembro de 2006 às 13:00
Quando pisei o solo português pela terceira vez, levado pelos propositos dos meus progenitores de fazer a vida futura neste rectângulo, pude inteirar-me da então vigente corrente de lavagem ao cérebro. Mocidade Portuguesa e outras associações de diverso enquadramento, e onde nunca por nunca se deveria usar a palavra desassossego ou descontentamento. Portugal era o Pais mais perfeito do Mundo. Uma espécie de Coreia do Norte de sentido contrário. Salazar, como eminência indiscutivel e soberana.
A tentação de domar as mentes é um apelo forte demais para passar ao lado intocada . Democracia sim, mas sempre quando o nosso partido está na mó de cima. E haverá alguma coisinha melhor que tratar das cabicitas tenras e po-las a pensar segundo a nossa bitola de valores?
28 de Setembro de 2006 às 14:22
nikonman:
não é a apreciação estética dos hinos que está em causa.
Por norma, não gosto de nenhum hino partidário ou de campanha. Julgo que ficam a dever bastante ao bom gosto.
O que é que queres? A expressão “famélicos” caíu-me no goto e já estou outra vez a rir… Podia dar-me para pior.
“De pé, famélicos da terra!”
Estou a imaginar um grupo de esfarrapados a arrastarem-se, e o Estaline num púlpito a ordenar-lhes que se levantem.
28 de Setembro de 2006 às 14:36
@chico – concordo com o “filme”.
28 de Setembro de 2006 às 14:50
@vitor – o projecto educativo do PCP não tem novidades, nem em Beja nem noutro local qualquer, e não é por se fazer sessões de esclarecimento que ele se vai tornar adaptado aos tempos modernos, aos tempos da globalização. Um partido que vive enclausurado no centralismo democrático só saberá reclamar por um ensino público gratuito, aferido por baixo, não competitivo e assente na massificação do mesmo. Mas o PCP tem toda a legitimidade, e todos nós agradecemos, em contribuir para a discussão do sistema educativo em Portugal.
Agora, esta sessão de esclarecimento, depois das críticas que o executivo comunista da CMB sofreu, perecebem-se-lhe as intenções. Limpar, limpar, limpar, pois a nódoa é grande demais.
28 de Setembro de 2006 às 15:23
“Uma célula do PCP”,ah, ah! A expressão faz lembrar
uma célula da Al-Qaeda
28 de Setembro de 2006 às 15:30
@mayday – Estatutos do PCP, Capítulo VI, artº 46º. Não fui eu que inventei.
28 de Setembro de 2006 às 16:02
Não pertenço ao PCP, não milito de muitas das suas opiniões, mas por favor o que escreve neste post não faz qualquer sentido…tenho amigos do PCP pessoas lindas e fantásticas, e o que você escreve não tem qualquer classificação, e patetico, tolo. Você é tolo? É Pateta? É Parvo? Tanto disparate Meu Deus!
28 de Setembro de 2006 às 16:07
@anónimo – sou aquilo que você quiser, ao que pode somar aquilo que na realidade sou.
28 de Setembro de 2006 às 16:29
eh pa… se estamos numa democracia qual é o mal q tem um partido politico (legitimo) convidar a populacao para uma
28 de Setembro de 2006 às 16:33
@bejense – que partido foi esse dos 99 contra 2?
28 de Setembro de 2006 às 16:49
eh pa se foram 99 ou 98 ou 100 ja nao malenbro agora quem poderia esquecer o menino guerreiro 😀
28 de Setembro de 2006 às 19:06
Não me agradam muito as sessões de esclarecimento. Gosto mais de relatórios de execução! Mas por estas bandas ainda prevalece a primeira.
28 de Setembro de 2006 às 21:10
Do que percebi que li, que aqui foi escrito por algumas pessoas em especial o amigo J.espinho, fico a pensar que agora os professores são todos comunistas e culpados do ensino não estar famoso.
Espinho e outros é essa a vossa Democracia ?
Não há professores por aí do PSD…concerteza que há felizmente e que pensam de forma muito diferente de alguns de voces,que deixam muito a desejar.
28 de Setembro de 2006 às 23:05
O teor deste post denota a “veia” democrática do seu autor. Então agora os comunistas já não se podem reunir? Já não podem apresentar as suas propostas, concorde-se ou não com elas? Por acaso têm sido do PCP os ministros da educação que têm tomado conta do nosso ensino nos últimos anos? E como poderá vir à baila, na resposta, alguma referência a Cuba, também o deixo desde já informado que, quando houve aquela barraca com a colacação dos professores no tempo do seu camarada Santana Lopes, sabe quem foram buscar? Um técnico formado em Cuba que em poucos dias resolveu o problema! Para que conste.
Ó homem deixe de ser patético!
28 de Setembro de 2006 às 23:55
@ventura – tenho evitado responder às suas observações. Esta não fica em branco: aprenda a ler o que se escreve e não tente imaginar entrelinhas que não existem. Se tiver dificuldade, eu passo a fazer desenhos; assim serei mais claro.
29 de Setembro de 2006 às 0:03
@coerente e bejense – as vossas alusões ao Santana Lopes caiem-vos bem. Relembram a figura que “anda por aí”. Se se derem ao trabalhos de reler o que escrevi sobre o PSD de Santana Lopes poderão depois questionar sobre a minha “veia” democrática. Quanto ao resto: estamos de acordo, o ensino está mal. Não estamos é de acordo quanto ao facto de as propostas do PCP serem a solução.
29 de Setembro de 2006 às 11:09
Nikonman:
Eu nao defendi a proposta comunista para a educacao que alias nao conheco, e de cuba so me deve ter ouvido defender os camaroes do lucas…
agora critiquei foi a critica à priori de uma proposta (q nao conhecemos) e um picozinho a anticomunismo primario q nao me caiu bem (se calhar foi o bolo do pequeno almoco, mas inclino-me mais para o post 🙂
Quanto ao Flopes, foi para lhe explicar q o seu partido tb elege idiotas por unanimidade e aclamacao dos baroes, comite central, o q lhe queira chamar, e nao das bases (seja la o q isso das bases for)
“Vous proférez, Monsieur, des sottises énormes,
Mais jusques à la mort, je me battrais pour qu’on Vous les laissât tenir.
Attendez-moi sous l’orme !”
Voltaire
29 de Setembro de 2006 às 22:57
nikonman,
– desenha sim pode ser que saia algo de geito,até porque um dos teus fortes é fotografar e ajuda-te no que desenhares.
já agora que dizes q não compreendo a tua escrita,ou nao te sei ler… eu pergunto se tu percebes aquilo que escreves.
Não venho aqui para ler provocações,era o que faltava.
bfs
30 de Setembro de 2006 às 0:11
Nikonman,
Eu bem sei que o Santana Lopes e o José Raul dos Santos são o seu alíbi e a sua tábua de salvação que saca da cartola para dizer que também critica o PSD. Mas queria-lhe dizer que o Santana Lopes não me cai bem, nem mal, apenas o referi para situar no tempo a intervenção do matemático Luís Andrade. Nesta situação (barraca da colocação de professores no ano lectivo 2004/2005), por acaso, o Santana Lopes até não foi o culpado pois estava no cargo de primeiro ministro há dois meses e, como sabe, um programa informático daquela envergadura leva muito mais tempo a desenvolver. Também não tenho receio em afirmar quem nem tudo o que Santana Lopes fez foram asneiras. Basta passar pelo parque de Monsanto para verificar que ali foi realizado bom trabalho e, o que antes era uma zona de prostituição, hoje é uma área de lazer que os lisboetas aproveitam muito bem.