Jul 04 2005
O PARQUE DA MINHA CIDADE
A minha cidade tem um parque. Um Parque com P maiúsculo, pois claro.
O Parque não tem nenhum nome especial. É o Parque da Cidade e mais nada. Começou por ser o “parque urbano” mas acabou em Parque da Cidade. Um dia haverá quem lhe arranje um nome, uma coisa digna, assim com um nome de poeta ilustre, gente conhecida e importante. Um dia será o Parque do ou da não sei quantas. Não sei se isso surtirá algum efeito, pois parece-me que ele será sempre o Parque da Cidade. Mesmo rebaptizado, será o Parque da Cidade.
Mas adiante.
O Parque da Cidade, como diz, e muito bem, o seu nome, é um Parque feito para a cidade e respectvos cidadãos. Nem outra coisa seria de esperar. Aquilo foi feito a pensar nos cidadãos e são eles que o frequentam.
Há diversos públicos no Parque. Tal como cidadãos, pois claro.
Encontramos ali o público diurno e o público nocturno.
Temos ainda o cidadão fim de tarde, que se distingue do cidadão princípio da noite.
Todos, mas todos, têm uma coisa em comum: vão ao Parque da Cidade.
As motivações é que poderão ser diferentes, pois o espaço é amplo e presta-se para muita coisa.
Mas que coisas?
Ora aí é que está a grande questão.
É que o Parque da Cidade tem pouco mais que um Bar, onde nada há e o serviço é mau. Mas como não tem concorrência, é o melhor que lá está.
A propósito de concorrência: no Parque era suposto haver um Restaurante, ali mesmo por baixo da cascata-que-só-deita-água-de-vez-em-quando, mas até agora…. nicles! Já se sabe quem é que vai ter a concessão do Restaurante, mas…. a abertura está difícil.
Bem, mas o que me interessava mesmo, era dizer que o Parque da Cidade é um espelho, sem tirar nem pôr, da cidade que serve.
Têm dúvidas? Então passem por lá. Meia horinha chega.
De tarde ou de noite. Ao pôr do Sol ou ao anoitecer. Invariavelmente, não há nada de novo naquele espaço. Quando nos cansarmos de olhar para aquele espelho de água, então sim, começarão os protestos, a dizer que aquilo é um espaço sem vida.
Nessa ocasião já será tarde, pois o Parque já estará morto. Como a Cidade.
4 de Julho de 2005 às 17:15
É um fenómeno.Quando nasceu já estava morto!
E esta?
cumps
4 de Julho de 2005 às 19:40
Caso para dizer…”é como a pescada, antes de o ser já o era”.
Cumprimentos.
4 de Julho de 2005 às 22:10
É triste, realmente…
Nikonman, só faltou ilustrares com uma foto para cá fora ver-mos o que se passa… Um Abraço.
5 de Julho de 2005 às 10:43
Não, não vou falar do parque da cidade, porque está quase tudo dito.Vou falar da mais recente nomeação para delegado regional da cultura no Alentejo.Quando se esperava que o governo nomeasse alguém com provas dadas na área da cultura, alguém pelo menos ligado à cultura e ás suas diversas manifestações no Alentejo, eis que, para espanto de todos os que de alguma forma se interessam por estas coisas, é nomeado um senhor de nome Nascimento, que deve ser uma óptima pessoa, mas cujo pensamento, “militância” cultural ou, pelo menos interesse pelas questões culturais do Alentejo é desconhecida de todos os que trabalham ou se interessam por esta problemática.Apenas se sabe que é militante do PS,muito educado, do género que não faz ondas, como é característico daqueles que querem subir na vida pela política, bem vestido, sem dispensar a sua gravatinha como convém, e, mais nada.Zero vezes zero.E assim vai a piolheira alentejana…VIVA O PS
5 de Julho de 2005 às 22:16
Sim, vou falar do Parque. Ele pode ter muitos defeitos, mas ele aí está. A minha filha adora-o porque fica perto da escola dela e serve de encontro com as amigas. O serviço do café não é mau, é péssimo, mas certamente o concessionário no ano que vem vai mudar! O espaço em si por ser novo ainda não tem muita graça. Daqui a uns anos com as árvores maiores e mais alguns melhoramentos a ver vamos.
7 de Julho de 2005 às 17:18
Pode ser apenas implicância minha mas, que se espera de um parque?
Posso ser eu que sou provinciano mas, para mim, um parque é assim uma coisa com umas árvores, florezitas e uma aguinha (se possível, claro!).
É possível que alguns considerem algo assim como um espaço morto. Não os posso censurar!
Eu não considero um espaço morto um local onde vejo miúdos a brincar num fim de tarde, onde o “cidadão de fim de tarde e princípio de noite” se dirige procurando um pouco de sossego e, sejamos francos, alguma alienação.
Se o Parque (atenção, escrevi com “P” maiúsculo) tivesse lá um Luna Park, meus amigos, eu não ia lá de certeza!
Não morro de amores por aquele café. Tem um aspecto sujo e é mal gerido – ainda há dias estive lá 20 minutos à espera de ser atendido até que me fartei e fui embora!
12 de Julho de 2005 às 9:36
Ontem, segunda-feira, após o jantar, resolvi ir com a minha família ao Parque da Cidade. Como já esperava, estavam encerrados o minusculo Café e o deprimente futuro Restaurant.
A iluminação era de tal forma deficiente, que tentei cumprimentar uma amiga de há longa data, e só o consegui fazer depois de três tentativas, “tinha-se esquecido de levar os óculos”. Embora tal facto não seja mau de todo, pois assim evita-se vêr a porcaria que polui o que já foi um bonito lago artificial, a que só falta o cheiro nauseabundo, para o quadro ficar completo.
Aliás todo o parque ameaça a curto prazo ficar irremediávelmente degradado se não se tomar medidas enérgicas e imediatas, daí o meu apelo, para que aqui se continue a falar deste tema sem medo ou desmorecimento.