Do golpe militar do 25 de Abril de 1974,ainda resta alguma coisa,direito a votar,e falar baixinho.Não houve nenhuma revolução em Portugal pós 25 de Abril de 74.
Bom, ficar, ficaram muitas coisas. Uma delas foi um Prémio Nobel que a escrita em Português bem merecia, mas não neste escritor de fama à prova de bala.
Quanto a Saramago gosto muito da sua obra literária,gosto da Jangada de Pedra e da sua teoria de iberismo aí desenvolvida.Quanto ao Vasco Gonçalves,digo simplesmente o Homem foi usado,usado e nada mais…
Ficou a liberdade e a democracia, senão essa velha carcaça que é o Saramago, não se poderia dar ao luxo de lançar atordoadas destas sem ir dentro ou sem ser internado compulsivamente num hospital psiquiátrico!
Os comunas são assim!
o homem até tem uma certa razão, 32 anos depois ainda não se pode dizer tudo em portugal, que nos arriscamos a ir de cana, principalmente se formos ideiologistas de extrema direita, não é que eu defenda as politicas extrimistas muito antes pelo contrario, mas se nos damos ao luxo de deixar um louçã vir falar para as televisões onde pede a legalização de todas as diarreias mentais, porque não dar voz ao PNR, partido de extrema direita? talvez eles digam algumas verdades que muitos não querem ouvir, mas repito não defendo certas politicas deles, mas há outras que até têm a sua razão de ser…
Olha que o Louçã merece mais respeito. foi só melhor aluno de economia do país, doutorou-se com distinção, colabora com várias universidades europeias e, até já teve um camarada de partido morto (José da Messe) à facada pelos Skin Heads, muitos deles são hoje apoiantes desse partido que tanto defendes, cujo líder foi recentemente notícia pelas razões que se conhecem. É preciso que determinados factos não sejam apagados da história.
Eu penso que José Saramago tem toda a razão e mais. Em certos aspectos o país está muito pior do que antes do 25 de Abril, e nem sequer preciso de os mencionar, pois todos sabemos quais são.
Não concordo com uma palavra sequer… basta comparar o ambiente fechado anterior ao 25 de Abril e o actual estado da nação, quanto a abertura ao exterior e competitividade internacional. A crise é mundial e é dificil de combater… manter a porta fechada não resolveria.
O período antes 25 de Abril é, naturalmente, diferente do período pós Revolução!
É obvio que muito mudou, é obvio que ainda resta qualquer coisinha da Revolução dos Cravos!
Mas também não é demais lembrar que as grandes conquistas do 25 de Abril e do povo português (que ao longos dos tempos sem afirmaram como inalianáveis!) são adquiridas durante os governos do Gen. Vasco Gonçalves.
Mas pode-se também dizer com toda a aberura, que se pouco resta, deve-se aos alternados governos de politicas contínuas de DIREITA, sendo esses partidos aqueles que todos nós sabemos!
E esse senhor cada vez que abre a boca sai asneira? Agora esta. Nas eleições presidenciais o apoio ao Soares. O apelo ao voto em branco. Entre outras. Apesar do muito respeito que tenho pelo senhor e o seu espírito progressista, acho que todos nós temos o nosso tempo de actividade e de prestar serviço à pátria e aos povos, por isso acho que é chegada a hora do merecido descanso para este mui digno senhor. E já agora, ele está do outro lado da fronteira não é verdade…?!
A frase, dita por quem a diz, tem toda a razão de ser. Muito pouco ou quase nada resta do 25 de Abril. O que nós temos é a sociedade que saiu do 25 de Novembro. Se me permitem… ainda bem!
