Hoje de manhã, numa rádio local, o locutor de serviço perguntava, em tom jucoso (o que fica bem a um locutor de rádio) a alguém entendido em notícias do País e do Mundo, porque razão Pita Ameixa se recandidatava à liderança da Federação Distrital do PS, depois de ter sido derrotado nas eleições legislativas e presidenciais.
Ambos se mostraram muito admirados de não haver mais nenhum nome para disputar a distrital socialista, chegando mesmo o locutor ao desplante de “gozar” com o lema da candidatura de Ameixa.
Também o informado interlocutor, sobre as eleições para a distrital social-democrata, disse que João Paulo Ramôa era candidato assumido, não se sabendo se “o grupo de Ourique” iria apresenta candidato.

Porque por onde andam (onde reina o centralismo democrático), quer o locutor quer o informado analista de notícias desconhecem coisas básicas da vida interna dos partidos democráticos:

1 – Quem vai a votos, ou perde ou ganha. É isso que se passa no PS e no PSD;
2 – Quando não aparecem alternativas, é porque ou não as há ou as que eventualmente possam existir não estão preparadas para ir a votos;
3 – São os militantes que elegem, por voto secreto, os seus líderes, e as oposições internas, apesar de respeitarem o veredicto da maioria, não deixam por isso de continuar a ser voz crítica, o que mais reforça a democraticidade dos partidos.

Que estas conversas se tenham à mesa do café, compreende-se.
Mas já é de mau tom fazer comentários depreciativos aos microfones de uma rádio, quer por um locutor de quem se espera isenção quer de um “analista” que está sujeito ao código deontológico dos jornalistas.

Enfim!