Dez 16 2005
VASSOURADAS (Actualização)
O negócio PCP/Movimento Independente (Alvito) já começou a dar frutos.
Como era previsível (eu alertei aqui), a primeira vassourada é na direcção do Diário do Alentejo, de forma a garantir que aquele periódico regresse a boas mãos, isto é, ao controle do PCP.
Resta saber se esta força política continuará a manter o Alentejo Popular, semanário criado pelos comunistas bejenses quando a vassourada socialista lhes retirou a direcção do DA.
Actualização: Leia-se o editorial do Director do Diário do Alentejo. (também em entrada estendida aqui em baixo)
EDITORIAL DA – 16/12/2005 – Em Setembro de 2002, quando a actual direcção assumiu o “Diário do Alentejo”, o jornal era sectário e ausente de pluralismo. Só uma mente muito rebuscada, ou uma grave desonestidade intelectual, pode negar isso. Sabemos bem que a memória é curta, mas vale a pena lembrar que muita coisa mudou no “DA”. Isso pode ser sentido todas as semanas, se se tiver um espírito independente. Acusar o jornal, hoje, de falta de isenção ou de alinhamento político com qualquer força, é uma ofensa aos seus leitores e uma imoralidade.
Imoralidade porque, curiosamente, essa acusação vem sobretudo daqueles que durante 20 anos usaram o jornal como quiseram e entenderam, sempre ao serviço de uma estratégia partidária. Bem nos lembramos do estilo panfletário das manchetes, das inesquecíveis reportagens na Atalaia, dos oportunos e extensos apontamentos do general Vasco Gonçalves ou, claro, do objectivo branqueamento de um célebre “jantar da amizade”, realizado em Beja, onde estiveram Carreira Marques, Lopes Guerreiro, Munhoz Frade, Rogério de Brito, Fernando Caeiros ou Joaquim Miranda.
A memória é curta. Pois é, muitas vezes dá-nos jeito a memória ser curta.
Hoje o “DA” não está submetido a estratégias partidárias e não envergonha os jornalistas que o fazem, porque são independentes no seu trabalho. Há notícias bem e mal escritas, reportagens que estão por fazer, entrevistas menos bem conduzidas, primeiras páginas mal elaboradas. Às vezes uma procura patética do equilíbrio democrático. Mas tudo isso é fruto de um trabalho puramente jornalístico, com virtudes e defeitos, mesmo que os do costume venham dizer o contrário
16 de Dezembro de 2005 às 10:45
Só falta meter como director um qualquer ex-autarca para controlar ainda melhor…
16 de Dezembro de 2005 às 10:50
MAIS UMA PROVA DE QUE O PCP TAMBÉM SABE DAR PRESENTES OS SEUS BOYS! QUEM SERÁ ELE, QUEM SERÁ? ACEITAM-SE APOSTAS…… VÁ, NÃO É DIFíCIL…..! DESCOBRIU? É ESSE MESMO…
16 de Dezembro de 2005 às 11:12
Mudam-se os tempos mudam-se as vontades…?
16 de Dezembro de 2005 às 11:44
Quem me conhece, bem sabe, que estou muito longe do pensamento do PCP. Quem me conhece, sabe bem o que sempre critiquei sobre a vergonhosa partidarização do DA. Quem conhece o Presidente da CAlvito, sabe que o JPT não é Homem para negociatas.
HL
16 de Dezembro de 2005 às 11:54
Amigo HL. Não lhe chamemos negociata. Digamos antes que são acordos pontuais. Que, no final, se traduzem em negócio. Para mim JPT: uma enorme desilusão.
16 de Dezembro de 2005 às 11:58
Há situações em que o adjectivo “nojento” é o mais doce dos eufemismos.
