Dez 17 2004

PELOURINHO 2004 – OS PRÉMIOS -3-

Publicado por as 10:27 em Pelourinho

FACTO 2004 (Nacional/Internacional)

A Academia decidiu atribuir um único prémio.
Assim, o
Pelourinho d’Ouro foi atribuído “à fuga de Durão Barroso para Bruxelas, onde este político português soube negociar de forma habilidosa a sua nomeação para o cargo de Comissário dos Comissários Europeus. Sem olhar para trás, não hesitou em abraçar a carreira europeia, transformando-se na esperança lusa de que saiba trazer para Portugal a riqueza que aqui não soube (ou não o deixaram) criar. Deixando Portugal entregue à crise política e ao seu adversário santanista, é de esperar que a habitual falta de memória portuguesa ainda o venha a intitular de D. Sebastião, sabe-se lá para que novos cargos na Lusitânia. Os portugueses jamais esquecerão que foi Durão Barroso quem fez Jorge Sampaio ser filho da mãe e salvador da pátria em curto espaço de tempo. Só mesmo um político hábil conseguiria tal feito”.
A Academia prestou um minuto de silêncio pelas vítimas da fuga.

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Uma Resposta a “PELOURINHO 2004 – OS PRÉMIOS -3-”

  1. charlie diz:

    As fugas encontraram o seu apogeu em BAch. São peças musicais, em que as melodias se podem desenvolver em canones. No decorrer das peças, umas melodias avançam para depois sofrer um involução em que é novamente apanhado pela linha melódica principal que ficou atrasado. O efeito é belísimo. Há quem diga até, que deste estilo musical, nasceu a expressão popular de “quem muito corre também se apanha”.
    Como no caso Português, em que uma figura foi acusada de ter fugido, deixando o país de tanga, e que foi depois apanhado por outro que não fugiu, mas que já sem tanga, se foi juntar ao clube do primeiro. Formidável aplicação do magnifico conceito estético desenvolvido ao seu máximo por Johannus Sebastian BAch. Como diziam na época, um ribeiro que corria como um verdadeiro rio. Bem merecido este prémio a quem fez a união entre a politica e a música. Soube como ninguém fazer a transfiguração do chefe da orquestra, e só um grande artísta o consegue,levando-o dum extremo ao outro. Mostrou assim que soube interpretar de forma magistral a metáfora popular. Ganda Barroso!Assim é que se toca……a fugir….