Ago 10 2005

ABSTRACTOS…

Publicado por as 18:35 em Fotografia

… em fotografia gostamos de catalogar como abstracto os mais diversos objectos ou situações que não conseguimos definir com objectividade.
Há quem pense que à categoria Abstracto vão parar as imagens não figurativas e que estão unicamente no domínio das ideias.
Porém, esta categoria faz-nos desenvolver os sentidos mais apuradamente, tornando-nos mais atentos para as inúmeras particularidades que fazem parte do nosso dia a dia.
Atente-se nesta fotografia.
Eu sugiro-lhes o título “Fechado?
Abstracto, não é?


foto: stuart

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3 Resposta a “ABSTRACTOS…”

  1. charlie diz:

    Naquela noite era já a terceira vez numa semana que chegava a casa quando a luz da noite se esvanece perante o anunciar do dia.
    Não costumava pensar muito na vida que levava. Na verdade, tudo fazia para esquecer, ou melhor, para inventar uma outra verdade que não era a sua.
    A sua relação marital, há muito que se extinguira.
    Não conversavam, não discutiam, viviam sós na mesma casa.
    Viviam lá por viver.
    Um porto de abrigo feio, sem atractivos, onde o pescador encosta o bote. Não olha para os molhes degradados, não ve as redes rotas, não repara nas tábuas podres, encosta o barco ali, onde sempre encostou, como nos primeiros tempos.
    Quando com os olhos cheios de ilusão ansiava pelo abraçar da ponta da barra a dar-lhe a mão no meio dum nevoeiro.
    Desejando nesses tempos extintos respirar os cheiros e as cores do doce regresso.
    Agora era apenas um passado sem memória, sem nostalgia. Quando os olhos olham sem ver…
    Subiu as escadas e pôs a chave à porta.
    Rodou uma, duas e à terceia sentiu o trinco preso.
    Insistiu.
    Olhou para cima e depois para a chave.
    Puxou duas ou tres vezes pela porta, que permaneceu trancada.
    Esperou um pouco e inspirou fundo.
    Sorriu.
    Desceu as escadas.
    Olhou para trás e viu a sombra que o puxador da porta projectava na parede.
    Toda a sua expressão era de felicidade.
    No hall de entrada já o dia espreitava sorrindo-lhe um bom dia.
    Deslizou para fora, deu duas voltas sobre ele próprio. Rodopiou em pião riu-se alto e encheu a rua com o rio da alegria que lhe transbordava a alma.
    Recordou-se da sombra projectada ao cimo das escadas.
    Olhou para cima e viu as janelas que permaneceram por descobrir nos melhores anos da sua vida.
    Seguiu o caminho.
    Há tantas portas que se abrem quando uma se fecha…..

  2. wind diz:

    Gostei da foto:) bjs

  3. Uxka diz:

    Abstracto?…hum…
    (inclinando a cabeça para a direita)
    Trapézio
    (inclinando a cabeça para a esquerda)
    Poleiro