Não conheço pessoalmente António José Brito nem temos afinidade político-ideológica, mas sei, e a sua função como director do DA confirmou-o, que é um homem sério e independente, e um director de jornal competente e que mudou cem vezes para melhor o DA. Deixo aqui a minha solidariedade a AJB e o meu desdém por essa trupe de vermes da política.
16 de Dezembro de 2005 às 12:15
Niko,
O teu blog é, felizmente, lido diariamente por centenas de pessoas, muitas delas não serão aqui da nossa terra, eu fui agora ler o editorial “DA” de AJB, e parece-me que constituí já um “documento” valioso sobre a história recente e presente da relação entre a politiquice provinciana e a comunicação social.
O meu blog só é lido por duas ou três dezenas de pessoas, mas mesmo assim vou transcrever esse editorial, se não lhe deres atenção, fica aqui a sugestão para o consultarem em: http://www.diariodoalentejo.pt
16 de Dezembro de 2005 às 12:17
Amigo Nikonman; não acompanho ao pormenor o trabalho do JPT na Câmara; mas trabalhei seis anos com ele e sei bem da sua rectidão de caracter. Não excluo a possibilidade de em “acordos pontuais” poder fazer escolhas menos adequadas; mas acredite, que o faz na profunda consciencia de proteger os interesses do seu concelho.
HL
16 de Dezembro de 2005 às 12:32
Só para recordar um comentário que fiz em 7/12:
@Zepolvo
Viabilizar maiorias “a troco de”, não tem a ver com princípios orientadores ou previamente definidos.
Nem sequer tem a ver com princípios.
Aliás quem tem ou defende principios não tem necessidade da presidência de nada, muito menos duma Assembleia”
Independentes uma ova!
e andam os filiados, os que dão a cara, a levar porrada, a ser vexados e acusados do seu seguidismo partidário.
16 de Dezembro de 2005 às 14:30
Creio que o DA melhorou nos ultimos tempos, mas não me venham dizer que tambem não era partidário! Já se esqueceram o que aconteceu nas ultimas eleições Autárquicas?? Lembram-se da entrevista do Carlos Figueiredo a prometer emprego no ultimo dia de campanha?? Devemos recordar bem tudo, sob pena de cometer-mos alguns erros…
16 de Dezembro de 2005 às 15:40
**** avalias três anos por uma pequena notícia? vai a http://www.diariodoalentejo.pt e vê o balanço que lá está – é interessante.
16 de Dezembro de 2005 às 15:51
*** – “cometer-mos alguns erros”. Pelos vistos o erro é seu.
Será que tem capacidade para descobrir qual é o erro?
16 de Dezembro de 2005 às 16:03
@anónimo – não vamos por aí, pois erros (ortográficos, gramática, etc) até os ministros os cometem.
16 de Dezembro de 2005 às 16:18
Podemos esmiuçar tudo e fazer balanços, é correcto. E vamos ao concreto. Segundo sei, essa entrevista do candidato Carlos Figueiredo já estava agendada, e as declarações proferidas são imputáveis ao candidato, não ao jornal ou ao seu director. Mas já podemos imputar ao director e à redacção uma cobertura “não-partidarizada” (o que não significa perfeita) de todas as eleições desde que o agora demitido director tomou posse. Alguém tem dúvidas disso?
16 de Dezembro de 2005 às 16:22
Deixamos de ter um jornal e voltamos a ter um boletim do PCP
16 de Dezembro de 2005 às 16:25
@che, o que eu não dúvido é da competência do António José Brito que é, sem dúvida nenhuma, dos melhores jornalistas do sul do país.
O resto não discuto nem comento.
16 de Dezembro de 2005 às 16:35
É pá, já se concretizou a tramóia? Que surpresa! Até que foi rápido! Afinal, de que vale ser competente nesta terra de políticos medíocres? É por estas e por outras que o Baixo-Alentejo está cada vez mais “VAZIO”! Uma vergonha!
