Fev 09 2005
SANTANA LOPES E OS AVIÕES
Só pode ter sido uma brincadeira de carnaval.
O protocolo que PSL foi assinar a Monte Real mostra bem o desnorte político em que se encontra o Primeiro-Ministro. Não quero acreditar que esta súbita apetência pela Base Aérea de Monte Real seja uma forma de deitar para o lixo o projecto da utilização civil da Base de Beja. É que, segundo conversas de café, é mesmo essa a intenção do governo: que o projecto do aeroporto de Beja não avance e, por isso, são excluídos os que pretendem trabalhar e promovidos os que empatam ou são perfeitamente inúteis para o projecto.
Será a EDAB um reflexo dessa vontade de anular o projecto do Aeroporto de Beja? Cá estamos para ver…
9 de Fevereiro de 2005 às 13:12
são as “forças” da Região Centro a mover-se… sabes como é… um beijo
9 de Fevereiro de 2005 às 13:46
Com o Regabofe que vai na EDAB, S.A., facilmente se depreende o que este Governo pretende da utilização civil da Base de Beja…”um grande vazio para a região, bolsos cheios para os “Amigos” de Ourique”.
E nem um homem sério como o Presidente da EDAB, eng.º Mourato Grilo (para mim continua a ser ele), se safou perante esta novela de muito má qualidade.
9 de Fevereiro de 2005 às 17:34
A mostrar como é um banana, lá veio ele a dizer ter ficado maravilhado com os 650 hectares da base que acabara de ver. Coisa que sem ser de facto pequena, cabe a um cantinho da mal amada BA 11 que nos coube em sorte. Com todas as condições, geográfica e meteorológicas, para ser um aeroporto de primeira categoria. Santana Lopes trocou mais uma vez o Projecto da EDAB por um prato de lentilhas no caldeirão das eleições. Nem penso que ele o faça por mal. Ele demonstra o seu carácter errático e inconsequente. Aliás na rota do que acabou de ser a gestão dele na capital do país e depois nos frenéticos meses á frente do governo. Teremos de pegar na vassoura e varrer o lixo daqui para fora.
10 de Fevereiro de 2005 às 12:44
Ocorre-me dizer duas coisas:
1. Apesar de a alegada intenção de abandonar o projecto de utilização civil da Base de Beja não passar, por ora, de um rumor, a circunstância de este rumor se apresentar como muito credível, atentos os acontecimentos dos últimos tempos, nomeadamente o que é referido por Nikonman e a lamentável novela que a EDAB nos tem oferecido, exige que alguém, do Governo ou da EDAB, diga aos Cidadãos, com toda a clareza, o que se passa.
2. Um dos maiores vícios do nosso sistema eleitoral é o de o número de deputados por distrito ser proporcional ao número de habitantes. É uma regra aparentemente do mais democrático que existe, mas tem tido, ao longo das nossas três décadas de democracia, efeitos perversos em relação ao interior do País e, nomeadamente, ao Alentejo: à medida que a desertificação humana progride, perdemos peso eleitoral; e à medida que perdemos peso eleitoral, os nossos políticos – que, com raras excepções, têm, como horizonte mais vasto, as eleições seguintes – ignoram-nos cada vez mais, pois damos um número de votos irrelevante. Santana é um exemplo extremo do que acabo de dizer: um horizonte temporal de uma semana é, para ele, um longo prazo! Logo, o melhor é irmos dizendo adeus ao projecto do aeroporto – por alguma coisa os