A abertura ao exterior e a competitividade internacional não explicam tudo, basta olhar para o outro lado da fronteira como bem diz José Saramago. Penso eu que a leitura do que ele de tempos a tempos nos brinda, não pode ser lida ipsis verbis. O facto é que a partir dos anos 80 e com a entrada do dinheiro fácil da então CEE, portando já longe do PREC, toda a economia se afundou, a Escola entrou na bagunça da pseudo-gestão democrática, as familias endividaram-se pelo consumismo que nos entra por todos os lados ( até pelas telenovelas de vida fácil, que forma toda uma geração de adolescentes), o consumo de drogas e sobretudo de alcool é estimulado até por municipios de esquerda (como é o caso de dos bares e discotecas em Beja) e para acabar só dizer que a única coisa que parece neste momento ser importante é o futebol.
Ora bem, a afirmação de Saramago não será assim muito despropositada.
Da esquerda revolucionária e dos seus ideais não restou quase nada, apenas alguns sindicalistas e velhos do restelo.
As desigualdades sociais continuam, a sociedade e a economia estão mais abertas, mas a lógica capitalista impera e o que conta menos são as pessoas e os trabalhadores ao contrário dos interesses dos grandes grupos.
Até parece conversa de “camarada” mas é a minha realidade.
Já agora, Nikonman, você parece que anda á procura de noticias dos comunas e por vezes isso “desfoca-lhe a fotografia”. E o que dizer das ameaças de separatismo na Madeira feitas pelo Presidente Regional??
@mayday – quanto ao Alberto da Madeira, só tenho a dizer o seguinte: quem o elege que o destitua. Os governos centrais (continentais), sejam eles de cor laranja ou rosa, sempre têm apaparicado os caprichos do dito de senhor. Por isso, não vejo razões de queixa. Se ele quer a independência e essa for a vontade dos madeirenses (duvido) então façam-lhes a vontade. Vão ver que passado pouco tempo estarão de novo a pedir os contributos continentais para as incontinências verbais do senhor da madeira.
Cá por mim, ele que se deixe estar onde está.
Temso de dar o desconto a tds os srs com os pensamentos do Saramago, para eles estar bem eram continuar e permanente “revolução” como os seus camaradas de cuba, que diga-se de passagem vivem mt bem.É por isso que dedico esta frase ao sr saramago e a outros como ele: “o pior cego é aquele que n quer ver!”
É verdade que Espanha não fez uma revolução,mas teve o contributo fundamental do Rei no processo de transição democrática, bem como de Adolfo Suárez, Fernández Miranda, Carrillo e outros. A grande diferença é que os espanhóis souberam colocar as divergências para trás das suas costas e trabalhar num objectivo comum: uma Espanha democrática, próspera e descomplexada. Em Portugal estamos preocupados com umbiguismos e amiguismos que tiveram o desfecho que se conhece…
Qual é o problema do José Saramago viver em Espanha? Tu que vives em Portugal consideras-te menos alemão por isso? Não tens opinião sobre a tua Alemanha?
Sabes porque o Saramago se mudou para Espanha? Porque em Portugal foi censurado pelo senhor Sousa Lara que era Secretário de Estado da Cultura de um Governo do PSD! Deve ter sido caso único no pós 25 de Abril. E agora querem esses senhores dar lições de democracia aos outros! Mas uma coisa podes ficar a saber: O Saramago é reconhecido internacionalmente e não precisa de subsídios nem de lamber botas para publicar o que muito bem lhe apetecer!
pelos vistos tenho de esclarecer algo, como eu disse e passo a citar:
“…não é que eu defenda as politicas extrimistas muito antes pelo contrario…”
espero ser claro, o que eu digo é que numa democracia deve-se dar voz a todos sem excessão, se concordamos ou não isso já é diferente.
quanto ao ponto levantado pelo aldeão, concordo plenamente consigo quando diz que o Louçã é um bom economista, assino po debaixo e acrescento que ele para mim está mesmo nos melhores que este pais tem mas no que a economia diz respeito… de resto, e apesar de ouvir as opiniões dele, não me revejo nas opiniões de tal pessoa.
espero que esteja esclarecido o meu ponto de vista no que ao ponto de extremismo diz respeito.
qt ao sr saramago bem, talvez alguem lhe possa dizer que estamos em pleno sec XXI, e que certas politicas só se aplicam em paises como a china ou mesmo a russia, talvez esteja na hora de abrirem um pouco os olhos não sei digo eu…..
