Out 20 2005
cavaco silva
Anunciou a sua candidatura à Presidência da República.
É, obviamente, o candidato em quem deposito as minhas esperanças e será por ele que farei campanha.
Um ponto que considero relevante: enquanto o seu mais directo rival, Mário Soares, aceitou ser candidato, Cavaco Silva decidiu ser candidato.
Este pequeno pormenor poderá marcar a diferença.
Mais uma nota: os outros candidatos estiveram em directo na TV a ouvir atentamente as palavras de Cavaco. Mário Soares também terá ouvido, mas encarregou o seu porta-voz de prestar declarações. Pode ser que Manuel Alegre, Louçã e Jerónimo tenham aprendido alguma coisa com o seu rival da esquerda, que demonstra não brincar em serviço.
20 de Outubro de 2005 às 22:39
Eu também vou votar Cavaco Silva.
Um abraço
Duarte
20 de Outubro de 2005 às 23:33
meus irmãos. Porventura não ides transformar a nossa Praça no belogue de apoio ao Dr.Cavaco. Tende piedade por quem sois !!!
20 de Outubro de 2005 às 23:56
@diácono – a Praça é minha propriedade e ela tem sido e continuará a ser aquilo que eu quero que ela seja. Entendidos?
21 de Outubro de 2005 às 0:02
apoiado!
21 de Outubro de 2005 às 1:33
@nikonman – Não!
Recuso-me a entender a sua postura redutora. Há muito que a criatura se libertou do seu criador.
Ainda bem e para bem da Praça. Você em boa hora a deu à luz, mas, a Praça é hoje um pouco de todos nós. Consinta ao menos que assim seja, não a queira toda para si.
21 de Outubro de 2005 às 7:24
@diácono – compreendo-o, mas repito: a Praça é aquilo que eu quiser. Acrescento: até quando eu quiser.
21 de Outubro de 2005 às 9:04
… e é por isso que, a cada dia que passa a visito menos.
21 de Outubro de 2005 às 9:18
força cavaco! Vamos lá.
21 de Outubro de 2005 às 9:18
@pml – a sua ausência certamente que é notada. Enquanto uns deixam de cá vir, outros continuam e outros ainda vêm pela primeira vez. É assim que a Praça se mantém viva.
21 de Outubro de 2005 às 9:51
Cavaco não “decidiu”. Cavaco aceitou entrar numa corrida que está meticulosamente preparada há dez anos pelos seus indefectíveis. Escolheu o “timing” certo, como é seu apanágio.
E com aquele ar de “homem providencial”, homem de família muito discreto, rigoroso e recatado.
“Pai” do provincianismo novo-rico português (ele próprio), Cavaco é, no entanto, um político que percebe de marketing.
Cavaco sabe falar ao português médio, católico, provinciano, que se impressiona com o “self made man”, o homem que veio do nada e singrou na vida, a pulso, filho de um modesto gasolineiro algarvio.
Geriu bem o “tabu”, fazendo-o parecer discrição.
21 de Outubro de 2005 às 10:13
há gajos q vêm aqui dizer q ñ gostam da praça. mas ñ descolam daqui. tens q ter paciência, nikon.
em frente!
21 de Outubro de 2005 às 10:20
Nas anteriores eleições não manifestei de forma clara as minhas opiniões, por minha opção e mesmo sem esconder as tendências… Nestas desculpem lá mas os sapos que os engulam outros (os do costume) eu vou apoiar Cavaco Silva de forma declarada e até o Alentejanices… o vai fazer (como é obvio sou só mais um, mas sou…). ESPERO QUE PORTUGAL REPARE O GRAVA ERRO QUE COMETEU 10 ANOS ATRÁS… ainda é tempo. “nós só queremos Cavaco em Belém, Cavaco em Belém, Cavaco em Belém”, cantava-se assim na outra campanha, voltemos agora a entoá-la…
21 de Outubro de 2005 às 11:01
Apesar “de” não ser apoiante de Cavaco, desta vez o Homem esteve muito bem em termos estratégicos e, aconselho vivamente a leitura destes 2 posts do Patrick para se deliciarem: http://anjosedemonios.weblog.com.pt/arquivo/2005/10/primeiras_reacc.html
e este: http://anjosedemonios.weblog.com.pt/arquivo/2005/10/xequemate.html
21 de Outubro de 2005 às 11:31
@Chico
Gostei! Sabes colocar as palavras no sitio certo pá!…e as coisas q tu sabes!!!!
21 de Outubro de 2005 às 12:44
Sr. Chico
Afirma acerca de Cavaco Silva:
21 de Outubro de 2005 às 13:01
@ Nikonman
quanto ao professor Cavaco
É de recordar que também virou as costas ao bom povo e tinha uma maioria absoluta, mas, ao que se sabe por estar farto das pressões do polvo que deixou contruir à sua volta. Desligou a ficha há 10 anos deixando isto na rebaldaria a que temos assistido: Guterres, Durão o inefável Santana e agora esta cómoda maioria de outros também com culpas no cartório.
