Mar 15 2006
Quem disse isto?
“A mudança de director é um acto normal na vida de um jornal. No caso do “Diário do Alentejo”, a substituição operada nos últimos dias reveste-se de aspectos escandalosos. É, objectivamente, um saneamento político, prometido há muito por forças “democráticas” que nunca aceitaram – nem vão aceitar no futuro – que um jornal público possa ser dirigido de forma isenta e profissional, com princípios, sem que os seus responsáveis tenham de prestar vassalagem a (…) presidentes de câmara, nem obedecer a estratégias partidárias ou de grupos.”
“O que dizer de gente que substitui o director de um jornal (…) sem consultar jornalistas e outros trabalhadores? O que dizer de gente que invoca um “pacto de silêncio” entre autarcas para não divulgar o andamento de um processo nebuloso que, pelo contrário, devia ser claro e transparente?”
Foi em 2002.
E está aqui.
15 de Março de 2006 às 10:00
É para já o post do ano!
Assim podemos confirmar pelos próprios como eles se auto-caricaturam…
Mas Carlos L. Pereira não perdeu o jeito e ei-lo, em pleno vigor, a conduzir uma entrevista ao presidente da CMB, no que constituirá, certamente, um exemplo antológico e memorável de isenção e anti-“vassalagem a presidentes de câmara”…
Mas o PCP, tão escandalizado que ficou com a substituição de CLP por AJB, que resolveu redimir-se agora, e o CD da AMBAAL, em vez de “sanear” AJB, preferiu manter demoradas e complexas negociações democráticas e transparentes com os jornalistas e trabalhadores do “DA”, com votações de braço no ar e tudo… Foi assim, em rejubilante celebração democrática que os jornalistas e trabalhadores do “DA” indicaram F. do Ó Pacheco para director interino do jornal. E este processo de dinâmica democrática continua todas as semanas, com a direcção da AMBAAL a reunir-se regularmente com a comissão de trabalhadores do “DA” (não me digam que não há uma comissão de trabalhadores?…), com sindicatos e outras forças vivas e progressistas da região, no sentido de dar continuidade a um “amplo e profundo debate” em torno da futura direcção do “DA” e garantir uma escolha livre, justa e fraterna da figura jornalisticamente inquestionável que presidirá aos destinos do “DA” que, contamos todos, siga na senda luminosa da construção de uma sociedade socialista, livre da exploração do homem pelo homem.
Amén.
15 de Março de 2006 às 11:17
E assim se “morre” vítima do próprio veneno.
O DA é uma anedota de mau gosto.
15 de Março de 2006 às 12:21
Chicotada psicológica, é?
15 de Março de 2006 às 13:41
Não resisto a dar uma gargalhada (virtual) relativamente à “entrevista” ao Sr. Presidente Santos.
Tanta reverência, tanto lambe-botismo, ausência total de objectividade, perguntas pré-fabricadas ao “brilhante cirurgião” (não digo que não seja, porque não o conheço), enfim, um exercício gratuíto de propaganda.
E a quantidade de adjectivos usados pelo entrevistador? Se fosse pago ao adjectivo, era capaz de ganhar mais que o PR…
Esta peça antológica de propaganda política disfarçada de jornalismo deveria constar dos manuais de Comunicação Social como “case study”.
Desculpem lá, mas não resisti…
15 de Março de 2006 às 19:53
DA.
Ou ..dahhh!!!!
15 de Março de 2006 às 20:13
O que se tem passado no DA tem sido escandaloso…
16 de Março de 2006 às 0:31
Quem fala assim não é gago!
16 de Março de 2006 às 18:45
Há 4 anos quando despediram o outro senti o mesmo!
A vida é como os interruptores… umas vezes para baixo….
CM