Vítor Silva escreve, desde há muito tempo, nas páginas do Diário do Alentejo, jornal onde expõe as suas opiniões sobre isto e mais aquilo mas, muito principalmente, sobre a cidade onde é vereador na Câmara.
Obviamente que a visão de Vítor Silva não coincide, muitas vezes, com a do comum cidadão. Ele vive num gabinete donde emanam as suas ideias iluminadas e a realidade da rua é-lhe estranha e adversa, pois a cidade de VS é um sítio imaginário feito à medida dos seus sonhos.
VS vê também as páginas do DA como um prolongamento das suas ideias. São hábitos criados nos tempos em que o DA era uma extensão do PCP. Para Vítor Silva o DA deveria ser o Boletim Municipal, onde se apresenta a obra feita, ou que se está fazer, e onde não há lugar à crítica. Para o vereador o DA é uma chatice. Ele diz:
“Em regra, qualquer notícia sobre a cidade é dada pela negativa. Sistematicamente.”
Já sabíamos que Vítor Silva era imune à crítica. Que convive mal com a discussão e a apreciação do trabalho autárquico. E, qual provedor do leitor, desanca na linha editorial do DA. Tem todo o direito. Só não se percebe porque é que VS continua a escrever num jornal que é “um jornal respeitado e com memória, como é o “Diário do Alentejo”, mas “esteja a ser, consciente ou inconscientemente, colocado ao serviço de interesses partidários em torno das próximas eleições autárquicas”.
A sorte é que o DA já não é pertença dos senhores doutros tempos (que saudades, não é Vítor Silva?) e nem tem servido de edição semanal do Boletim da Câmara.
Já vai sendo tempo para que VS compreenda que os tempos de mudança chegaram também ao jornal e à cidade que ele tanto ajudou ….. a mudar!

(artigo de VS no DA)