Jan 01 2005
ABAIXO-ASSINADO
Um grupo de militantes social-democratas (PSD) do Distrito de beja vai apresentar ao Presidente do Partido (Pedro Santana Lopes) um abaixo-assinado onde se pede que o nome de Glória Marques da Costa seja substituído na lista de candidatos a deputados, pelo de Elena Liachtchenko, imigrante russa que, à imagem da Glória, também aderiu recentemente ao PSD.
Segundo os promotores da ideia, o nome da Presidente da Associação “Respublika” (associação russófona) poderá captar eleitores de esquerda, principalmente aqueles que ainda têm alguma nostalgia dos tempos da União Soviética.
O que é que acham da ideia?
Elena Liachtchenko
1 de Janeiro de 2005 às 20:10
Talvez os nossos compatriotas vejam mal a entrada de gente de outras paragens para o nosso país. Mas que viví no estrangeiro, sei muito bem que os países crescem com gente que tem vontade de fazer algo, e muitas vezes são mesmo os de fora que fazem a diferença! Se a senhora tem qualidades, habilitações e vontade e empenho, não vejo porque não se há-de apostar nela. Por mim, não sendo eu PSD, tiro-lhe o meu chapéu e voto-lhe os maiores sucessos. Desejo até que o meu partido faça o mesmo. Todos somos poucos para tirar Portugal do pântano…
2 de Janeiro de 2005 às 13:11
Acho que não se podem fazer comparações só com um termo. Preciso da outra fotografia.
(Claro que brinco!)
2 de Janeiro de 2005 às 16:28
@santa cita – a D. Glória é de tal forma desconhecida que nem o Google (imagens) a reconhece. Logo que disponível, prometo inserir uma foto da D. Glória.
3 de Janeiro de 2005 às 17:41
Bem, “the show must go on”, a palhaçada tem de continuar. Há uns anitos foi o tio Guterres com o rendimento mínimo a certas minorias pra caçar mais uns votos (não sou racista!); como esses já são do PS, o PSD vira-se para os imigrantes.
Se atentarmos que para ser presidente desta paródia não é exigido saber ler nem escrever, basta ter trinta e cinco anos e ser filho de pais portugueses e registo criminal limpo (não é mentira, é a Constituição que o diz), então uma “pescada” do lado dos Urais como esta chega a qualquer lado!
3 de Janeiro de 2005 às 20:18
@celtiberix
Bem a verdade é que isto não tem nada a ver com a a história do rendimento mínimo, do sr Guterres. por muito mau que fosse o sistema sovietico tinha em simultaneo inigualaveis qualidades. A instrução dos emigrantes Russos é sem qualquer dúvida de nível elevado. De lado ponho como é evidente os representantes da marginalidade que tanto aflige a comunidade de Leste.
A srª que eu não conheço, poderá ser inclusive uma pessoa de formação superior, que tem vontade de trabalhar e dar o seu melhor num pais que não é o seu. Decerto muitos dos nossos quadros superiores franzem o nariz a servir a patria por quantias que eles do alto da sua competencia consideram, indignas da sua qualidade! É típico dum país de gente pequena e de horizontes estreitos. Bem longe dos seus antepassados que deram novos mundos ao mundo. A bem de Portugal, todos que queiram dar de sí o contributo, pois que venham!
São benvindos.
3 de Janeiro de 2005 às 23:09
Não sei que dizer, nem sei sequer que hei-de pensar de tão brilhante ideia. Provavelmente terá sido todo o conjunto destas incontestáveis ideias de cariz experimental que levar até esta triste situação o PSD (ou PSL).
Não sou de todo adverso à inclusão de imigrantes em listas politicas, bem pelo contrário, só considero que é de louvar que, tendo em conta o apertado calendário para definir todos os pormenores das listas, um alegre e bem disposto grupo de individuos venha com a ideia de reformular uma proposta já apresentada a nivel nacional. Não entendi ainda se isto é alguma forma de tentativa de ludibriar os portugueses ou se é mesmo escolha pelo método de tentativa erro.
4 de Janeiro de 2005 às 17:42
@ Amigo charlie
Não estou contra a afirmação de que a alguém que quer trabalhar, seriamente, em prol deste cantinho não seja vedado o caminho. Mas tenho bastantes dúvidas sobre se a pura vontade de participar na vida política portuguesa será factor bastante para se lhe abrir as portas. O conhecimento que esta senhora tem de Portugal de onde lhe chegou? Casou com um patrício? Ou faz (ou fez) parte de algum corpo diplomático? E durante quanto tempo? Além da realidade económica (ela conhece-a?) sabe sobre os anseios da população portuguesa? Também se não souber, não parece haver problema, até ajuda, basta ver a maneira como os governantes PSD/CDS se estão “marimbando” para dez milhões de “zombies”, tão obcecados andam com o défice.
Mas vou mais longe: e se fosse o PCP a propôr a entrada da senhora na vida política portuguesa? Claro, já está a ouvir os gritos histéricos contra a entrada dos russos e cubanos, não é?
Um abraço e obrigado pelo re-comentário; assim vale a pena andar aqui pelos blogs.
5 de Janeiro de 2005 às 8:53
@celtiberix
Touché! Tem razão nesse ponto. Não se sei nada da srª. Mas penso que ela, vivendo cá, conheçendo (talvez, não sei) a nossa realidade, pode ser muito mais valiosa que a srºa drºª Glória, que afirmou em publico textualmente: -…quando for proximamente a Beja, será a segunda vez…-. Segundo consta, a primeira vez, terá sido de passagem pela variante. Se fosse o PCP, eu ficaria decerto também curioso, em saber que mais valia essa srª imigrante poderia ser para o PCP, e para a nossa cidade e região. Mas isso seria um passo grande demais para um partido que se mostra infelizemente trilhado para o imobilismo. As soluções para os problemas resolvem em patamares. Depois de ultrapassadas certas fases, devemos passar á fase seguinte. Foi isso que o Salazar nunca entendeu e o PCP também não. Cada um à sua maneira, fez um entendimento da realidade Social e criouo um modelo fixo e imutável. Um erro Histórico. Por isso é que a Democracia é criativa, mas só se assentar também em inovação. A inclusão da Srª de Leste, é um gesto de coragem e de criatividade. Acuso os Partidos actuais do desinteresse das pessoas em relação á política. Não vem nada mudar a não ser para pior. Vêem sempre as mesmas caras que já os desiludiram antes! Isto tem de acabar!. Eu devo dizer-lhe que sou dos votantes que fazem a diferença. Voto em quem me oferece (tambem me engano e enganam-me) o melhor projecto. Só no futbol, é que me mantenho heroicamente e estupidamente Benfiquista. Que bom seria termos dificuldade na escolha, se os projectos apresentados primassem pela excelencia. Assim iremos ter de escolhar o menos mau. Vão ser eleições por baixo, rasteiros, cheios de jogadas torpes de bastidores. E não assim que se cativam os eleitores. Aínda hoje se ouviu a barracada o Poncio Monteiro, versus, SL. Que coisa boa se pode esperar deste estado de coisas?