Jun 07 2006
(estudo académico)
foto: gregor samsa
Gostei sempre deste fragmento de perfil em
que a luz da janela, que as cortinas filtram,
se recorta, deixando adivinhar o resto de
um corpo despido pela manhã. Não há nenhum
equívoco nesta pele; e a sua brancura invade
o espaço, como se fosse a única realidade
que o olhar tem à sua disposição para compor
a paisagem da vida. No entanto, peço-lhe
que se volte; e espero que o seu rosto me fixe,
com a exactidão que trouxe da noite em
que o amor ficou desenhado; e quando me
olha, tudo volta a ser como da primeira
vez em que a vi, e o seu rosto me esvaziou
de segredos, quando o poema a iluminou.
7 de Junho de 2006 às 12:37
Hey, Janeca! Vim visitar-te.. Gregor Samsa?! E os insectos fotografam?? 😉 Beijinhos***
7 de Junho de 2006 às 13:45
@lígia – há coisas do… kafka!
Já te mandei o link das fotos do Samsa.
Beijos.