Jul 11 2006

…da fotografia

Publicado por as 10:00 em Crónicas

(crónica assinada por mim na edição de Julho do jornal “Notícias Alentejo”)

“na praia”

Chegou o mês de Julho e com ele as constantes idas à praia. Alguns irão passar um ou outro fim-de-semana, que os bolsos vazios não permitem pagar o imposto do combustível quanto mais o próprio combustível, outros – muitos – conseguirão manter-se por lá uma ou duas semanas, alternando a areia quente com umas boas sardinhadas, regadas com sangria feita de maus vinhos e outras tantas bebidas de agressivos paladares.
Nesta ocasião a actividade “tirar fotografias” invade os nossos tempos livres e focamos as objectivas em tudo o que tenha movimento.

Primeiro conselho: durante a viagem não se ponha a tirar fotografias à paisagem porque, por mais linda que ela seja, o movimento do carro vai trazer-lhe resultados frustrantes. Ou domina a técnica de fotografar em movimento ou então pare o carro na berma e tente fazer os seus “bonecos”.
Já na praia se aconselha que imprima algum movimento às suas fotografias. Nas praias apinhadas de multidão é mais fácil, pois os movimentos são mais lentos e a volumetria dos veraneantes abarca toda a fotografia. Se quiser fazer umas fotografias da prole a dar as primeiras braçadas, não se esqueça, em primeiro lugar, da máxima “há mar e mar, há ir e voltar”, certifique-se depois que a bandeira não lhe vai cobrar uns euros de multa, e, por fim, decida-se: ou quer que na fotografia apareçam os petizes ou, se preferir, as ondas do mar. Na praia, a solução 2 em 1 não é aconselhável: de tanto mar se querer abarcar, as cabecinhas das nossas crianças vão-se assemelhar a intraduzíveis pontos negros no oceano. Poupe-se a ter que explicar aos seus colegas e amigos que aquele pontinho à direita é o Jonas e aquele lá mais ao fundo é a Clarisse.
O que fica mesmo bem é aproximar-se o mais possível da criançada, tentar captar os seus movimentos de brincadeira e, com um pouco de jeito, registar as inúmeras gotas que se formam sempre que há uma criança dentro de água e que tanto incomodam os adultos desesperados.
Como este também é um mês de muito Sol, não se esqueça que as horas mais quentes não estragam só a pele. São também as fotografias que aparecem queimadas, com um cromatismo pouco fiel à realidade e com contrastes esquisitos, fazendo com que os fotogramas fiquem sem qualidade.
Para os apreciadores, este é um período em que proliferam as fotografias ao Sol a deitar-se. Tenha cuidado, pois o astro pode transformar-lhe as fotografias numa verdadeira bola de fogo e aí você vai mesmo pensar que não tem queda para a arte. O que pode ser verdade. Ou talvez não!
Boas férias e boas fotografias!

João Espinho

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3 Resposta a “…da fotografia”

  1. viperino diz:

    Boa .. compadre João !
    Bons conselhos!
    Então e “Vocemecêi..” quando é que vai a banhos?
    Está quase … não?

  2. AJRamos diz:

    Saudações Compadre…
    Só no outro dia vi o pedido e respondi no Aliciante, “ainda é preciso o cromo do CRonaldo? e outro qualquer? talvez se arranje qualquer um em falta…
    Um Abraço

  3. mad diz:

    Já não é preciso. Já temos a caderneta cheia 😉
    Obrigada AjRamos

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