Fev 01 2006
A BUNDA
foto: ranum.com
A bunda, que engraçada
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora – murmura a bunda – esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda
redunda.
Carlos Drummond de Andrade
1 de Fevereiro de 2006 às 17:39
aposto que é o rabo de uma erudita senhora, doutorada em cultura clássica e que adora jogar xadrez.
1 de Fevereiro de 2006 às 18:13
Todos nós gostamos do que é aBundantemente generoso
1 de Fevereiro de 2006 às 22:34
E eu desejoso que chegue o Verão, quando a bunda, abunda!
1 de Fevereiro de 2006 às 23:47
esta é a verdadeira menina da bilha!!!
8 de Fevereiro de 2006 às 12:52
Fabuloso, né?
beijokas, betty