isto já chegou ao ponto de até o PS ter chegado a conclusão que só com medidas de direita é que isto supostamente lá vai, mas mesmo assim já foram tarde (já diz o ditado mais vale tarde do que nunca)
@coerente – uma pequena correcção: Saramago não foi censurado. Uma obra sua não foi, isso sim, candidatada pelo então Governo (via Secr. Estado) a um prémio internacional. Sem que eu defenda tal atitude (nunca defendi) por parte do Governo, a reacção de Saramago vem por a nu determinados carácteres: ataca-se o Estado mas vive-se à custa dele. Neste caso Saramago ficou a ganhar com a recusa do Governo, pois foi das maiores e melhores publicidades que se lhe podia fazer. Saramago devia estar grato à cegueira desse tal Sousa Lara.
E mais uma coisa: ninguém é obrigado a gostar do que escreve seja quem for, mesmo que seja um Prémio Nobel. O reconhecimento, não pode, e não deve, ser unânime.
aldeão, eu para mim eram medidas mais duras ainda, começando por limpar metade dos inergumes que nada estão a fazer na função publica, a não ser ocupar espaço e a empatar, mas o tuga nunca ia aceitar tal coisa, pois 800 000 funcionairos publicos mexem com cerca de 2,5 milhões de portugueses, mais os interesses….. enfim um sem fim de situações que não ha quem os tenha no sitio para tomar tais medidas, é o que se tem, escolheram este para la estar, agora aturem-no, não foi com o meu voto de certeza, porque para quem tem a memoria curta é so uma questão de recuar uns anos e ver quem andou a facilitar credito assim como quem muda de roupa interior….
ao fim de um ano este governo acordou e começou a tomar medidas, ou foi coincidencia do cavaco ter la chegado….
p.s. – Não comecem a tirar ilações de que sou apoiante deste ou daquele porque pelo que vi também sofrem do sintoma de crime politico em que não se pode defender A ou B independente de ser PCP, PS, PSD, PP, PT, MRPP, PNR,… seja lá que partido politico seja…
Os meus parabéns ao J. Espinho por ter conseguido trazer para aqui este tão estimulante debate. Verifica-se com agrado que os intervenientes ao contrário de há alguns anos, conseguem fazer leituras próprias e independentes das directivas das cúpulas partidárias, isto mesmo com as opções politicas legitimas de cada um. Penso que todos aprendemos que o carreirismo, o compadrio e os interesses dos lobies são o pior mal deste país e que é imperioso desmascará-los e combatê-los com todos os meios possiveis, entre os quais está por exemplo este Blog.
Muitos parabéns Sr. Espinho.
O seu blog é já uma referência e prima pela qualidade e actualidade.
Fico ansiosa para ler o seu artigo. Realmente não há oposição como a sua.
Muitos parabéns mais uma vez
Em primeiro lugar concordo consigo em que “o reconhecimento, não pode, e não deve, ser unânime”.
Quanto ao resto gostaria de referir o seguinte:
– O romance de José Saramago “Evangelho segundo Jesus Cristo” foi cortado da lista de concorrentes ao Prémio Literário Europeu, pelo Sr. Sousa Lara. Portanto tratou-se um veto a uma obra constante de uma lista que existia;
– Você parece querer deixar transparecer que Saramago beneficiou imensamente com aquele acto, quando todos sabem ele já antes tinha publicado livros de grande sucesso, como “Levantado do Chão” ou “A Jangada de Pedra”;
– Em particular gostaria de relembrar que a acção de “Levantado do Chão” se passa no Alentejo, num Alentejo que nós não queremos que se repita: o Alentejo das praças de jorna e das praças de touros a servirem de prisões! E tudo aquilo existiu!
Para finalizar, até posso condescender que a personagem José Saramago não é das mais simpáticas, no entanto tal não diminui em nada a sua dimensão como escritor e como pensador que eu muito admiro.