Fartou-se!Deixou o PSD e o país numa crise de orfandade, e regressa agora em ombros, messiânico, qual salvador da pátria.
E este tempo de omissão para com o seu país?
Dez anos a olhar para o seu umbigo, a programar meticulosamente o preenchimento de uma quadrícula adiada do seu curriculum politico, que os portugueses de bem têm pago com lingua de palmo. Não se faz !!
Narciso não faria melhor.
quanto à praça:
Técnicamente a praça será sempre sua.
Mas a questão não é essa, ou pelo menos não é essa a minha questão.
desculpará por certo as maiores.
um sempre seu admirador, pela admirável porfia.
21 de Outubro de 2005 às 14:31
Escrevia eu que Cavaco Silva é o “Pai” do provincianismo novo-rico português (dos anos 80, entenda-se).
Acerca do rigor, bandeira desfraldada com a força da amnésia, e da imagem de economista brilhante (que o é, académicamente), falarão os livros de História e as consequências que ainda hoje sentimos na pele (alguns).
Sobre o “monstro” Administração Pública, sorvedor constante de dinheiro sem resultados à vista (a “reforma” cavaquista data de 1989, já lá vão 16 anos), falarão os Funcionários Públicos (como eu) e os Utentes (todos nós).
Nem Guterres, nem Barroso, muito menos Portas/Santana. Provavelmente, nem Sócrates, embora “mexer” com corporações bem instaladas possa causar reacções mais ou menos histriónicas da parte destas.
A ver vamos…
(mas as eleições nem são para primeiro-ministro)
Nem Soares, culto e cosmopolita, nem Alegre, poeta e aristocrata da esquerda. Nem Jerónimo, o operário “lula” português, ridículo nos seus trejeitos sovietizantes, de quem sabe mas ignora a queda do Muro de má memória.
Nem Louçã, o inconsequente e falso rebelde artista de circo a quem nem as TV
21 de Outubro de 2005 às 20:17
chico @
comprade chico eu assino por baixo do que você disse. Chegue-lhe lenha que é dessa lenha que o país precisa. E de homens tesos como você.
e não se exponha, senão ainda vai a presidente à falta de melhor.
21 de Outubro de 2005 às 22:30
Também concordo com o diagnóstico feito ao país pelo Prof. Aníbal Cavaco e Silva:
– o país encontra-se numa situação muito difícil;
– existe um sentimento de descrença e pessimismo;
– desemprego acima dos 400 mil (aliás toda a gente sabe que já são 466 mil);
– ultrapassagem pela Grécia e Eslovénia e, em breve, pelos restantes países do alargamento.
Mas eu pergunto: Quem é que nos governou nos últimos 30 anos? Quem é que geriu o nosso país à luz e semelhança do que tem acontecido com a EDAB do nosso descontentamento? Não foram os partidos do chamado
21 de Outubro de 2005 às 23:13
Com que então o Dr:Mário Soares é de esquerda,só mesmo o nikonman pode afirmar tal coisa 😉 não haja dúvida que o sentido de humor em Beja é mesmo malandreco…um abraço e que o futuro Presidente de Portugal seja Manuel Alegre,felicidades para a campanha mas como é óbvio o Professor Cavaco Silva vai perder as eleições…
22 de Outubro de 2005 às 12:10
@Nikonman,
Um dia em Lisboa a promover um evento aqui da terrinha e perco logo esta animação toda…
Só uma nota: Acha que foi boa estratégia o Soares ter encaminhado os comentários para o seu porta-voz?
Bem, assim não se arrisca a dizer disparates, e isso, de facto, é sensato. Mas por outro lado, e para mim, mais importante, revela a sua indisfarçável sobranceria e escassa humildade democrática, tentando desvalorizar a candidatura do seu principal(?) adversário ao encarregar terceiros de uma apreciação na primeira pessoa, à semelhança dos seus pares concorrentes.
Cavaco esteve “salazarento”, como sempre. Sóbrio, austero mas esforçadamente simpático, rigoroso, paternalista e providencial. Falta-lhe a pronúncia de Santa Comba Dão, mas herdou a mesma aura “pater familia”.
E um desejo: que o Jerónimo e o Louçã desistam em favor do Manuel Alegre. Para derrotar a direita!
22 de Outubro de 2005 às 12:32
tens q ter paciência nikon
arranja uma secretaria para tratar do expediente ñ desistas. jinhos 🙂
23 de Outubro de 2005 às 0:27
Não referiste o Garcia Pereira e o José Maria Martins!
