Mai 05 2006
O OUTDOOR (UM CONTRIBUTO)
Vamos ver se posso contribuir alguma coisa para esta discussão.
O corpo (da mulher e também do homem) é, desde há muitos séculos, explorado pelas artes plásticas (as Belas Artes), pela literatura e, mais recentemente, pela moda e pela publicidade. Nenhum mal virá ao Mundo por que assim é.
O que fiz com o meu post foi “agitar” as mentes para o novo outdoor da Radio Pax, sem tão pouco o mencionar.
A verdade, porém, é que a caixa de comentários descambou para o que menos interessa. Há nesta terrinha quem se ponha a tentar adivinhar se a rapariga em bikini é a vizinha do 2º esquerdo ou se será a filha do guarda Abel.
Tenham paciência, meus caros, mas esse tipo de comentários demonstra bem o nível donde ainda não saímos nesta cidade de província.
E não há volta a dar-lhe: por mais que se tente avaliar a eficácia publicitária do outdoor, a conversa vai acabar no umbigo, nos seios, no bikini e etc…!
Já alguém se preocupou em saber se a Radio Pax aumentou as audiências desde a passada 3ª feira?
(é pena que a RPax não tenha feito com o cartaz um pop-up na sua edição online. mas… eu não sou publicitário)
5 de Maio de 2006 às 15:30
Como é que eu posso ver os cartazes da Rádio sem ir a Beja?
5 de Maio de 2006 às 15:47
@matita – digitalizo e envio-te por mail.
5 de Maio de 2006 às 16:20
O corpo de uma mulher é algo que deve ser sublimado em todos os sentidos em todo o seu explendor e plenitude!
A arte consegue fazê-lo das mais diversas formas, explorando tudo o que de mais lindo encerra em si mesmo, apenas e tão somente, um simples corpo!
Por exemplo, atenta a data que se aproxima neste Domingo, achei a propósito utilizar a arte e o corpo da mulher para homenagear todas as mães!
Dá uma espreita quando puderes João… e diz-me qualquer coisa!
BOM FIM DE SEMANA!
5 de Maio de 2006 às 21:23
1. Não faço a mínima ideia de quem seja o criador do outdoor, nem de quem o tenha produzido e executado, nem de quem seja a modelo.
2. O conceito do outdoor é interessante, apesar de já muito visto em publicidade, onde a associação tentação-prazer, apimentada pela adrenalina do pecaminoso e proibitivo, é uma constante.
3. Se o conceito é interessante, a execução não me parece muito eficaz. A escolha da modelo é infeliz, pois a ideia da “tentação” devia funcionar nos dois sentidos: tentação reflexa (a modelo reflecte o prazer a que foi tentada, e reflecte esse prazer para o observador),e tentação projectada (o observador projecta na modelo que ouve a rádio, um objecto de tentação).
Ora, ao escolherem uma “mulher normal e comum” (onde saltam à vista pormenores inestéticos que prendem a atenção),os criativos não atingiram a eficácia do segundo sentido que enunciei, pois poucos serão os que tomam aquela senhora como objecto de tentação (o que, por associação, penaliza também a rádio que se confunde com ela).
Ao inscreverem a mensagem da “tentação”, o sujeito-objecto que protagoniza essa intenção (ligado “fisicamente” à rádio) deveria ser, por si, “tentador”, o que, neste caso, manifestamente, não é.
4. O que sugere o seguinte slogan: “Rádio Pax é uma tentação, mas aquela gaja não!”
5 de Maio de 2006 às 22:19
@Obrigada, Nikonman. 😉
7 de Maio de 2006 às 18:56
Apoiado!