Jul 27 2005
CONTO DA MADRUGADA -15-
Maria do Rosário passou pelo sector de livros do hipermercado, pegou no livro que estava em destaque, apreciou-lhe o tamanho e cores, pareceu-lhe bem e colocou-o no cesto das compras.
Enquanto esperava para pagar folheou a obra. Verificou que não tinha desenhos. Tentou ler o título mas os caracteres assemelhavam-se a arabescos incompreensíveis.
Abriu numa página ao calha para ver do que tratava o livro topo de vendas.
Não percebeu nada do que lá estava escrito, mas sentiu um certo orgulho por descobrir que aquele era um livro do Harry Potter. Seria uma enorme surpresa para o Bernardo que, com os seus 12 anos, estava sempre a falar do harry. Ainda se perguntou como é que a rapaziada deste tempo consegue ler tantas páginas e logo numa língua estrangeira.
Mas deixou-se destes pensamentos quando a menina da caixa passou o código de barras e o monitor apresentou o preço de 19,80.
Olhou em redor, com vontade de desistir, mas atrás de si, uma senhora, de aspecto rude, lia atentamente um exemplar igual ao seu.
Pagou, meteu o livro num saco, guardou religiosamente os talões de desconto de combustível e de devolução do IVA e entrou na livraria logo ali em frente, onde procurou a revista Maria. Enquanto esperava para pagar, folheou a revista atentamente. Saiu da livraria com um enorme sorriso nos lábios.
O seu Zé teria, também ele, uma enorme surpresa nessa noite.
27 de Julho de 2005 às 17:15
A fama tem um preço e isso paga-se. Nem sempre tudo quanto os famosos produzem pode ser considerado um
excelente trabalho. Muitos consumidores por vezes
apenas influenciados não pelo trabalho literário
mas pela fama do autor adquirem a obra quanto mais
não seja para dizerem aos amigos que também a possuem. Com um abraço do Raul
27 de Julho de 2005 às 17:41
estao pelo preço da morte os livros .. aliás tudo o q é considerado “arte” ta cada vez mais de dificil acesso à carteira dos portugueses :s enfim e dp ainda dizem q somos os mais incultos, os mais atrasados da europa .. podera ao preço q as coisas estão e com os belos ordenados q p ca se praticam :s qq dia somos os parentes pobres de algum pías do denominado terceiro mundo :s ou algo do genero :s
27 de Julho de 2005 às 18:18
pois eu não consegui ler o último do HP, apesar de ter “devorado” todos os outros.
😉
o seu início foi, de tal maneira, enrolado, que fikei sem voñtade para o resto.
já quanto a “maria” ser uma fonte de inspiração…
ok sr. n!!!!
27 de Julho de 2005 às 18:23
@zé – se não conseguiu ler o anterior, então este vai ser ainda mais difícil. Estive a ler na net partes do 1º capítulo e fiquei com dúvidas de ter sido escrito pela J.K.R. Mas isto deve ser defeito meu.
27 de Julho de 2005 às 20:14
Chegou a casa com uma cara de satisfação estampada.
Toda ela era sorrisos.
Pôs a mesa a cantarolar, e serviu ao marido o vinho preferido que tinha acabado de adquirir ainda á saida o Hipermercado. Pelo caminho e seguindo um anúncio da Maria tinha passado pelo sex shop. Dentro da mala trazia a surpresa.
Um belo massagador.
Deu o livro ao filho, serviu ao marido mais um pouco de wiskey e deu conta de si exultante de alegria. Sentou-se ao lado dele e ao ouvido disse-lhe um segredo. Ele sorriu.
Nessa noite foram para a cama mais cedo.
Com as luzes apagadas, deitados na cama os corpos enrolados em beijos e carícias pediam o avançar dos sentidos. Ai ela tirou debaixo da almofada o vibrador que tinha estratégicamente colocado. Carregou no interruptor. Clic clic. Nada!
Acenderam a luz.
O marido tentou ligar e também nao conseguiu.
Bolas, ora porra!
Abriu o aparelho e olhou para a mulher com desdém.
Estúpida! Então as pilhas….!
Apagaram a luz e voltaram-se cada um para o seu lado.
As lágrimas foram a companhia até chegar o sono…
27 de Julho de 2005 às 23:05
ó charlie, quando é que fazes um blog teu? será interessante!
27 de Julho de 2005 às 23:05
lololol faltava a revista Maria:))))
28 de Julho de 2005 às 8:58
@zig
Não faço um blog meu porque o que mais gosto de fazer é comentar. Completar histórias ou inventar histórias a partir duma ideia que o blogueiro tenha exposto. Fazer sentir às pessoas que tem blogs como elas são importantes para mim e comunicar com elas através das caixas de comentários. No fundo establecer empatias. Gosto muito dos blogs mas dificilmente terei um. Sentir-me ia uma voz no deserto….