23 de Outubro de 2005 às 13:02
Nikonman é o pai desta “praça”,isso é indiscutível. Agora quererem controlar algo que não está nas mãos de ninguém, parece-me um pouco absurdo. A praça “nasceu” para debater, argumetnar, discutir e não para ser controlada. Quem gostaria de ser controlado?
23 de Outubro de 2005 às 17:10
@Miguel Pestana
esclareça-me se não é um seguidor da rasa ideia de posse aqui declarada por Nikonman quando afirmou “a praça é aquilo que eu quizer até quando eu quizer”? Espero bem que não, e que a sua opinião venha corroborar aquilo que eu já aqui “ousei” manifestar e é uma evidência:
A PRAçA É DE TODOS NÓS !!!!
Os que escrevem, os que só lêem, os que acham, os que concordam, os que argumentam, os que discordam, os que brincam com isto, os que levam isto a sério, os que respeitam e se dão ao respeito… a lista seria interminável.
Mas …a Praça é também daqueles que reverenciam acríticos o seu criador e infelizmente também de todos os que lhe têm desferido ataques ferozes e soezes.. a lista aqui é enorme.
Conheço o João, é um homem de convicções, respeito-o e tenho-o em grande estima, e concluo que ele estaria num dia não quando produziu aquela frase “bárbara”.
Nas minhas preces matinais tenho suplicado para que a mão divina interceda e o leve a corrigir aquele primário sentimento de posse implícito na sua insensata declaração.
Não se trata de dar o dito por não dito mas tão só reafirmar príncipios e pôr de lado aquela sua ideia peregrina. Este grande largo que é a Praça de todos nós, merecia isso do seu progenitor.
23 de Outubro de 2005 às 20:44
@diácono – este tema merecia, isso sim, libertar-se da caixa de comentários.
Vamos lá a ver se agente se entende e se não sou mal entendido.
Ninguém terá dúvidas de que a Praça é aquilo que eu faço dela. Não está em causa os que aqui vêm e que motivações os trazem. Não escrevo a pensar em quem me lê. Transporto para aqui os meus desabafos urbanos, os meus encontros e desencontros (leia-se sob o título deste blogue a forma como o caracterizei desde o início), escrevo aqui aquilo que me apetece e quando me apetece. É capaz de ser verdade que este blogue cresceu muito, mercê de quem o visita e comenta, mas nunca me senti limitado por esse facto. Nunca deixei que este blogue tomasse conta de mim. Sou eu que lhe controlo as rédeas e ele será, até que eu queira, uma extensão de mim.
Diz o diácono “Conheço o João, é um homem de convicções” – ora, se bem me conhece, sabe aquilo que quero dizer. Talvez a forma como o tenha dito soe a “bárbara”, mas o conteúdo, esse, mantenho-o. Já aqui afirmei, por diversas vezes, que não é minha intenção fechar a Praça, acabar com ela. Mas no dia em que sentir que ela não é mais a minha obra, que deixou de ser um prolongamento de mim, descansem as almas e o diabo, que a Praça encerra as portas e ficará cá como memória de um tempo.
23 de Outubro de 2005 às 23:09
Sou apoiante do Prof.Dr. Anibal Cavaco Silva há VINTE anos.Tenho lido comentários que são um hino á mediocridade e ao maldizer e que revelam o que é o nosso País hoje em dia,comparar Soares, Alegre, Louçã e Jerónimo de Sousa com Cavaco Silva é comparar o incomparavel,todos os outros jogam a sua sobrevivencia politica e defendem o seu status quo porque nada sabem fazer fora da politica, andam por lá apenas para se servirem!Cavaco está acima de todas estas sanguessugas,por isso a dúvida é apenas saber se existirá um 2ª volta nas eleições.
24 de Outubro de 2005 às 13:20
Assunto encerrado. ponto final.
Quanto ao Sr Prof. vou ter de engolir um sapo enorme se for votar. Em Belém, será o homem certo no lugar errado.
Ele é muito bom a executar e muito mau a fazer representação.
Faz falta ao País e ao PSD sim senhor, mas liderando uma nova Maioria Absoluta, porque é grande necessária e urgente a vassourada que ambos precisam. E M. Mendes é demasiado pequeno para lá chegar.
24 de Outubro de 2005 às 13:55
Se bem me lembro, Cavaco Silva foi o político que perdeu mais eleições seguidas, entre 1993 e 1996. É só contar: autárquicas, europeias, legislativas e presidenciais. Chamava “força de bloqueio” a Mário Soares, mas deu-lhe apoio no seu 2º mandato. Arrastou-se no seu último governo, até passar a batata quente a Fernando Nogueira. Foi esperto, sem dúvida: saiu de cena no seu auge. E manteve a sua candidatura em suspenso, até que se soubessem os resultados nas Eleições Autárquicas deste ano.
Cavaco Silva em Belém? Não! E nem agradeço a sugestão.