@coerente – basicamente de acordo. Posso referir-lhe que li a maior parte dos livros de José Saramago. Ficou-me na memória o “levantados do chão” (que desejo que me fique na memória sempre que se fala de Saramago) e gostei especialmente de “Todos os nomes”, que li em 2 línguas.
Quanto à pessoa, desiludiu-me bastante a sua extrema arrogância, quando numa conferência numa Universidade alemã, perante uma plateia exigente, não foi capaz de responder com coerência a determinadas questões que, ainda hoje, o incomodam. Deixei de o ler, porque não sou capaz de dissociar o homem que está por detrás da obra. Defeito meu, concedo!
11 de Junho de 2006 às 22:43
Do golpe militar do 25 de Abril de 1974,ainda resta alguma coisa,direito a votar,e falar baixinho.Não houve nenhuma revolução em Portugal pós 25 de Abril de 74.
11 de Junho de 2006 às 22:47
Bom, ficar, ficaram muitas coisas. Uma delas foi um Prémio Nobel que a escrita em Português bem merecia, mas não neste escritor de fama à prova de bala.
11 de Junho de 2006 às 22:56
Quanto a Saramago gosto muito da sua obra literária,gosto da Jangada de Pedra e da sua teoria de iberismo aí desenvolvida.Quanto ao Vasco Gonçalves,digo simplesmente o Homem foi usado,usado e nada mais…
11 de Junho de 2006 às 23:17
Ficou a liberdade e a democracia, senão essa velha carcaça que é o Saramago, não se poderia dar ao luxo de lançar atordoadas destas sem ir dentro ou sem ser internado compulsivamente num hospital psiquiátrico!
Os comunas são assim!
11 de Junho de 2006 às 23:21
o homem até tem uma certa razão, 32 anos depois ainda não se pode dizer tudo em portugal, que nos arriscamos a ir de cana, principalmente se formos ideiologistas de extrema direita, não é que eu defenda as politicas extrimistas muito antes pelo contrario, mas se nos damos ao luxo de deixar um louçã vir falar para as televisões onde pede a legalização de todas as diarreias mentais, porque não dar voz ao PNR, partido de extrema direita? talvez eles digam algumas verdades que muitos não querem ouvir, mas repito não defendo certas politicas deles, mas há outras que até têm a sua razão de ser…
11 de Junho de 2006 às 23:22
O Prémio Nobel é apenas uns dinheiritos mas um cetificado por escolha de uns quantos…não é um CERTIFICADO DE INTELIGÊNCIA!
Cumprimentos
11 de Junho de 2006 às 23:25
@jb – gosto muito pouco de extremismos e então os de direita fazem-me uma urticária danada.
12 de Junho de 2006 às 0:07
JB,
Olha que o Louçã merece mais respeito. foi só melhor aluno de economia do país, doutorou-se com distinção, colabora com várias universidades europeias e, até já teve um camarada de partido morto (José da Messe) à facada pelos Skin Heads, muitos deles são hoje apoiantes desse partido que tanto defendes, cujo líder foi recentemente notícia pelas razões que se conhecem. É preciso que determinados factos não sejam apagados da história.
12 de Junho de 2006 às 0:21
Ele vive em Espanha, não é?
12 de Junho de 2006 às 10:32
Eu penso que José Saramago tem toda a razão e mais. Em certos aspectos o país está muito pior do que antes do 25 de Abril, e nem sequer preciso de os mencionar, pois todos sabemos quais são.
12 de Junho de 2006 às 10:35
Não concordo com uma palavra sequer… basta comparar o ambiente fechado anterior ao 25 de Abril e o actual estado da nação, quanto a abertura ao exterior e competitividade internacional. A crise é mundial e é dificil de combater… manter a porta fechada não resolveria.
12 de Junho de 2006 às 11:02
O período antes 25 de Abril é, naturalmente, diferente do período pós Revolução!
É obvio que muito mudou, é obvio que ainda resta qualquer coisinha da Revolução dos Cravos!
