Jun 07 2005
CONTO DA MADRUGADA -9-
Desviou o olhar. Sentia-se mal quando a olhavam assim.
No entanto, uma extrema curiosidade levou-a a observar melhor. Tinha a certeza de nunca ter visto aquele rosto. Mas havia ali traços que lhe eram familiares.
Ele apercebeu-se da sua incerteza.
Aproximou-se.
Nesse instante ela corou. Não tanto pelas palavras agradáveis que ele começou por dizer. Mas pelo tom de voz. Sabia que já o tinha ouvido. Tentou trazer à memória qualquer coisa que a despertasse. Não queria ser tomada por uma surpresa.
Não fosse olhar-lhe para as mãos e jamais recordaria que tinham sido elas que a haviam agarrado e seduzido.
Sim, aquelas mãos haviam-na possuído, estado dentro de si. Numa noite de destempero que não esquecera, mas em que as máscaras não deixaram descobrir os rostos dos amantes.
7 de Junho de 2005 às 19:28
Vai ficar interessante, aposto:)
8 de Junho de 2005 às 12:38
Gosto muito destas teus contos 🙂
8 de Junho de 2005 às 12:38
destes…