Mai 30 2005
PIANISTA…
poster de Justin Bua
… ou Homem-do-Piano?
O que se pede é que o deixem assim. Com um piano, a tocar, a fazer aquilo que mais gosta.
Porque quando lhe revelarem a identidade, lhe trouxerem à memória outros sons, ele deixará de ser o mesmo.
E o Mundo perderá um Homem-do-Piano.
30 de Maio de 2005 às 16:55
Sim, tens razão. Mas o passado pertence-lhe. Deve-lhe ser devolvido mesmo que isso tenha um custo
30 de Maio de 2005 às 20:32
Caí!
Estou toda dorida e esfarrapada!
BShell
30 de Maio de 2005 às 22:49
Tem-se especulado muito, não achas João?
30 de Maio de 2005 às 23:54
Quem era aquele homem? Ninguém o sabia. Muito menos ele próprio.
Aliás ele era a re encarnação dele mesmo, um novo ser nascido duma viagem sem regresso encetado meses antes numa sortida solitária. Enfiado num pequeno veleiro, com um ou dois pequenos motores auxiliares, pusera-se à procura da felicidade que estaria algures para lá do horizonte, num ilha que pairava logo a seguir ao sonho e guardada por sortilégios que só mostrariam a passagem aos corações apaixonados e puros.
Debalde percorrera sem nexo os mares e oceanos. A razão debilitara-se e ele passara a navegar por instinto, sem ajuda rádio ou de quaisquer outras máquinas da racionalidade moderna. De dia seguia os braços abertos do sol, e à noite as estrelas desciam às palmas das suas mãos e confidenciavam-lhe mil caminhos a escondidos por entre as constelações em eterna rotação…
A loucura é aliada dos Deuses e estes concederam-lhe in extremis o condão de entrar na antecâmara do além onde ficam os seus reinos. A única condição seria a da perda permanente da memória. Jamais ele poderia revelar fosse a quem fosse, os caminhos secretos que as nuvens escondem por cima da linha do horizonte. Em contrapartida concederam-lhe a entrada para a ilha da Felicidade.
31 de Maio de 2005 às 9:53
Estou como o PreDatado.
12 de Junho de 2005 às 15:17
O homem não deixa de ser um Génio, lá por ter perdido a memória! Contudo, gostei muito da história apresentada pelo Charlie.