Mai 01 2005
BERLIM
foto: joão espinho
“Mas Berlim é como uma amante possessiva (a cidade assume, para mim, a forma feminina na sua mais suprema elegância). Uma amante que exige que a idolatremos, que a percorramos de uma ponta à outra com o mesmo fascínio dos primeiros tempos de paixão assoladora. De volta, dá-nos tudo o que tem para oferecer. E não é pouco. Por isso, às vezes falta-me a energia para manter acesa a chama. Mas não consigo resistir-lhe ao charme muito tempo.”
É mesmo. Berlim é uma paixão.
Para ler no Bolas de Berlim.
1 de Maio de 2005 às 16:08
Se é uma paixão não sei Nikonman…Nunca saí daqui carago !!!
1 de Maio de 2005 às 16:11
Vou tentar estar presente no vosso encontro, dia 21…preciso de olhar essa vossa exposição fotográfica ! A ver se aprendo mais um pouco !
Abraço !
2 de Maio de 2005 às 9:05
Berlim foi para nós, os que nascemos em plena guerra fria, o icón palpável dessa realidade. Quantos livros, filmes e romances foram escritos na altura em que dum lado e outro da muralha se olhava para as Portas de Brandeburgo com a nostalgia estampada nos rostos? A ferida que atrevessou Berlim durante várias décadas irá sarar aos poucos. Podem descansar tranquilamente, nos seus mausoleus, os principes Electors e os Hohenzollerns. Depois da paranóia do Adolf Hilter e a quarentena que se lhe seguiu, imposta pelo insano equilibrio de forças, a cidade poderá respirar tranquilamente. Os mais novos ouvirão dizer aos mais velhos que a cidade era atravessado por uma muralha e indicarão os sítios. Estudá-lo ão nas escolas. Poderão ver, na Haus am checkpoint Charlie, os testemunhos inapagáveis registados para a posteridade. Muros nunca mais! Ou será que não? quando vejo nos tempos de hoje a proliferação, a nivel mundial, dos condominios privados em que um grupo de cidadeãos se exclui da abertura da cidadania e se rodeia de muros, levados pelo medo, pergunto-me que mundo é este que cantou a queda do Muro de Berlim enquanto espalha novos muros pelo mundo