Mar 08 2005
NA NOITE DA MULHER
Tim entrou no Bar e não ficou surpreendido.
Olhou em volta a tentar perceber qual daquelas dezenas de mulheres lhe poderia interessar. A maior parte estava ali só para comemorar a data, mas ele tinha a certeza que nessa noite algumas estariam disponíveis para ir festejar mais intensamente.
Dir-se-ia que umas festejavam o dia enquanto outras esperavam celebrar a noite.
Viu duas mulheres, de linhas perfeitas, com um tom levemente bronzeado, que pareciam estar num permanente segredar, alheias ao rebuliço que havia à volta.
Colocou-se ao balcão, pediu uma bebida e, sem disfarçar intenções, sorriu para as duas mulheres, que trocaram um olhar malicioso entre ambas. Uma delas, a que parecia mais velha, levantou-se, dirigiu-se ao bar, e sem rodeios convidou-o a sentar-se com elas.
Trocaram algumas palavras de apresentação e ele não foi de rodeios quando as questionou se era aquele o tipo de divertimento que esperavam naquela noite.
Já no apartamento dele, e ao som de Beyonce, a mulher que o havia convidado a fazer-lhes companhia, inicia uma dança sensual, a que a outra não resistiu, juntando-se-lhe e envolvendo-se com ela. Tim não quis ser espectador e, sem as separar, foi-se entranhando na dança. Elas começaram a despi-lo, ao que ele respondia tentando tirar-lhes também a roupa. Os corpos dos 3 misturavam-se agora, já não numa dança, mas num emaranhado voluptuoso. No quarto, Tim deixou-se levar pelo desejo daquelas duas mulheres. Que trocavam beijos e corriam as línguas pelo seus corpos. Ambas se desejavam e queriam que Tim compartilhasse aquele momento. Quase em clímax, uma delas deixa-se penetrar por Tim que, também ele, se sentia agora explodir.
Levados à loucura, tombam exaustos com os seus corpos suados.
Na manhã seguinte Tim levantou-se. E com um sorriso, olhou-se ao espelho e pensou em como teria sido bom realizar o sonho daquela noite no
8 de Março de 2005 às 15:23
Tim levantou-se espreguiçando-se e esboçejando ruidosamente. Abriu e fechou os olhos e abanou um pouco a cabeça. Era a melhor forma para se sentir bem desperto. -Ai que bom -, pensou quando se sentiu com a vida a entrar em pleno pelos sentidos adentro. Andou alguns passos pelo quarto enquanto pensava no sonho que acabara de ter. Na verdade, Tim tinha estes sonhos recorrentemente. Sonhava amiúde com sexo embora na verdade jamais tivesse tido alguma experiência sexual. O seu parceiro sim. Esse ,o João ,trazia-as para casa e havia de tudo. Ele limitava-se na maior parte das vezes a ficar a olhar, mas na normalmente afastava-se para a varanda e entretinha-se observar o transito . Ele costumava ir com ele para os engates e até costumava ser um atractivo para a atracção feminina. Todas gostavam dele, mas na hora da verdade, quem as levava era o João. Era ele quem lhes sabia dizer as palavras que Tim, por mais que se esforçasse, não conseguia que saíssem. Olhava para elas com os belos olhos grandes e meigos que possuía, mas umas palavras de circunstancia e um ou outro gesto de afecto tinha sido o máximo que os representantes do belo sexo lhe tinham dedicado. Ultimamente porém um episódio tinha alterado as relações com o seu melhor amigo. Tinham-se zangado precisamente por causa das mulheres. Num dos encontros de João com duas senhoras, ele, Tim tinha simplesmente entrado no jogo. Aos gritos e risos das parceiras, João elevara-lhe a voz e mandara-o para varanda. Como Tim se mostrara indignado, João abrira-lhe a porta da rua e dissera-lhe: – Se queres mulheres arranja-as tu!- e acto continuo fechou-lhe a porta deixando o Tim a vaguear pelas ruas noite dentro. As coisas compuseram-se entretanto, mas não se podia dizer que tinha havido uma verdadeira reconciliação.
Tim andou mais um pouco pela cozinha e pela frincha da porta da marquise aspirou os aromas da rua. Olhou para o fecho mas não lhe apeteceu abrir mais.
De repente sentiu passos na escada e uma leve excitação percorreu-o . A chave entrou na fechadura e João abriu a porta. Quando ele encarou Tim esboçou um sorriso.- Aproximando-se dele disse: – Toma Tim