16 de Dezembro de 2005 às 16:35
É pá, já se concretizou a tramóia? Que surpresa! Até que foi rápido! Afinal, de que vale ser competente nesta terra de políticos medíocres? É por estas e por outras que o Baixo-Alentejo está cada vez mais “VAZIO”! Uma vergonha!
16 de Dezembro de 2005 às 16:52
Embora com algumas ressalvas
editoriais que o tempo porventura apagaria daqui para a frente, lembro o DA na era anterior a António José Brito e não posso deixar de e após ler o ultimo editorial do DA prestar homenagem ao homem que permitiu que o DA fosse um jornal 99% independente enquanto foi director e expressar a minha preocupação em relação ao futuro do DA nas mãos de quem nos 20 anos anteriores a ATJ não soube ser coerente,independente e rigoroso.
16 de Dezembro de 2005 às 17:00
Para quando um jornal independente no Baixo Alentejo?
Que futuro terá o “Alentejo Popular a partir de agora se o DA passar de novo a ser sectário?
Para quando um jornalismo isento(rádio e imprensa)na nossa região?
16 de Dezembro de 2005 às 17:18
Quem integra a Associação de Municípios e se revê na democracia só tem uma solução – abandonar. É tempo de tomar posição, sem ficar agarrado a questões tácticas, é tempo de mostrar quem realmente defende regras democráticas
16 de Dezembro de 2005 às 17:20
Segundo as notícias o director demitido foi informado ontem ao fim da tarde – ou seja, três dias antes do fim do contrato, se não contarmos o fim-de-semana.
É curioso os apregoados campeões dos direitos dos trabalhadores e detentres de toda a moral do trabalho, tratarem as coisas assim.
Que cartilha laboral terá João Rocha? Será igual à da rua Ancha? Ou será que o João Rocha já não é do PCP?
Dá vontade de rir. E são eles comunistas…
16 de Dezembro de 2005 às 17:27
Assim se vê a democracia do pc …
16 de Dezembro de 2005 às 17:28
há pela cidade zuns-zuns de que o aparelho do pcp não vai facilitar. o diário do alentejo é só a ponta visível de uma série de “vassouradas” (saneamentos, diz-se na minha terra) que se vão efectuar. nas câmaras reconquistadas e na de beja. espero que o nickon como membro da assembleia venha a denunciar a pulhice dos comunistas de beja.
16 de Dezembro de 2005 às 17:37
O que se está a passar não pode ser surpresa. Todos conhecem como trabalha o PCP. Quem os acompanha, quer queira ou não, só pode ser cúmplice
16 de Dezembro de 2005 às 19:17
@anónimo das 3:51
epá!!
não confundas o (três) *** com o quatro (****) tá beim??
eu sou um democrata e ele é uma aventesma cubo-sino-soviética?
oqueim??
@ Che
quando vires este neologismo vais-te passar e dirás: só aquele animal que eu afinal conheço se lembraria duma destas.
Pois é, fui eu meu amigo!
Já apanhaste??
16 de Dezembro de 2005 às 19:33
@chato
e recordar sempre que esses tais campeões da defesa dos direitos dos trabalhadores, foram os primeiros a aplicar a lei do despedimento colectivo no extinto Diário, de sua propriedade, gesto aliás, cuja “coerência” se enaltece
Depois quem paga é o desgraçado do Frei Tomás que bem prega.
16 de Dezembro de 2005 às 20:23
Por mais que eles tentem, tem a batalha perdida.
Bem podem tentar esconder o sol com a peneira.
Sanear toda a gente, e contar dos amanhãs que cantam. Ficarão a pregar para dentro. Onde os ouvidos e olhos só vêem o que querem ver e não o que se está a passar. Lembro-me da canção: “Eu já pensei em pintar o céu de tons de azul. Azul já ele é..houve alguém que teve ideia igual.”
Por mim, sem pluralidade na informação, bem podem dizer todos os dias que o pintam da cor que quiserem que a credibilidade é igual a zero.
