Jul 06 2005
Das palavras…
Sorriu.
Jogou-lhe duas palavras simples.
Ele aceitou o desafio.
E estendida entre os lençóis ouviu-lhe a poesia.
As letras soltaram-se, enquanto o seu corpo se estirava no leito onde permanecia o aroma das horas de afecto.
Ainda os versos não absorviam os entusiasmos e já ela se transpunha.
As palavras soavam-lhe agora ao tacto subtil dos seus dedos em carícias ardentes que a levavam ao deslumbramento.
Antes que a palavra final explodisse em ecos, soou no quarto o tremor dos corpos que em esplendor se fundiram.
E do acto cresceram estrofes entoadas entre sussurros soltados e derramados como suor.
6 de Julho de 2005 às 15:48
Sensual e belo:) beijos
6 de Julho de 2005 às 17:57
“- Não sei que comentar no teu ultimo post.
– Não comentes. É bom sinal.
– ???????
– É sinal que nos entendemos e não precisamos de palavras.”
Assim se transformam os sentimentos em palavras.
Amo-te.
6 de Julho de 2005 às 19:29
………….
És o poema que as palavras me recusam!
O que eu te vejo e sonho,amor ausente
do meu secretoe íntimo jardim.
Quase te sinto e não te sei cantar!
É como se tivesse uma semente
a inchar,túrgida,dentro de mim
e o corpo a não deixasse germinar!
………….
Saudações alentejanas
6 de Julho de 2005 às 22:55
Que imagem fascinante 🙂
7 de Julho de 2005 às 0:07
Afinal para que serviriam agora as palavras?
Toda a aproximaçâo final se ficara a dever a toques subtis e linguagens que só os corpos entendem.
As palavras tinham sido o veículo inicial entre aqueles espiritos que só precisavam dum relance no olhar para se lerem duma forma completa.
Quantas vezes murmuraram as palavras que se liam agora de forma permanente nos seus olhos?
Não o sabiam mas tinham sido tantas as vezes que lhe haviam esgotado o sentido.
Agora os versos saiam-lhes do coração. Silenciosamente ensurdeciam o resto do Mundo. Sem outra leitura que não fosse a feita pelos sentidos em apoteose.
A leitura final. A mais completa. A que não precisa de compêndios para ser explicada ou para ser entendida.
Sem métrica ou regras, afinal a regra numero um…
7 de Julho de 2005 às 2:38
As palavras foram feitas para transmitirem sentimentos e sensações e tu faze-lo de um modo admirável!
7 de Julho de 2005 às 9:35
“Ela sorriu, ele foi atras” sao sempre bons estes desafios 🙂