Mas também não é demais lembrar que as grandes conquistas do 25 de Abril e do povo português (que ao longos dos tempos sem afirmaram como inalianáveis!) são adquiridas durante os governos do Gen. Vasco Gonçalves.
Mas pode-se também dizer com toda a aberura, que se pouco resta, deve-se aos alternados governos de politicas contínuas de DIREITA, sendo esses partidos aqueles que todos nós sabemos!
E esse senhor cada vez que abre a boca sai asneira? Agora esta. Nas eleições presidenciais o apoio ao Soares. O apelo ao voto em branco. Entre outras. Apesar do muito respeito que tenho pelo senhor e o seu espírito progressista, acho que todos nós temos o nosso tempo de actividade e de prestar serviço à pátria e aos povos, por isso acho que é chegada a hora do merecido descanso para este mui digno senhor. E já agora, ele está do outro lado da fronteira não é verdade…?!
Saudações!
12 de Junho de 2006 às 11:23
A frase, dita por quem a diz, tem toda a razão de ser. Muito pouco ou quase nada resta do 25 de Abril. O que nós temos é a sociedade que saiu do 25 de Novembro. Se me permitem… ainda bem!
12 de Junho de 2006 às 11:31
O comentário anónimo das 11.23 foi feito por Hugo Lança!
12 de Junho de 2006 às 12:09
A abertura ao exterior e a competitividade internacional não explicam tudo, basta olhar para o outro lado da fronteira como bem diz José Saramago. Penso eu que a leitura do que ele de tempos a tempos nos brinda, não pode ser lida ipsis verbis. O facto é que a partir dos anos 80 e com a entrada do dinheiro fácil da então CEE, portando já longe do PREC, toda a economia se afundou, a Escola entrou na bagunça da pseudo-gestão democrática, as familias endividaram-se pelo consumismo que nos entra por todos os lados ( até pelas telenovelas de vida fácil, que forma toda uma geração de adolescentes), o consumo de drogas e sobretudo de alcool é estimulado até por municipios de esquerda (como é o caso de dos bares e discotecas em Beja) e para acabar só dizer que a única coisa que parece neste momento ser importante é o futebol.
12 de Junho de 2006 às 13:13
Ora bem, a afirmação de Saramago não será assim muito despropositada.
Da esquerda revolucionária e dos seus ideais não restou quase nada, apenas alguns sindicalistas e velhos do restelo.
As desigualdades sociais continuam, a sociedade e a economia estão mais abertas, mas a lógica capitalista impera e o que conta menos são as pessoas e os trabalhadores ao contrário dos interesses dos grandes grupos.
Até parece conversa de “camarada” mas é a minha realidade.
Já agora, Nikonman, você parece que anda á procura de noticias dos comunas e por vezes isso “desfoca-lhe a fotografia”. E o que dizer das ameaças de separatismo na Madeira feitas pelo Presidente Regional??
12 de Junho de 2006 às 13:34
@mayday – quanto ao Alberto da Madeira, só tenho a dizer o seguinte: quem o elege que o destitua. Os governos centrais (continentais), sejam eles de cor laranja ou rosa, sempre têm apaparicado os caprichos do dito de senhor. Por isso, não vejo razões de queixa. Se ele quer a independência e essa for a vontade dos madeirenses (duvido) então façam-lhes a vontade. Vão ver que passado pouco tempo estarão de novo a pedir os contributos continentais para as incontinências verbais do senhor da madeira.
Cá por mim, ele que se deixe estar onde está.
12 de Junho de 2006 às 13:44
Não foi o José Saramago que escreveu um “Ensaio sobre a cegueira”?…
12 de Junho de 2006 às 14:44
o problema está na generalização… quando Saramago refere a palavra “nada” é como dar um passo para o abismo…
12 de Junho de 2006 às 15:41
Temso de dar o desconto a tds os srs com os pensamentos do Saramago, para eles estar bem eram continuar e permanente “revolução” como os seus camaradas de cuba, que diga-se de passagem vivem mt bem.É por isso que dedico esta frase ao sr saramago e a outros como ele: “o pior cego é aquele que n quer ver!”