17 de Dezembro de 2005 às 13:26
Diz-me um amigo que sua (dele) CDU é constituída por comunistas e outros democratas. Pelo que se vê no Diário do Alentejo democratas são mesmo os outros
17 de Dezembro de 2005 às 14:45
já de fala do ex-vereador do PCP Vitor Silva, com o inefável Carlos Pereira como chefe de redacção. Será? E o Jerónimo como provedor dos leitores… isso é que seria… E será que todas as Cãmaras do PCP estão de acordo com esta decisão? Mesmo a de Castro Verde? Às Câmaras do PS e à do PSD só resta, de facto, uma decisão: abandonarem a Associação nas mãos de Joões Rochas e companhia. O poder inebria-os ao ponto de voltarem a querer transformar o DA num novo pasquim. Mas para já fica o trabalho de qualidade realizado pela equipa de AJB nestes anos, que voltou a dar credibiidade a um jornal que já não o era e que mesmo a níveleconómico estava pelas ruas da amargura. Assim se vê a falta de lucidez do PC.
17 de Dezembro de 2005 às 14:57
já se fala de ruptura eminente: os municípios não PC continuarão este projecto editorial com outro título e AJB, assim ele o queira.
Nada os impede.
17 de Dezembro de 2005 às 16:25
Só vejo um cenário razoável e coerente:
João Honrado para director do “DA”. Extinção do “Alentejo Popular”. Carlos Pereira como Chefe de Redacção, e regresso dos “pseudónimos” do “Alentejo Popular” ao “DA”.
Câmaras do PS e PSD a abandonarem a Associação de Municípios, e a fundarem um verdadeiro jornal independente e que sirva os interesses da região, tendo como Director António José Brito, e como Chefe de Redacção Paulo Barriga.
17 de Dezembro de 2005 às 19:51
@che
não vale !
Roubaste-me metade do cenário, fazes a dramaturgia, escolhes os actores e pões a peça em cena. Não dás abébia nem % ao autor do enredo que sou eu *** o anónimo das 2:57
Mais respeitinho pelos direitos de autor senão vou pró Manuel Freire.
Mas é isso. o cenário é mesmo esse que dizes com um senão: se o projecto for mesmo mesmo independente só a malta de Alvito é que bota discurso !
17 de Dezembro de 2005 às 21:44
@Ó ***,
Vê lá se arranjas um nick de gente, que essa cena das estrelinhas é um bocado abichanada! Bem, se o cenário é meio teu, que se faça justiça! E que tal te parece que tenhamos ambos uma coluna no novo pasquim?
P.S: Chegou-me pela malta do Bloco que se aventa a possibilidade do ex-vereador “maravilha” Vitor Silva… Se se confirmar, eu próprio crio a porcaria de um jornal!
17 de Dezembro de 2005 às 23:21
(novo nick a pedido do Che)
@ Che
O pá deixa lá o meu pseudónimo. Um general de *** estrelas até que é bem achado!!
Andava aí um cubo-sino-soviético com 4 estrelas, mas pôs o pé numa mina e parece que já não almoçou nesse dia.
A sério: cá pra mim acho que estamos a ser imprudentes nesta fase da corrida lançando algumas lebres, aligeirando o trabalho de casa de quem hierarquiza (eles têm tanto por onde escolher). Lá dentro deve haver já verniz estalado que esta coisa dos tachos é muito barulhenta e terrena. Cá pra mim desde que seja alinhado com a nova formatação oficial pós Carvalhas tanto pode ser o Vítor Silva como a minha prima Cesaltina: os tempos que aí vêm não serão bons nem prá literatura nem prás artes, nem pró espectáculo.
Tu ainda te safas, sempre vais fazendo uma perninha na cique.
Agora eu, nem blogue tenho. E não fora a v/ providencial hospitalidade andava a dormir na rua.
È o que dá ser um franco atirador