Jun 20 2006
DEUTSCH SPRACH LABORATORIUM
Coisa esquisita esta de ouvir o nosso próprio nome numa estação de rádio. E logo na RFM.
É que a Frau Gräter tem uma rubrica em que ensina os portugueses (os que estão a ouvir a RFM às 08H15) a falar alemão. Tudo a propósito do Mundial de Futebol (WM2006). E eu escrevi para lá a sugerir que a senhora ensinasse os nossos locutores a pronunciarem palavras como Marienfeld ou Gütersloh. É que tenho ouvido tanto disparate que até as unhinhas dos pés se arrepiam.
E hoje lá estava a Frau Gräter a dizer ao auditório que a selecção não está em Maria Felda mas sim em Marienfeld.
Por sugestão minha!
Autógrafos? Não dou!
20 de Junho de 2006 às 12:50
Não dás? ohhhh e eu que ia pedir um especial.
É uma pena 🙂
20 de Junho de 2006 às 18:21
Também sou dessa opinião que pelo menos os locutores da rádio e TV deviam de pronunciar bem pelo menos as localidades por onde a selecção passa. Ninguém espera deles que falem bem essa língua, muito menos que dêem lições de alemão, mas ao menos que digam bem essas palavras!
Já agora, uma dica. A vogal ü. Juntamente com o ä e o ö, são dos sons mais difíceis de pronunciar. Não sei se vou conseguir explicar aqui, por escrito, essa questão. É um som que fica entre o som base, a para o ä, o para o ö e u para o ü, e o i, ou seja, no caso do ä, começam por dizer aaaaaa e vão mudando até o iiiiiiii. Sai qualquer coisa como aaaaaaäääääiiiiii. Entendido? Nos outros casos a mesma coisa. Espero ter sido útil com esta explicação.
20 de Junho de 2006 às 19:59
É o regabofe, é a feira das vaidades, o “his master’s voice”. Ainda ontem ouvi o sr. ministro da agricultura (seria ele ou algum secretário? – é que estava ao teclado e nem me dignei olhar para a tv) falar de recursos “akíferos” (o k é para perceberem bem a pronúncia). Pronuncia-se “akíferos”? Corri logo para o meu “Dicionário Prático Ilustrado” da Lello & Irmão. Não contente, procurei no meu mais que tudo dicionário da Porto Editora, 5ª edição, velhinho de quando se falava alguma coisa de jeito; arranquei para a Enciclopédia Universal dos irmãos Lello, e lá estava bem escarrapachado “Aquífero (u-í)”, ou seja, akuífero. A bojarda (posso usar o termo bacorada?) foi mandada para o ar por um colunável/governamenteiro, logo seguida servilmente por um “jornalista”, que se está nas tintas para defender o seu instrumento de trabalho, a língua portuguesa.
Pergunto agora na minha ingenuidade: trabalho com dinheiro, sem me enganar,estou a “entrar” com ele. E a estas autênticas alimárias, que deveriam dar exemplo por serem ouvidas por milhões ninguém lhes diz o que quer que seja? Não estão sujeitos a carteira profissional? E se estiveram, ela apenas defende e a nada obriga?
20 de Junho de 2006 às 20:02
Desculpem lá voltar, mas é só para perguntar se o tal jornalista tem “akário”, eh eh.