12 de Junho de 2006 às 18:32
É verdade que Espanha não fez uma revolução,mas teve o contributo fundamental do Rei no processo de transição democrática, bem como de Adolfo Suárez, Fernández Miranda, Carrillo e outros. A grande diferença é que os espanhóis souberam colocar as divergências para trás das suas costas e trabalhar num objectivo comum: uma Espanha democrática, próspera e descomplexada. Em Portugal estamos preocupados com umbiguismos e amiguismos que tiveram o desfecho que se conhece…
12 de Junho de 2006 às 21:21
Ó Zig,
Qual é o problema do José Saramago viver em Espanha? Tu que vives em Portugal consideras-te menos alemão por isso? Não tens opinião sobre a tua Alemanha?
Sabes porque o Saramago se mudou para Espanha? Porque em Portugal foi censurado pelo senhor Sousa Lara que era Secretário de Estado da Cultura de um Governo do PSD! Deve ter sido caso único no pós 25 de Abril. E agora querem esses senhores dar lições de democracia aos outros! Mas uma coisa podes ficar a saber: O Saramago é reconhecido internacionalmente e não precisa de subsídios nem de lamber botas para publicar o que muito bem lhe apetecer!
12 de Junho de 2006 às 21:52
pelos vistos tenho de esclarecer algo, como eu disse e passo a citar:
“…não é que eu defenda as politicas extrimistas muito antes pelo contrario…”
espero ser claro, o que eu digo é que numa democracia deve-se dar voz a todos sem excessão, se concordamos ou não isso já é diferente.
quanto ao ponto levantado pelo aldeão, concordo plenamente consigo quando diz que o Louçã é um bom economista, assino po debaixo e acrescento que ele para mim está mesmo nos melhores que este pais tem mas no que a economia diz respeito… de resto, e apesar de ouvir as opiniões dele, não me revejo nas opiniões de tal pessoa.
espero que esteja esclarecido o meu ponto de vista no que ao ponto de extremismo diz respeito.
qt ao sr saramago bem, talvez alguem lhe possa dizer que estamos em pleno sec XXI, e que certas politicas só se aplicam em paises como a china ou mesmo a russia, talvez esteja na hora de abrirem um pouco os olhos não sei digo eu…..
isto já chegou ao ponto de até o PS ter chegado a conclusão que só com medidas de direita é que isto supostamente lá vai, mas mesmo assim já foram tarde (já diz o ditado mais vale tarde do que nunca)
12 de Junho de 2006 às 21:57
JB,
E temos vistos o resultados dessas políticas. O pais vai de vento em pôpa!
12 de Junho de 2006 às 22:21
E para resolver os problemas do país o PSD propõe: O Dia Nacional do Cão! Rídiculo, simplesmente rídiculo!
12 de Junho de 2006 às 23:18
@coerente – uma pequena correcção: Saramago não foi censurado. Uma obra sua não foi, isso sim, candidatada pelo então Governo (via Secr. Estado) a um prémio internacional. Sem que eu defenda tal atitude (nunca defendi) por parte do Governo, a reacção de Saramago vem por a nu determinados carácteres: ataca-se o Estado mas vive-se à custa dele. Neste caso Saramago ficou a ganhar com a recusa do Governo, pois foi das maiores e melhores publicidades que se lhe podia fazer. Saramago devia estar grato à cegueira desse tal Sousa Lara.
E mais uma coisa: ninguém é obrigado a gostar do que escreve seja quem for, mesmo que seja um Prémio Nobel. O reconhecimento, não pode, e não deve, ser unânime.
12 de Junho de 2006 às 23:21
concordo com a opinião do anónimo que chamou “ridículo” à proposta do dia do Cão.
12 de Junho de 2006 às 23:30
Só não entende quem não quer!
