Jun 19 2006
LOBY BEJENSE, COESÃO TERRITORIAL E OUTRAS COISAS
Para por termo ao esvaziamento da cidade de Beja, reuniram-se diversos representantes de instituições do Distrito com o intuito de criar um movimento que, junto do poder central, faça pressão para que se inverta a situação a que se vem assistindo nos últimos anos e que se resume em poucas palavras: vários serviços estão a ser gradualmente transferidos para Évora, relegando Beja para um plano muito inferior.
A intenção da realização desta reunião alargada é, à partida, louvável.
Há, porém, alguns aspectos que me fazem crer que a mesma não passará disso: de uma boa intenção.
Logo à partida este
19 de Junho de 2006 às 12:20
É sempre o problema do PCP, intitula-se “apartidário” e marginaliza os outros.
A ideia parece-me simpática, mas se calhar “não vai ter pernas para andar” será mais um fantasma para depois lançar acusações.
19 de Junho de 2006 às 12:38
Para lá do assunto que esplanas, sobre se o movimento tem ou não pernas para andar, eu apetece-me perguntar:
– o que é que os baixo-alentejanos andaram a fazer durante os últimos 30 anos para que permitissem que Évora se afirmasse como a cidade mais desenvolvida do Alentejo?
É disso que se trata, ou não?
Canso, canso mesmo de nada se construir e mais tarde, quando tudo está já mais que consumado, aparecerem movimentos, gloriosas manifestações e abaixo-assinados!
Para inverter o quê? A negligência própria!
19 de Junho de 2006 às 12:46
@carlos – inteiramente de acordo contigo.
19 de Junho de 2006 às 12:53
Eu não sei se percebi bem a ideia…
O que se pretende é criar um movimento no Baixo Alentejo para travar a entrada e acabar com a permanência de incompetentes e oportunistas nos serviços públicos? Movimento esse que tem a resistência do PCP, cujos autarcas faltaram à reunião?
19 de Junho de 2006 às 13:05
O Chico foi lider? … Teve uma ideia? … Oxalá que venha a ter mais e boas para bem da cidade de Beja! Porque até agora só se viu (não viu?) mais do mesmo…
19 de Junho de 2006 às 16:16
Estamos perante mais um número de show-off dos nossos protagonistas regionais, que, com mais este
19 de Junho de 2006 às 23:06
Se o objectivo do movimento é fazer pressão sobre o poder central para colocar fim à concentração dos serviços públicos em Évora, não vejo porque razão este movimento não tenha que ser a voz de todo o Alentejo, já que no Alto Alentejo também existem cidades com o mesmo problema. Circunscrever o movimento ao Baixo Alentejo e ao Alentejo Litoral seria limitar o seu poder reivindicativo logo à partida.
Quanto à exclusão
19 de Junho de 2006 às 23:41
O problema do Alentejo e de todo o Portugal é isso mesmo, os partidos, a política! Tudo, mas mesmo tudo, tem que ter um rótulo, uma cor! Porquê???
Há tantos bons exemplos de cooperação entrepartidária. Aqui não, porquê? Simples. Porque o PS está no governo. Se a (dita) direita fosse governo nesta altura, minha nossa, seria um autêntico hino contra esse mesmo governo. E mesmo aí perderia força logo à partida, porque é contra alguma coisa, e não a favor. Logo voltaria tudo ao mesmo, à política, ou melhor, à politiquice!
20 de Junho de 2006 às 20:39
Estou de acordo com o “Carlos a. a.” Lembram-se de quando o Banco de Portugal fechou em Beja, e os seus funcionários foram transferidos para Évora? Os amigos autarcas devem ter pensado “que se lixe, não sou bancário” (como se o problema fosse esse).
Também não posso estar em desacordo com o “pontapé na lógica”, pois uma autarquia (não me venham com histórias de que foi “o outro” executivo) que me queria pôr uma bomba de gasolina à porta de casa… refugiando-se na Coordenação do Alentejo, em Évora, pois claro.
Resumindo porque senão o nikon ainda me corta o pio (estou a brincar!):
Quando a coisa está bem – Uma grande vitória do executivo autárquico, que blá blá blá!
Quando dá para o torto – venham lá prá manif que isto precisa dum empurrão.
Afinal de contas, eu não quero ser a nêspera que estava muito descansada, apenas a ver o que acontecia e que por isso mesmo foi comida. Mas também me RECUSO a ser apenas mais uma grama na balança de certos senhores que só querem comparar pesos quando isto dá pró outro lado.