12 de Junho de 2006 às 23:51
aldeão, eu para mim eram medidas mais duras ainda, começando por limpar metade dos inergumes que nada estão a fazer na função publica, a não ser ocupar espaço e a empatar, mas o tuga nunca ia aceitar tal coisa, pois 800 000 funcionairos publicos mexem com cerca de 2,5 milhões de portugueses, mais os interesses….. enfim um sem fim de situações que não ha quem os tenha no sitio para tomar tais medidas, é o que se tem, escolheram este para la estar, agora aturem-no, não foi com o meu voto de certeza, porque para quem tem a memoria curta é so uma questão de recuar uns anos e ver quem andou a facilitar credito assim como quem muda de roupa interior….
ao fim de um ano este governo acordou e começou a tomar medidas, ou foi coincidencia do cavaco ter la chegado….
p.s. – Não comecem a tirar ilações de que sou apoiante deste ou daquele porque pelo que vi também sofrem do sintoma de crime politico em que não se pode defender A ou B independente de ser PCP, PS, PSD, PP, PT, MRPP, PNR,… seja lá que partido politico seja…
13 de Junho de 2006 às 13:44
Os meus parabéns ao J. Espinho por ter conseguido trazer para aqui este tão estimulante debate. Verifica-se com agrado que os intervenientes ao contrário de há alguns anos, conseguem fazer leituras próprias e independentes das directivas das cúpulas partidárias, isto mesmo com as opções politicas legitimas de cada um. Penso que todos aprendemos que o carreirismo, o compadrio e os interesses dos lobies são o pior mal deste país e que é imperioso desmascará-los e combatê-los com todos os meios possiveis, entre os quais está por exemplo este Blog.
13 de Junho de 2006 às 13:52
@machado assis – obrigado pela referência elogiosa. Chamo-lhe à atenção para o meu artigo no Correio Alentejo da próxima 6ª feira.
13 de Junho de 2006 às 14:42
Muitos parabéns Sr. Espinho.
O seu blog é já uma referência e prima pela qualidade e actualidade.
Fico ansiosa para ler o seu artigo. Realmente não há oposição como a sua.
Muitos parabéns mais uma vez
13 de Junho de 2006 às 14:48
@anabela – importa-se de retirar essa do Sr. Espinho? Parece que estou no serviço!
13 de Junho de 2006 às 15:21
Como não nos conhecemos não tenho muita à vontade para tratá-lo de outra forma.
13 de Junho de 2006 às 22:33
Nikonman,
Em primeiro lugar concordo consigo em que “o reconhecimento, não pode, e não deve, ser unânime”.
Quanto ao resto gostaria de referir o seguinte:
– O romance de José Saramago “Evangelho segundo Jesus Cristo” foi cortado da lista de concorrentes ao Prémio Literário Europeu, pelo Sr. Sousa Lara. Portanto tratou-se um veto a uma obra constante de uma lista que existia;
– Você parece querer deixar transparecer que Saramago beneficiou imensamente com aquele acto, quando todos sabem ele já antes tinha publicado livros de grande sucesso, como “Levantado do Chão” ou “A Jangada de Pedra”;
– Em particular gostaria de relembrar que a acção de “Levantado do Chão” se passa no Alentejo, num Alentejo que nós não queremos que se repita: o Alentejo das praças de jorna e das praças de touros a servirem de prisões! E tudo aquilo existiu!
Para finalizar, até posso condescender que a personagem José Saramago não é das mais simpáticas, no entanto tal não diminui em nada a sua dimensão como escritor e como pensador que eu muito admiro.
13 de Junho de 2006 às 23:16
@coerente – basicamente de acordo. Posso referir-lhe que li a maior parte dos livros de José Saramago. Ficou-me na memória o “levantados do chão” (que desejo que me fique na memória sempre que se fala de Saramago) e gostei especialmente de “Todos os nomes”, que li em 2 línguas.
Quanto à pessoa, desiludiu-me bastante a sua extrema arrogância, quando numa conferência numa Universidade alemã, perante uma plateia exigente, não foi capaz de responder com coerência a determinadas questões que, ainda hoje, o incomodam. Deixei de o ler, porque não sou capaz de dissociar o homem que está por detrás da obra. Defeito meu, concedo!